Irmãos
rubro-negros,
que bela estreia do
Paolo Guerrero.
Além de marcar seu primeiro gol com a camisa do Flamengo, ele deu o passe para o gol do Everton, contribuindo para a grande vitória rubro-negra em Porto Alegre, que encerrou incômodo jejum.
O time fez uma
partida muito boa, sobretudo no segundo tempo, quando dominou amplamente as
ações em campo.
É preciso contextualizar
o jogo. O Flamengo enfrentou um adversário tradicional, que está na semifinal
da Taça Libertadores da América, tendo conquistado dois títulos da competição
recentemente, e que sempre realiza boas campanhas no Campeonato Brasileiro.
Além disso, eles
entraram em campo pressionados, precisando da vitória.
Para tornar
ainda mais dramático o quadro, foi divulgada durante a semana uma escalação que
fazia duvidar da sanidade do Cristóvão.
Tudo caminhava,
portanto, para o roteiro perfeito de mais um revés em solo gaúcho.
Mas o Flamengo
não seguiu o script. Cristóvão recuperou o siso e escolheu uma formação mais
sólida para ir a campo.
Deu muito certo.
Sinceramente,
não me recordo da última vez que o Flamengo enfrentou um adversário de tradição
fora de casa e fez uma partida tão consistente.
O Flamengo foi
superior praticamente o jogo inteiro.
O time mostrou
muito comprometimento, recompondo rapidamente o setor defensivo, marcando duro,
com firmeza, embora lealmente, e mostrando o espírito de luta que o torcedor
rubro-negro sempre exige de quem veste a camisa do Flamengo.
E no setor
ofensivo, as sucessivas chances criadas no segundo tempo são a prova de que o
time não recuou; pelo contrário, com um pouquinho mais de capricho, o Flamengo
poderia ter feito um placar mais dilatado.
...
Só para constar:
o Flamengo na quarta-feira bateu o recorde de audiência do Campeonato
Brasileiro deste ano. Foram 26 pontos com 46% de share, na Globo; e 2 pontos
com 3% de share, na Bandeirantes. Total: 28 pontos e 49% de share. Números que
demonstram a força descomunal do Flamengo.
...
Emerson e
Guerrero prometem compor uma excelente dupla de atacantes, com estilos e características
que se complementam: um mais aberto; o outro mais centralizado.
Embora seja
apenas o primeiro jogo, é inevitável que a torcida do Flamengo crie grande expectativa
e deposite muita esperança na dupla.
Experientes,
vencedores e possuidores de uma qualidade técnica acima da média, os dois têm
aquele entusiasmo que tanto agrada à Nação Rubro-Negra.
Eu nunca vi
jogador fazer sucesso de verdade no Flamengo, por melhor que fosse tecnicamente,
se permanecesse a maior parte do tempo com a mão na cintura, esperando bola.
E tanto o
Emerson como o Guerrero aliam a categoria com essa gana na luta pela bola,
disputando com denodo todas as jogadas.
Toda sorte do mundo para
a dupla no Flamengo.
Aqui no Flamengo eles sentirão na pele a pureza da fé e do amor rubro-negros, a intensidade da nossa paixão, a euforia enlouquecida que consome a tudo e a todos nos momentos de glória. “A força telúrica que chega a assustar”, como dizia Mario Filho.
Aqui no Flamengo
eles provarão da mística da sagrada camisa vermelha e preta, a camisa que joga
sozinha. E joga sozinha mesmo, pois não fosse ela, a camisa, e a fé da torcida,
o Flamengo já teria mergulhado no precipício há muito tempo.
Mas aqui no
Flamengo eles também encontrarão a cobrança gigantesca de uma torcida exigente,
acostumada a ver seus atletas entregando-se de corpo e alma em todas as liças,
malgrado esse princípio tipicamente flamengo tenha sido vergonhosamente
desrespeitado em tempos recentes.
Que eles honrem
o Manto Sagrado, e inspirem os demais jogadores a assim agirem.
Humildemente, é o
que lhes peço.
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Com a chegada do
Cáceres, que tem tudo para fazer com o Jonas uma dupla muito boa no meio de
campo, do Guerrero e do Emerson e as gratas surpresas do Ayrton e do Jorge, o
time do Flamengo começa a encorpar.
Não quero me
deixar levar pela extrema alegria provocada pela vitória de quarta-feira.
Mas se a
diretoria, num esforço hercúleo, conseguir trazer um bom zagueiro, um meia de
qualidade, e o time mantiver a vontade, a solidariedade e o comprometimento do
último jogo, acho que poderemos sonhar com vôos mais altos do Urubu.
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Domingo é jogo
para vencer e bem. O Flamengo precisará se superar, e para isso necessitará do
apoio maciço da massa rubro-negra, pois o adversário ainda possui um plantel
qualificado. É jogo para o povo flamengo cantar do início ao fim e para os
jogadores ganharem todas as divididas, todas as disputas de bola.
O adversário virá cheio de melindres, após o período de vacas gordas, em que, subsidiado pelo governo federal e inchado em seu ego pela imprensa local, se sentiu
maior do que é.
Mas a realidade veio
bater-lhe à porta. As bravatas, a injustificável empáfia, o nariz empertigado
e o insistente hábito de querer ombrear com o Clube de Regatas do Flamengo,
tudo foi para o ralo.
E o Flamengo contribuiu
bastante para isso.
O Flamengo, que
não tem amigados no governo federal, que não possui “contatos” nas esferas mais
altas do poder, que não tem uma mídia bairrista e provinciana a lhe servir, o
Flamengo, amigos, o “falido”, o outrora motivo de chacota nacional, o “desacreditado”
Flamengo, contando exclusivamente com a força da sua marca, a paixão da sua
torcida e com o trabalho duro e honesto de um grupo de sócios e dirigentes, resolveu
ajudar o time do lado de lá da Rodovia Presidente Dutra, desafogando a folha
salarial deles com a contratação dos seus dois melhores jogadores.
Mas não esperemos
gratidão, de modo algum. Não da parte deles, que sempre alimentaram acirrada
rivalidade conosco, sendo que a recíproca nunca existiu com igual intensidade. Pudera,
estão sediados na maior e mais rica cidade do país e são obrigados a aceitar
goela abaixo a verdade, que é uma só: o Flamengo é muito maior do que eles
jamais serão.
Pois bem, que o Mais Querido faça valer o mando de campo e conquiste uma grande vitória, em homenagem ao Emerson e ao Guerrero, que, por covardia e canalhice do seu ex-clube, não poderão atuar no próximo domingo com a camisa vermelha e preta.
Eles tremem só
de pensar no Maracanã lotado de rubro-negros prestigiando a estreia do
Guerrero. Medo é a palavra. Cumpre-nos demonstrar que o sentimento é
justificado, com ou sem Emerson e Guerrero.
Avante Mengão!
Com raça e coração!
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Obrigado, Eduardo da Silva, pelos serviços prestados. Desejo-lhe sorte em seu novo clube.
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Abraços a todos
e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez
Flamengo, sempre Flamengo.