quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Estádio:última chance


A concessionária sobre a qual o Maracanã repaginado para a Copa do Mundo de 2014 caiu do céu para administrar e fazer dinheiro, sem que a mesma houvesse realizado algum tipo de investimento na obra, resolveu devolver o Estádio ao governo do Rio de Janeiro, reacendendo sonhos nas cabeças dos rubro-negros;

Creio que tal concessão seja a melhor oportunidade para o Flamengo possuir um local para mandar os seus jogos, pois perdeu o bonde da história para a especulação imobiliária nas últimas décadas graças à falácia segundo a qual "o Maracanã é a nossa casa". Ironicamente, essa falta de visão a longo prazo levou o clube a tornar-se um autentico "sem-teto";

Pensando cartesianamente, um clube que não consegue sequer concluir um simples Centro de Treinamentos conseguirá construir um moderno complexo esportivo? Há controvérsias, mas vamos em frente fazendo de conta que os deuses rubro-negros continuarão a nos ajudar;

Quando se fala na ampliação da Gávea, os argumentos impeditivos se apoiam no impacto urbano que o empreendimento e sua consequente utilização causariam ao respectivo bairro e adjacências, com reflexos em cadeia para toda a Zona Sul da cidade, túneis e Linha Vermelha;

A alternativa Ilha do Governador, via Estádio Luso-Brasileiro de propriedade da Portuguesa, esbarra na precariedade dos transportes e na única entrada disponível à frente da Cidade Universitária que abriga a Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), o CENPES e outros institutos ligados à ciência;

Corre-se os olhos para a enorme Baixada Fluminense, onde ainda há áreas disponíveis para se plantar uma arena para 40 mil torcedores. Pode parar, a grita é grande pela distância que separa a torcida habituada com a facilidade de acesso ao velho Maracanã dos vastos rincões atravessados pela Via Dutra, que liga o Rio a São Paulo;

Está de bom tamanho? Então, a partir de hoje as cartas estão na mesa para o Flamengo assumir o Mário Filho, investir com força nessa ideia, com seus lucros e prejuízos. Poderia chamar o Fluminense para dividir meio a meio essa empreitada. Para as partidas de futebol, na pior das hipóteses, um clube jogaria na quarta e sábado, o outro na quinta e no domingo, revezando-se sempre que necessário;

Tenho forte intuição que o número de ST, no mínimo, dobraria se o Maracanã ganhasse, para sempre, pelo menos 50% de cores flamengas.

SRN!