quinta-feira, 2 de julho de 2015

"Vitória!" Análise do Pós Jogo Flamengo 1 x 0 Joinville

(Foto de Marcelo Baltar/Globo Esporte)
E depois das mensagens nada simpáticas nos muros da Gávea e, dizem, suposta briga ocorrida pós-jogo contra o Vasco, o elenco, enfim, neste jogo contra o Joinville, resolveu correr. Até diria, exageradamente, em todas as direções.

Em um primeiro tempo de uma tática "explosiva", isto é, cada jogador acelerando para qualquer canto, se afastando um do outro, o Flamengo teve uma boa chance com Cirino e só. De resto era um futebol estranho de assistir. Um time como o Flamengo com sensível diferença qualitativa entre seus jogadores (em que pese todas suas limitações) e os do adversário. Mas que jogava espalhado, sem esquema tático ofensivo, com enorme buraco no meio da defesa. Enfim, presa fácil para qualquer time mediano bem organizado. O que o Joinville, certamente o pior time do campeonato brasileiro, passa longe. 

O Flamengo estava tão mal organizado que não havia saída de bola. O goleiro olhava e nunca tinha ninguém. A bola toda hora caindo como um dardo no meio de campo. Os jogadores corriam, dividiam bolas (Milagre!), estavam bem raçudos. De espírito parecia outro elenco. Sensível melhora. Mas taticamente era uma escória, diria. Desculpem a palavra rude.

Mas veio o segundo tempo. Adilson Batista nos fez o favor de abrir o Joinville, um time patético cujo maior destaque é Marcelinho Paraíba, para nos atacar. E então as flechas sem arco começaram a pintar na área do Joinville. Sheik em boa atuação, Gabriel e Cirino atacavam pelas pontas. Dificilmente se via trocas de passes decentes, a questão era correr com a bola e ver o que dava. E numa destas Gabriel, sabe-se lá como, descobriu Sheik livre no meio da área e gol. Suspiro de alívio. 

O fraco Joinville resolveu atacar mais, então apareceu mais o Ayrton, estreando hoje, compondo o setor defensivo embora ainda fora de sintonia com o grupo e o jovem Jorge, o lateral esquerdo destaque do Brasil sub-20, mostrando o erro de ser preterido perante um Pico em qualquer circunstância. Jogou na dele, compondo mais a linha defensiva, mas dando o recado. Sem nos assustar como Pico faz quando tem a infelicidade de jogar pelo Flamengo.

Flamengo então recuou um pouco, embora ainda meio espalhafatoso e segurou o resultado, fazendo até cera(!!!), algo que não via talvez desde...2009? Nem sei. É o time mais otário do campeonato neste sentido há anos. Viva o Sheik ensinando os garotos certas manhas.

Vencemos. Saímos da Z4. E entre mortos e feridos é isto que importa. E Cristóvão ganha uma sobrevida ao menos até o próximo jogo.

De Flavio H Souza
twitter: @PedradaRN