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| Vim, vi, venci |
Isto pode ser simples para outros times melhores organizados, com elencos equilibrados, técnicos de melhor qualidade, mas não para o Flamengo. Foram meses e meses sendo "agredido" por partidas infames jogadas por profissionais regiamente pagos e desinteressados em competir. Mal-treinados tanto no aspecto tático, técnico e mesmo físico. O Flamengo neste ano de 2015 era, até então, de uma regularidade impressionante. Sempre jogava mal. Sempre aborrecia mais que alegrava, sempre, findo o jogo, dava vontade de expulsar meia dúzia destes profissionais sem sangue para fora da Gávea.
Mas hoje não. Aconteceu um "milagre". A chegada do Santo Guerreiro, o Paolo Guerrero. Artilheiro peruano, recém-chegado da artilharia da Copa América. Ídolo da Torcida do Corinthians. Um sujeito que não admite perder. Não gosta de gracinha no elenco. Joga de forma objetiva, com vontade. Não quer saber de "se adaptar", vai lá e joga. E ele jogou. Fez o gol, de puro oportunismo e deu um passe magistral, de futebol de salão, para Everton marcar o segundo. Tivemos também, para mais equilíbrio no time, a volta do Cáceres, compondo com Canteros e Jonas o trio de volantes. Cáceres ficou mais liberado para ir a frente, repetindo o jeito que joga na seleção do Paraguai. Canteros revezava com ele e tem uma boa visão de jogo. Jonas se segurava mais atrás para maior proteção dos zagueiros, que fizeram bela partida, particularmente Marcelo, um leão na grande área.
Na frente Guerrero e Sheik em total harmonia, jogaram juntos muito tempo no Corinthians. Em um olhar já sabiam onde o outro estava. E isto acelera as jogadas. Everton foi uma boa opção de velocidade pela esquerda. Errado alguns passes, mas sempre acelerando as jogadas, contando com o lateral Jorge e a aproximação do Canteros.
Flamengo jogou bem o primeiro tempo, mas foi melhor no segundo tempo, quando o Inter se abriu pro jogo e o Flamengo mandou no meio de campo. No final, um problema. Marcio Araújo entrou. E ele é um "chama-gol" daqueles crônicos. E, em um lance de abafa, Jorge cabeceou infantilmente pro alto, para frente, a zaga do Flamengo assistiu imóvel o lance, o atacante do Inter teve tempo e espaço de chutar e o fez. Gol, que contou com a ajuda do nosso indefectível goleiro César que deixou o seu canto esquerdo do gol totalmente a disposição do atacante. Ele chegou a ir pro lado direito antes, para facilitar. Incrível. Enfim, 2 a 1. Flamengo jogou bem. Alegrou a torcida que há tempos anda carente de ver seu time jogar uma partida como adulto. Hoje fomos grandes. Que continuemos assim.
by Flavio H Souza
twitter: @PedradaRN
