sábado, 7 de novembro de 2015

Respeito e comprometimento



Salve amigos do Buteco,

Minha vontade inicial era fazer um post semelhante ao de ontem realizado pelo amigo Luiz Mengão Eduardo, mas vou tentar dividir com vocês algumas vontades que tenho para 2016, caso fizesse parte de alguma chapa que está concorrendo para esta eleição de Dezembro.

Portanto, segue os planos para o futebol da Chapa Rubro Negra:

Diretor de futebol / Gerente de futebol

Manteria o Rodrigo Caetano, por não acreditar ter outros nomes tão melhores assim no mercado para justificar mais uma mudança no cargo de diretor de futebol e por que desejo ver um trabalho ser realizado ao longo prazo na Gávea.

Focaria na chegada de um novo gerente de futebol (ou qualquer outro nome que queiram dar a função), pois acredito que teremos uma melhora considerável nesta relação entre a diretoria e os jogadores de futebol.

O nome da vez é o do Fábio Luciano e torço para que a contratação seja concretizada. Não sei se o ex-jogador é 100% capaz para o cargo, mas para quem contava com Gabriel Skinner na função, podemos ter uma considerável melhora.

Mais do que alguém especialista em logística de viagens, o Flamengo precisa de alguém que domine o vestiário, consiga manter a harmonia no grupo de jogadores e preze o mínimo de respeito ao clube.

Talvez essa linguagem de boleiro, aliado ao fato do jogador ter se aposentado de certa forma recente faça com que os jogadores o respeitem mais do que nomes presentes na era de ouro do futebol do Flamengo. Não podemos deixar que surjam novos “bondes da Stella” no grupo em 2016.

Departamento médico

Já comentei isso em textos anteriores e repito - pega todo mundo do departamento médico do clube, manda embora e começa do zero. O Flamengo vem convivendo com constantes lesões pelo menos desde o início de 2014. Por mais que o CT ainda não esteja em condições ideais, esse assunto é muito grave e prejudica todo o planejamento de uma temporada.

É inadmissível as situações que vem acontecendo nessa área do clube, como o fato do Paulo Vitor ter sido liberado para jogar, voltar a sentir a contusão no jogo em que retornou e ficar mais diversas semanas afastado. É jogador que é diagnosticado com uma lesão simples e semanas depois percebe-se que é necessário operar, ou seja, absurdo atrás de absurdo!

O dinheiro que seria investido para contratar um Willian Arão ou Pikachu seria muito melhor aproveitado se fizéssemos uma proposta irrecusável para alguma equipe médica de ponta do futebol brasileiro. Oferece o dobro do salário, mostra que aqui os funcionários terão acesso a praia e todas as vantagens da cidade maravilhosa, sem contar a oportunidade única de receber em dia e qualquer compromisso firmado ser respeitado.

Técnico

A palavra do momento é disciplina. Tudo indica que o Oswaldo de Oliveira não permanecerá no clube em 2016, portanto a minha escolha, assim como a de muitos, é de Muricy Ramalho. Técnico acostumado a acertar defesas, que prega disciplina, sabe disputar o Brasileirão de pontos corridos e aparentemente se renovou neste período que passou pela Europa.

Veja a declaração dada recentemente pelo Muricy:

- Se você perguntar para todos os treinadores do Brasil, e acho que do mundo, que conhecem o Flamengo, todos eles vão falar a mesma coisa: quem não gostaria? Um time desse tamanho, gigante, que está se organizando. Já é um dos maiores em termos de torcida e vai ser um dos maiores em termos de organização, porque você percebe isso nessa diretoria. Então, todos os treinadores diriam que sim.

Por mais que tenhamos concorrentes, o técnico dá toda a pinta de que aceita conversar com o Flamengo e o acerto poderá ser mais fácil do que pensamos. Importante perceber que não é a primeira vez que um boleiro do meio do futebol demonstra interesse em trabalhar no Flamengo após perceber a seriedade do trabalho atual que está sendo executado.

Ao contrário do que muitos pensam, não há mais espaço para amadorismo no futebol brasileiro.

Prefiro mil vezes apelar para o “muricybol” desde que traga resultados, do que tentar jogar bonito, sem que os resultados apareçam. O Flamengo precisa esquecer esse papo de querer jogar igual a Barcelona ou Alemanha, ter noção de suas limitações e buscar desempenhar um futebol competitivo sem esquecer suas raízes.

Elenco

É preciso que muitos torcedores entendam que o mercado está em crise e a desvalorização do real faz com que seja cada vez seja mais difícil contratar jogadores que jogam no exterior ganhando quantias exorbitantes em dólar ou euro.

Mais do que uma barca ou reformulação geral no elenco, o Flamengo precisa realizar contratações pontuais, que possuam peso suficiente para assumir a titularidade no time. Bem ou mal, o Flamengo já possui uma base formada por PV, Wallace, Jorge, Ederson, Sheik (se permanecer) e Guerreiro.

Vejam que o setor mais carente do clube é o meio de campo, onde o único nome de destaque é o do Ederson, que mal sabemos se terá condições físicas de ter uma sequência de jogos em 2016.

Eu gostava muito de nomes como Eduardo da Silva e Caceres, mas eram jogadores onde o custo benefício não se pagava. O Eduardo por raramente aguentar 90 minutos dentro de campo e o Caceres devido as constantes lesões, suspensões e convocações para a seleção paraguaia.

O momento é de trabalhar com as categorias de base antes de pensar em fazer apostas como Thalysson, Arthur Maia, Mugni, Almir, Ayrton, entre tantos outros bondes que passaram ou ainda permanecem no clube.

O Flamengo precisa saber aproveitar da melhor forma o Baggio, Thiago Santos, Matheus Sávio, Jajá, assim como já aproveita o Jorge, Luis Antonio, PV e Kayke no elenco profissional. Não precisamos somente de novos Zicos, Adilios e Andrades, o mais importante é termos jogadores da base que possam ser úteis para enriquecer o elenco sem que o Flamengo precise apelar para contratações obscuras de caráter técnico duvidoso.

Não vou citar listas de dispensas ou contratações, mas buscaria jogadores com perfis de liderança e que tenham gana de vencer. O Flamengo precisa de pelo menos uns 3 jogadores no time titular que possam ajudar o Fabio Luciano e o Muricy a manter a disciplina na casa.

O clube precisa voltar a se acostumar com as vitórias e o inconformismo precisa fazer parte de todos os funcionários do departamento de futebol do clube, do roupeiro ao VP de futebol. Não dá mais para perdemos de quatro do Atlético, perder infinitos jogos consecutivos para Corinthians e Vasco da Gama e acharmos normal, “faz parte do jogo”.

Espero de verdade que independente de quem se eleger no final do ano, que todos tenham aprendido a lição neste triênio e o futebol passe a ser levado mais a sério no clube. 

Concordam com minhas sugestões? Votariam na chapa Rubro Negra?


Deixem suas opiniões e bom final de semana a todos!