segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Maracanã voltou, futebol não.

Bom dia amigos do Buteco.

Hoje em caráter excepcional, o Gustavo não poderá escrever a coluna, ok? Portanto, serei eu o responsável por tentar explicar o inexplicável...

Como muitos rubro negros, fui ontem ao Maracanã me reencontrar com o time, depois de tanto tempo.

Só por isso, valeu muito a pena.Ver a torcida, voltar ao estádio, isso não tem preço.Fui por isso e não posso reclamar.A torcida fez a sua parte, cantou, empurrou o time.Lotou o estádio.Mas havia um jogo por ser jogado.

O jogo, esse detalhe, foi interessante.Menos marcação do que se imaginava, muitos espaços e gols.

Não entendi a escalação, do nada, do Sheik.Na realidade, Sheik e Mancuello desde o começo mudaram a forma do Flamengo jogar.Perdemos marcação e velocidade e não ganhamos nada.Zé Ricardo apostou e perdeu.

Tomamos um gol no primeiro chute do primeiro tempo, e no último.Golpe duro.Fizemos um gol em claro impedimento e fomos pro intervalo perdendo por um.

Zé troca Mancuello por Fernandinho e o time melhora, mais pela entrada do ponta do que pela saída do argentino.

Passamos a ter o que tivemos em boa parte do campeonato, uma jogada aguda pela ponta.Pressionamos um pouco e conseguimos o empate, novamente com Guerrero.

Um parêntesis para falar do peruano:lutou muito, sempre sozinho.Ganhou a maioria das jogadas da defesa do Corinthians e fez jus ao nome que tem.Excelente jogo.

Voltando ao jogo:empatamos e depois o adversário teve um jogador expulso.Zé tira o Arão, em jogo muito ruim, e coloca o Damião, que praticamente não pega na bola.

Desse momento em diante, com o adversário em inferioridade numérica, o Sheik até mostra algum futebol, dá umas 3 boas arrancadas e se faz presente.Porém nada que justificasse a sua escalação de início.

O time do Fla lutou, brigou, tentou até o fim e mais uma vez honrou as cores do clube como tem feito em todo o campeonato brasileiro mas, como tem ocorrido nos últimos jogos, não jogou bem.

Ritmo caiu em relação ao melhor momento da equipe, umas 5 ou 6 semanas atrás, vários jogadores não tem o mesmo desempenho como Pará e Jorge, além de Arão e Vaz.

O título do campeonato ficou praticamente impossível e me parece bastante razoável começarmos a falar em garantir o G3 mais do que no hepta.É duro mas é a realidade.

Por fim, deixo as seguintes indagações, para reflexão:

jogamos durante 5 meses em diversos locais do Brasil, em especial Cariacica, Brasília e São Paulo. Nesses locais, conseguimos NOVE vitórias seguidas, recorde histórico do Fla em brasileiros.Pois a sequencia foi quebrada exatamente no momento em que voltamos "pra casa", no Rio e no Maracanã.

Acho até que o time vinha em baixa e que esse resultado estava mais do que escrito.O time está em queda e jogasse no DF, em Cariacica ou em São Paulo, teria dificuldades no jogo de hoje, mas é importante relativizarmos a importância da torcida do Rio em relação à de outros locais.

Pura e simplesmente, se o time não jogar bola, não ganha, seja no Rio, em Brasília ou em Marte.

Outra questão, Zé Ricardo:ele é promissor, faz ótimo trabalho mas...será que tem lastro para começar um trabalho do zero?Possivelmente em competição internacional?Time vem em queda e o Zé parece incapaz de mudar a maneira da equipe jogar. Mentiria se dissesse que não estou preocupado.

Por fim, acho que o Fla chegou ao máximo do que pode no esquema atual.Salvo alguma mudança drástica, não consigo ver de onde tirar futebol dessa equipe em 2016 já que os problemas se repetem:

Márcio Araújo segue em sua sina de correr a esmo, corrigir os erros dos outros mas gerar erros por sua própria conta, como não ter acompanhado o jogador do Corinthians no segundo gol deles; Guerrero joga bem quando o time joga mal  e joga mal quando a equipe joga bem. Os nossos gringos sempre são os primeiros a pagarem o pato por uma atuação ruim, algo que não me agrada.

Fica a impressão que o Flamengo pode construir um ótimo time para 2017 com a base atual, mas falta algo ainda para esse time almejar algo mais.