terça-feira, 11 de novembro de 2014

Tabelinha Mem de Sá-Arariboia

Admito que me amarro em campinhos e pensar em como o Flamengo jogará e se formará. Gosto menos quando vejo na imprensa, especulação é como falar mal de familiar, só a gente pode, os outros não. Prefiro discutir, debater, sugerir, sem tumultuar, mas como “acobou” 2014 para o futebol do Flamengo, é o que nos resta para o final de ano. Começou a temporada das especulações! Com ela os devaneios sobre contratações e dispensas, naquela tabelinha bacana entre Mem de Sá e Arariboia, já tradicionais aqui no Buteco e em pelo vapor. Para explicar o que penso, detalharei por listas os nomes e as situações:

Não renovaçãoLéo Moura, Chicão, Arthur, Digão
Agradeço aos serviços prestados pelo capitão, mas não renovaria seu contrato, já que sabemos querer jogar mais duas temporadas. Claro que o patrimônio conta, será uma legenda no clube, queiram ou não, será Laureado, lembrem-se (10 anos no clube e mais de 5 títulos relevantes). Boa sorte e obrigado! O mesmo vale para o experiente Chicão, que me lembra o arrepiante fim de Fábio Luciano, caindo desempenho. Digão tentará a sorte em outra casa e Arthur, bem, Arthur, jogou no Flamengo?

Renovações – Marcelo, João Paulo, Anderson Pico, Márcio Araújo*, Nixon
Renovaria com Marcelo, que apesar de atabalhoado é o melhor que temos para bolas altas, se posiciona bem e tem margem de crescimento; João Paulo e Anderson pico fariam “vestibular” nas rodadas finais e no carioca do ano que vem, o melhor fica e o pior é emprestado até terminar o contrato (1 ano); Nixon renova e Márcio Araújo renovaria também, exceto em caso de folga de orçamento para contratação de peso, que falarei mais tarde.

Retornos – Rafinha, Wellington, Thomaz, Rodolfo, Val, Bruninho, Renato Santos
Gostaria do retorno do Rafinha e do Wellington, mas não há clima para nenhum dos dois. No máximo para o Rafinha, que ficaria sob a condição de ganhar peso, como fez Sartori e Gabriel no último ano. Seria sua última chance no clube. Thomaz está mal na Ponte e (Zinedine) Rodolfo nem joga, seriam emprestados novamente. Val, Bruninho e Renatos Santos seriam dispensados, com acordo entre as partes ou re-emprestados.

Trocas, empréstimos, dispensas – Felipe, Erazo, Fernando, Renato Santos, Wellington, Amaral, Recife, Luiz Antônio, Val, Bruninho, Matheus, Negueba, Thomaz, Rodolfo, Élton (Arthur, Léo Moura e Chicão)
Como o post é curto e o papo é reto, a barca sairia cheia! Com nomes de peso e contrapesos... Como pode perceber são 18 nomes, caberia mais dependendo das circunstâncias, mas dispensar por dispensar custa caro. Alguns são moedas de troca e não tem clima para vestir a camisa do Flamengo, casos de Felipe, Luiz Antônio, Arthur, Val e outros. Nesse caso, para abrir uma “folga de caixa, acompanhado de aproximadamente 1,5MM de reais, por causa do Refis, trocaria por jogadores úteis, emprestaria com o salário pago em parte pelo clube de destino ou integralmente, de preferência. A limpa fará bem aos que permanecerem, ficarão porque são úteis ao time. A ideia é a que haja ao menos 3MM de Reais de sobra de caixa, na folha, em relação à 2014. Somente sem os ordenados de Léo Moura, Chicão e a metade de Felipe a estimativa é de 700 mil Reais/Mês. Penso dar uma folga de 800 mil com os salários dos outros 15 atletas. Por isso talvez incluiria Márcio Araújo na lista, pela razão financeira, já que o acho útil. Só útil.

Treinador – Vanderlei Luxemburgo é um cara que não passa um pingo de confiança no “projeto”, nem falo do trabalho em si, já que o saldo é positivo, apesar da cipuada na Copa do Brasil. Seu ego é maior do que tudo, vide a entrevista de domingo, desancando o time, enquanto no jogo que valia, nada disse, a não ser elogiar a diretoria do Galo... Diante do “pacote Luxa” ou continuaria pagando os 300 mil Reais já acordados, mesmo que sem contrato. Nada mais. Caso aceite, ótimo, não cederia poder de decisão ao treinador, apenas a gestão da equipe, aceitou, beleza, não aceitou, obrigado e boa sorte.

