quarta-feira, 27 de abril de 2016

Final que o melancólico Estadual merece


As três últimas derrotas do Flamengo, este ano, foram para clubes de divisões inferiores do futebol brasileiro: Confiança, Volta Redonda e Vasco, sendo que, no Estadual, o atraso, a decadência e a insolvência financeira a curto prazo venceram e decidiram o decadente certame do Rio de Janeiro nos dois próximos finais de semana. De fato, o histórico placar de 7 a 1 foi pouco, muito pouco;

O confronto com o Confiança trazia em si o consolo da segunda partida a ser realizada em nossos domínios, que resultou na natural classificação do Mais Querido para a próxima fase da Copa do Brasil. Nenhuma surpresa esse resultado final;

O jogo contra o Volta Redonda ainda oferecia gordura para recuperar nas rodadas seguintes do Estadual e a consequente recuperação ocorreu. Nada demais também;

Mas a semifinal contra o desmoralizado e igualmente decadente clube de São Januário era definitiva para as pretensões do Flamengo nas finais do inicialmente desprezado Campeonato do estado, mas vimos uma equipe com alguns jogadores destoando através de atuações dignas de peladas de várzea aos domingos, valendo churrasquinhos e caixas de cerveja;

Trata-se de uma extensão da pré-temporada que não vale mais nada, não leva a nenhum lugar, mas salva-se pelos clássicos entre si dos times da Primeira Divisão do Brasileirão e deles com o Vasco, que ganhou a taça no ano passado e, a seguir, foi merecidamente rebaixado pela terceira vez, em apenas oito anos, para a Série B com a qual tem grande intimidade graças à assiduidade com que a frequenta. Infelizmente, se a Copa do Brasil não fizer o favor de provocar um novo confronto, só nos encontraremos em 2017 por exclusiva incompetência deles;

Se por um lado é uma amostra do vergonhoso estágio atual do futebol tupiniquim, por outro é um forte indicativo de como andam dissociados a ótima gestão administrativo-financeira do Flamengo e o seu time dentro de campo; 

A começar pelo seu medíocre goleiro, Paulo Victor, incapaz de ver o seu nome como o melhor em campo em uma partida sequer. Um defensor de bolas previsíveis para qualquer camisa 1 de time pequeno. Enquanto isso, pagou-se R$ 4 milhões pelo Muralha para que ele assista os jogos de um lugar privilegiado, o banco de reservas; 

Há meses leio nas páginas deste Blog que a zaga formada por qualquer par que seja, escolhido pelo professor de plantão, é um convite aberto à penetração dos adversários, em especial e constantemente o zaqueiro Wallace, jogador voluntarioso, brioso, mas de uma pobreza técnica de fazer sentir saudade dos piores jogadores que já vestiram o manto e responsável por vários fracassos rubro-negros;

Não se trata de crucificar profissionais que procuram cumprir suas obrigações. O problema é relativo à constatação de suas deficiências técnicas, incompatíveis com objetivos que ultrapassam fronteiras regionais; 

E o que fez a diretoria foi contratar o veterano Juan no final de sua carreira. Definitivamente, apoio e continuarei a apoiar a atual gestão do clube, porém vamos combinar que o futebol passa longe do conhecimento dos seus componentes.

SRN!