terça-feira, 18 de outubro de 2016

Checkpoint do Título 6: Hora de ter fé!

Quem me acompanha sabe do meu otimismo corriqueiro quando o assunto é o Flamengo. Admito que senti o baque da derrota de domingo contra o Inter, quase briguei com a família. Rapidamente fui tomar um banho gelado, baixar a adrenalina e pensar com calma. Ontem foi um novo dia, como hoje, amanhã e vida que segue. Brigaremos pelo título! Até o final. Quem me garante que o Palmeiras não empate duas das próximas quatro partidas e o Flamengo vença as quatro? É impossível? Não. Sabe o que aconteceria? Igualdade de pontos superioridade Flamengo no número de vitórias.

O título (texto, rs) escolhido pelo Leandro hoje veio muito a calhar, é hora de ter fé. Esse Campeonato Brasileiro está mais Flamengo do que nunca. Em todas as analogias relativas à 2009, estamos em melhores condições atualmente. Não há como desconsiderar o fato do Fluminense ter pedido a anulação do Fla x Flu. Isso pode desconcentrar o time, por outro lado a energia do Maracanã dará outro gás. Continuo confiante, firme na luta. Vamos, Flamengo!

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 Checkpoint do Título 6: Hora de ter fé!
Por Leandro Machado.
Quando iniciamos esta saga Checkpoint, não tínhamos a menor ideia do que seria a participação do Flamengo no campeonato brasileiro: o time vinha de uma má participação no carioca e uma merecida eliminação na Primeira Liga, quando entrou com um time alternativo na semifinal do campeonato, perdendo a chance de fazer um histórico Fla x Flu na decisão. A primeira das nossas colunas Checkpoint refletia esse estado de espírito, com as análises sendo feitas em três frentes: Título, G4 e Fuga do Rebaixamento.

O tempo passou, Muricy saiu, Zé Ricardo assumiu, Rever e Vaz acertaram a zaga, Jorge se firmou e Diego chegou. O time chegou, por algum momento, a apresentar um futebol bem interessante, em que pese a crônica deficiência de transformar em gols as oportunidades criadas. Isso tudo jogando todas as partidas fora do Rio de Janeiro!

Na nossa análise do bloco 4 (final da rodada 20), comparamos a disputa do campeonato à maratona olímpica: no início, há vários competidores brigando no primeiro pelotão e, conforme a prova vai se desenrolando, este grupo passa a ser cada vez menor, até que a corrida se reduza a dois ou três na sua parte final. Naquela época, o Flamengo era 6º e estava no “pelotão de elite” junto a outros 8 times. Comentamos que precisávamos de 8 vitórias nos próximos dois blocos para não ficarmos pelo caminho. A tarefa era árdua e, para muitos, impossível.

Pois não é que o Flamengo conseguiu as 8 vitórias! Nos consolidamos na 2ª posição da tabela e estamos muito perto de atingir um objetivo importante para o clube, que é a classificação à Libertadores. Se considerarmos a pontuação histórica do 6º colocado, é possível até mesmo inferir que, mesmo perdendo os últimos 7 jogos, o Flamengo estaria classificado à fase prévia da competição:

Acreditamos que as pontuações dos 3º e 6º lugares aumentarão esse ano, uma vez que essas colocações serão mais cobiçadas a partir de agora. Trabalhamos, portanto, com 69 pontos para classificação direta e 61 para a fase prévia. Considerando-se que a classificação à Libertadores está muito bem encaminhada, vamos agora à análise do título.

A média histórica do campeão é de 76 pontos. Esse é o máximo de pontos que pode ser atingido pelo Santos, 4º colocado hoje. O Atlético-MG, 3º, só pode chegar a 77. Como a tendência é que o campeão faça 78 pontos, uma vez que o aproveitamento dos dois primeiros colocados está acima da média histórica, concluímos que Atlético e Santos têm tantas chances de ser campões quanto o Santa Cruz de não ser rebaixado.

Finalmente, sobraram apenas o Flamengo e mais um. Ainda que os números indiquem que o outro tem probabilidade 3 vezes maior que a nossa de ser campeão, a verdade é que só há os dois na briga. Na nossa cabeça de torcedor, são 50% para cada um. Com 21 pontos em jogo, tirar a diferença de 4 está muito longe de ser impossível. O Maracanã chega na hora certa, para nos ajudar nessa missão.

A derrota para o Inter pode ser o fator que faltava para as derradeiras mudanças no time. Em 2009, empatamos com o Goiás na rodada 36 e perdemos a chance de tomar a ponta. No entanto, na rodada 37 o próprio Goiás aprontou para o líder da vez e permitiu que chegássemos à liderança. Quem sabe esse ano as coisas não se repetem, dessa vez com o Inter?

O atual líder terá tem um jogo fácil na próxima rodada e três jogos difíceis em sequência: Santos, Inter e Atlético-MG. Nós teremos o Maracanã lotado para pegar o Corinthians (mais preocupado com a Copa do Brasil) e depois o jogo-chave do bloco, Atlético-MG lá. Se ganharmos essas duas partidas, quem vai dizer que não ganharemos, na sequência, de Botafogo e América?

É hora de ter fé!