Aqui desenvolvo uma questão do calendário e da preparação. Com Luxa ou sem ele, trabalharia 18 atletas do elenco titular para jogar apenas os clássicos e os jogos decisivos, como preparação para o campeonato brasileiro. Com o time reserva, jogaria o estadual, recheado de sub-20s. Com isso a preparação seria mais longa e o time teria gás no final do ano, com menos partidas. A medida abriria ainda a possibilidade de jogos amistosos pelo Brasil, nos meses de Fevereiro, Março e Abril. Uma boa grana extra.

Sem Luxemburgo, sabemos que o mercado está restrito e caro. No Brasil, em minha visão, apenas três treinadores na ativa tem “estofo” para dirigir o Flamengo: Cristóvão Borges, hoje no Fluminense, tem uma visão interessante sobre futebol; Oswaldo de Oliveira já passou pelo clube, está desempregado, tem experiência com jogadores mais novos e ainda tem sede; e Dejan Petkovic. Valeria experimentar? Será que o tempo de Atlético-PR e estudo no Real Madrid são o suficiente? Só o tempo dirá. Rubro-negro ele é. Pet seria uma aposta, como ídolo do clube tem estofo, mas não tem experiência.

As outras opções seriam Jorge Sampaoli da seleção chilena, ótima pedida, que não deve se concretizar; Edgardo Bauza, atual campeão da Libertadores, mas retranqueiro (além de copeiro); e Marquinhos Santos, do Coritiba, ainda verde para um clube como o Flamengo. Levir Culpi e Marcelo Oliveira não viriam, Cuca é chorão e caro.

Elenco em formação
Gol: Paulo Vítor, César, JP Kuspioz;
Zaga: Wallace, Samir, Marcelo, Frauches;
Laterais: João Paulo*, Anderson Pico*, Léo;
Volantes: Cáceres, Canteros, Márcio Araújo*, Muralha*
Meias: Mugni*, Éverton;
Meias-atacantes: Paulinho, Gabriel;
Atacantes: Eduardo, Alecsandro, Nixon, Sartori, Rafinha*

Diante das opções apresentadas acima, faria ainda alguns testes, um vestibular no carioca. Se for bem fica, se for mal será emprestado no Brasileiro. Casos de João Paulo, Anderson Pico que teria que voltar fininho das férias, Muralha, Mugni e talvez Erazo. O caso do Erazo é complicado, pois é estrangeiro e deixaria uma vaga a menos na prospecção do mercado externo. Mugni, na mesma condição, ainda pode render. Deve, tem contrato de 4 anos.

Com o elenco mais enxuto e as necessidades mais evidentes ainda, prospectaria jogadores para as seguintes posições: Lateral direita, lateral esquerda, volante, meia e centroavante. Parafraseando o Casseta & Planeta, “devido à restrições orçamentárias”, traria dois ou três nomes de peso, que pudessem mudar o patamar do TIME e completaria com peças uteis, dando versatilidade e profundidade ao elenco. Um volante que saiba sair jogando, um meia de qualidade e um centroavante matador. As outras peças teriam qualidade, porém menor, para disputar posição. Caso houvesse “sobra de caixa” e “negócios de oportunidade”, traria jogadores para as demais posições (incluindo um zagueiro e um meia-atacante, que poderiam ser uma aposta). Aos pitacos:

Lateral direito: Ayrton, Vitória; Mariano, Bordeaux; Lucas Ex-Botafogo (especulado)
Lateral esquerdo: Emannuel Mas, San Lorenzo (especulado); Layún, América do México, Carlinhos, Fluminense (sem contrato, negocia com o Cruzeiro), Milton Casco, Newell's (especulado)
Volante: Felipe Melo; Diego Gonzalez, Lanús (especulado); Amaral, Goiás (sem contrato), Cristian (especulado, sem contrato)
Meia: Jadson, Corinthians; Luis Montes, León; Edwin Cardona, Nacional de Medelín.
Centroavante: Paolo Guerrero, Corinthians (fica sem contrato no meio de 2015); Rafael Sóbis, Fluminense, Lucas Pratto, Velez


As carências são essas, mas nada que impeça uma contratação “tipo” Eric do Goiás, que está “quicando”... O Flamengo deve ficar atento ao mercado, ganhar o máximo, gastando o mínimo. Precisamos de ATLETAS que desempenhem em alto nível, performem, como se diz. Não vale medalhão com a “mão nas cadeiras”. O importante é o desempenho no esporte, o Flamengo precisa ter a consciência disso, principalmente em período de crise, pagamento de dívidas. Mas que um craque, vendedor de camisa ajuda... Nada de Thiago Neves e Vagner Love. Criatividade Flamengo! Conexão Mem de Sá-Arariboia, partiu?!