terça-feira, 14 de março de 2017

Checkpoint Libertadores: os números mágicos

Olá, Amigos!!!

Conheci o Buteco através do meu primo, Luiz Filho. Foi espetacular vê-lo falando sobre o Flamengo com tanta propriedade, em um ambiente agradável e cheio de flamenguistas tão apaixonados quanto nós. 

Em pouco tempo me acostumei a ler as colunas e dar uma espiada nos comentários. Daí para a interação virtual foi um pulo. Poder discutir sobre o Flamengo, em um espaço como este, é um privilégio! 

Para mim, é uma honra fazer parte desta equipe e acredito que faremos uma boa dobradinha - eu e o André Cardoso, alternando-nos às terças-feiras. Aproveito para agradecer ao Luiz pela indicação e ao Rocco - The Boss - e aos demais administradores, por ratificarem-na. Espero estar à altura do desafio!

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Arte: Flamengo / Divulgação
Irmãos, à Libertadores!

Quarta-feira passada foi um dia épico: concentração com os amigos do Buteco, discussões apaixonadas sobre o nosso Flamengo, cerveja gelada e muita expectativa para a estreia. Apresentação primorosa do time no segundo tempo e o resultado que não sairá da cabeça por muito tempo – simplesmente a maior estreia do clube na história da competição!

Amanhã segue o desafio: primeiro jogo fora de casa, contra um time relativamente tradicional (finalista em 1993 e semifinalista em outras quatro oportunidades). No jogo contra o Atlético-PR eles não apresentaram muito na parte técnica, mas não desistiram do jogo nem quando perdiam por 2x0 e acabaram empatando o jogo na base do abafa. Em casa, é possível que apresentem algo a mais. De qualquer forma, acredito que seja o jogo menos complicado para buscarmos a vitória fora de casa, se é que existe algum jogo assim na Libertadores.

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Foto: www.flamengo.com.br

Fugindo um pouco do jogo de amanhã, elaboramos uma análise estatística da pontuação necessária à classificação, tomando por base as edições da Libertadores a partir do ano 2000, quando a competição passou a ser disputada em 8 grupos de 4, classificando-se os dois melhores em cada grupo (nota: em 2004, houve 9 grupos e apenas os 7 melhores segundos se classificaram. Em 2010, apenas os 6 melhores segundos se classificaram).

13 pontos ou mais: classificação matematicamente garantida.
Com 13 pontos, é impossível não se classificar entre dois, em um grupo com quatro.

12 pontos: classificação matematicamente garantida.
Com 12 pontos, só existiria uma possibilidade matemática de não conseguir a classificação: um dos times do grupo perder todas e os outros três trocarem vitórias entre si. Assim, 3 times terminariam com 12 pontos, um com 0 ponto e a classificação se daria pelo saldo de gols. Como já houve um empate no grupo, esta configuração é impossível e portanto, com 12 pontos nossa classificação é garantida.

11 pontos: classificação estatisticamente garantida.
Em uma única oportunidade um time com 11 pontos foi eliminado: em 2007, o Audax Italiano foi eliminado nos critérios de desempate com o São Paulo em um grupo onde o líder foi o Necaxa, com 12. O Alianza Lima, outro integrante do grupo, não conseguiu nenhum ponto. Nas outras 32 oportunidades, quem atingiu 11 pontos conseguiu a classificação, o que nos dá um percentual estatístico de 97% de classificações.

10 pontos: classificação estatisticamente provável.
Em 67 oportunidades (desde 2000) os clubes terminaram a primeira fase com 10 pontos. Em 60 delas, equivalente a 89%, avançaram às oitavas de final. É importante notar que, nos casos em que um clube com 10 pontos não se classificou, havia sempre uma “baba” no grupo, que pouco pontuava. 

9 pontos:  classificação estatisticamente ameaçada.
Em 70 oportunidades os clubes terminaram a primeira fase com 9 pontos. Houve 44 classificações contra 26 eliminações, representando um risco estatístico de 37% de eliminação.

8 pontos: classificação estatisticamente improvável.
Em 60 oportunidades os clubes terminaram a primeira fase com 8 pontos. Houve apenas 19 classificações contra 41 eliminações, representando um risco estatístico de 68% de eliminação.

7 pontos:  chamem os ateus para rezar.
Apenas em 4 oportunidades (de 52), os clubes que terminaram a primeira fase com 7 pontos conseguiram a classificação. Para se ter uma ideia, com essa pontuação é mais fácil, estatisticamente, ficar em último do grupo do que se classificar. Vale uma nota histórica: em 2015, o River Plate se classificou com 7 pontos na primeira fase e foi campeão.

6 pontos ou menos: o sonho acabou.
Em nenhuma oportunidade da amostra (desde 2000) classificou-se às oitavas de final um clube que tenha feito 6 pontos ou menos.

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Fonte: rubro-negrocomorgulho.blogspot.com.br

Pessoalmente, entendo que 10 pontos seriam suficientes para a classificação, uma vez que o grupo é forte e dificilmente haverá uma “baba” que pouco pontuará. Assim, só precisamos de mais duas vitórias e um empate. Não gosto daquela cartilha “ganha em casa e empata fora” porque fica parecendo que é fácil ganhar os jogos em casa. Não é! Em um planejamento honesto, não se pode ignorar a possibilidade de um empate em casa, ainda que nenhum de nós deseje isso.

O ponto é: uma vitória amanhã seria excelente para a classificação. Um empate não mudaria muito, continuaríamos com a obrigação de vencer as outras duas em casa. O Flamengo tem que jogar buscando a vitória e não desperdiçar as oportunidades que certamente terá. Neste sentido, um alento: o time deste ano é muito mais letal e já marcou 33 gols em doze jogos (Carioca, Primeira Liga e Libertadores).

Vai pra cima deles, Mengo!