terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Meu Pedaço de Chão

O assunto que está na pauta, na ordem do dia é estádio. Já escrevi alguns textos sobre o tema. Tentarei ser rápido desta vez, abrindo o leque e deixando a discussão para os leitores e comentaristas do blog. Entendo que as vantagens que um bom planejamento pode gerar, ganhos reais com vendas de camarotes, direitos de nome, espaços para lojas, bares e restaurantes, ou os valores subjetivos como o orgulho dos realizadores ao ver uma construção notável ganhar forma, ou a satisfação de uma torcida gigantesca e apaixonada ao ver seu time dar um passo tão importante. Sonhando, tiramos nossos pezinhos do chão.
Vislumbro que para dar certo, o Flamengo teria que gerar um projeto que fosse bem além dos seus próprios interesses imediatos, com aliados na luta para conseguir o terreno e os recursos para a construção. O problema é que cada um desses terrenos teria que ser adquirido – factualmente ou através de algum acordo com o proprietário e/ou o poder público – e a construção seria alvo de pressões políticas, associações de moradores, times rivais. A construção de um estádio, simplesmente, deixaria o Flamengo sozinho na luta política pela sua conclusão.
O terreno para o estádio deve ser escolhido, aprovado, comprado (arrendado, adquirido, negociado) de forma – Onde – por algum acordo com o proprietário e/ou o poder público se inicie a construção. Em qualquer hipótese o clube sofrerá pressões de associações de moradores, clubes rivais, imprensa, poder público, etc. Essa batalha, que deve ser encarada, certamente deixará o Flamengo sozinho (Sozinho não! A torcida vai junto!) na luta política. Vejo que para dar certo, o projeto, teria que avançar na perspectiva de se “ter um estádio por ter” e do trânsito.
O Clube deve demonstrar a sociedade o valor e a importância do projeto, os benefícios para todos, mesmo os torcedores rivais. Os projetos abaixo tem potencial viário, e inclusive impactando positivamente na mobilidade urbana. Alguns terrenos foram analisados com todos os seus prós e contras, sem um parecer profundo, apenas uma análise superficial dos mesmos. Parte dos terrenos tem caracerísticas e semelhanças, portanto estão discriminados na mesma “zona de influência”.
Eis as opções: Terra Encantada, Engenhão, Gávea, Jockey Club (também na Gávea) Detran (Irajá, no entroncamento entre a Av. Brasil e a Via Dutra), Refinaria de Manguinhos, Ilha do Fundão, CEFAN (terreno da Marinha na altura de Olaria, na Av. Brasil), Trevo das Margaridas, Parque Olímpico (Barra) e Ilha de Pombeba, Gasômetro, Trevo das Margaridas (na Altura de Brás de Pina, no entroncamento com a Rodovia Washington Luís), CEFAN, Fundão e o Parque Olímpico (Barra).
De uma forma ou de outra já falei sobre todos eles em meus textos, seus prós e contras. Gostaria de saber de vocês: Brigam pelo Maracanã ou buscam um estádio próprio? E em quais condições?