Admito que
me amarro em campinhos e pensar em como
o Flamengo jogará e se formará. Gosto menos quando vejo na
imprensa, especulação é como falar
mal de familiar, só a gente pode, os outros não.
Prefiro discutir, debater, sugerir, sem tumultuar, mas
como “acobou” 2014 para o futebol do
Flamengo, é o que nos resta para o final de ano. Começou a
temporada das especulações! Com ela os devaneios sobre contratações
e dispensas, naquela tabelinha bacana entre Mem de Sá e Arariboia,
já tradicionais aqui no Buteco e em pelo vapor. Para explicar o que
penso, detalharei por listas os nomes e as situações:
Não
renovação – Léo
Moura, Chicão, Arthur, Digão
Agradeço aos serviços prestados
pelo capitão, mas não renovaria seu contrato, já que sabemos
querer jogar mais duas temporadas. Claro que o patrimônio conta,
será uma legenda no clube, queiram ou não, será Laureado,
lembrem-se (10 anos no clube e mais de 5 títulos relevantes). Boa
sorte e obrigado! O mesmo vale para o experiente Chicão, que me
lembra o arrepiante fim de Fábio Luciano, caindo desempenho. Digão
tentará a sorte em outra casa e Arthur, bem, Arthur, jogou no
Flamengo?
Renovações
– Marcelo, João Paulo, Anderson
Pico, Márcio Araújo*, Nixon
Renovaria com Marcelo, que apesar
de atabalhoado é o melhor que temos para bolas altas, se posiciona
bem e tem margem de crescimento; João Paulo e Anderson pico fariam
“vestibular” nas rodadas finais e no carioca do ano que vem, o
melhor fica e o pior é emprestado até terminar o contrato (1 ano);
Nixon renova e Márcio Araújo renovaria também, exceto em caso de
folga de orçamento para contratação de peso, que falarei mais
tarde.
Retornos
– Rafinha, Wellington, Thomaz, Rodolfo, Val,
Bruninho, Renato Santos
Gostaria do
retorno do Rafinha
e do Wellington, mas não há clima para nenhum dos dois. No máximo
para o Rafinha, que ficaria sob a condição de ganhar peso, como fez
Sartori e Gabriel no último ano. Seria sua última chance no clube.
Thomaz está mal na Ponte e (Zinedine) Rodolfo nem joga, seriam
emprestados novamente. Val, Bruninho e
Renatos Santos seriam dispensados, com acordo entre as partes ou
re-emprestados.
Trocas,
empréstimos, dispensas – Felipe,
Erazo, Fernando, Renato Santos, Wellington, Amaral, Recife, Luiz
Antônio, Val, Bruninho, Matheus, Negueba, Thomaz, Rodolfo, Élton
(Arthur, Léo Moura e Chicão)
Como o post
é curto e o papo é reto, a barca sairia cheia! Com nomes de peso e
contrapesos... Como pode perceber são 18 nomes, caberia mais
dependendo das circunstâncias, mas dispensar por dispensar custa
caro. Alguns são moedas de troca e não tem clima para vestir a
camisa do Flamengo, casos de Felipe, Luiz Antônio, Arthur, Val e
outros. Nesse caso, para abrir uma “folga de caixa, acompanhado
de aproximadamente 1,5MM de reais, por causa do Refis,
trocaria por jogadores úteis, emprestaria com o salário pago em
parte pelo clube de destino ou integralmente, de preferência. A
limpa fará bem aos que permanecerem, ficarão porque são úteis ao
time. A ideia é
a que
haja ao menos 3MM de Reais de sobra de caixa, na
folha, em
relação à 2014. Somente sem os ordenados de Léo Moura, Chicão e
a metade de Felipe a estimativa é de 700 mil Reais/Mês. Penso dar
uma folga de 800 mil com os salários dos outros 15 atletas. Por isso
talvez incluiria Márcio
Araújo na lista, pela razão financeira, já que o acho útil. Só
útil.
Treinador
– Vanderlei Luxemburgo é um cara que não passa um pingo de
confiança no “projeto”, nem falo do trabalho em si, já que o
saldo é positivo, apesar da cipuada na Copa do Brasil. Seu ego é
maior do que tudo, vide a entrevista de domingo, desancando o time,
enquanto no jogo que valia, nada disse, a não ser elogiar a
diretoria do Galo... Diante do “pacote Luxa” ou continuaria
pagando os 300 mil Reais já acordados, mesmo que sem contrato. Nada
mais. Caso aceite, ótimo,
não cederia poder de decisão ao treinador, apenas a gestão da
equipe, aceitou, beleza, não aceitou, obrigado e boa sorte.
Aqui desenvolvo uma questão do
calendário e da preparação. Com Luxa ou sem ele, trabalharia 18
atletas do elenco titular para jogar apenas os clássicos e os jogos
decisivos, como preparação para o campeonato brasileiro. Com o time
reserva, jogaria o estadual, recheado de sub-20s. Com isso a
preparação seria mais longa e o time teria gás no final do ano,
com menos partidas. A medida abriria ainda a possibilidade de jogos
amistosos pelo Brasil, nos meses de Fevereiro, Março e Abril. Uma
boa grana extra.
Sem
Luxemburgo, sabemos que o mercado está restrito e caro. No Brasil,
em minha visão, apenas três treinadores na ativa tem “estofo”
para dirigir o Flamengo: Cristóvão
Borges, hoje no Fluminense, tem uma
visão interessante sobre futebol; Oswaldo
de Oliveira já passou pelo clube,
está desempregado, tem experiência com jogadores mais novos e ainda
tem sede; e Dejan Petkovic.
Valeria experimentar?
Será que o tempo de Atlético-PR e estudo no Real Madrid são
o suficiente? Só o tempo dirá.
Rubro-negro ele é. Pet seria uma
aposta, como ídolo do clube tem estofo, mas não tem experiência.
As outras
opções seriam Jorge Sampaoli
da seleção chilena, ótima pedida, que
não deve se concretizar;
Edgardo Bauza,
atual campeão da Libertadores, mas retranqueiro (além de copeiro);
e Marquinhos Santos,
do Coritiba, ainda verde para um clube como o Flamengo. Levir
Culpi e Marcelo
Oliveira não viriam, Cuca
é chorão e caro.
Elenco
em formação
Gol:
Paulo Vítor,
César, JP Kuspioz;
Zaga:
Wallace, Samir, Marcelo, Frauches;
Laterais:
João Paulo*, Anderson Pico*, Léo;
Volantes:
Cáceres, Canteros, Márcio Araújo*, Muralha*
Meias:
Mugni*, Éverton;
Meias-atacantes:
Paulinho, Gabriel;
Atacantes:
Eduardo, Alecsandro, Nixon, Sartori, Rafinha*
Diante das opções apresentadas
acima, faria ainda alguns testes, um vestibular no carioca. Se for
bem fica, se for mal será emprestado no Brasileiro. Casos de João
Paulo, Anderson Pico que teria que voltar fininho das férias,
Muralha, Mugni e talvez Erazo. O caso do Erazo é complicado, pois é
estrangeiro e deixaria uma vaga a menos na prospecção do mercado
externo. Mugni, na mesma condição, ainda pode render. Deve, tem
contrato de 4 anos.
Com o
elenco mais enxuto e as necessidades mais evidentes ainda,
prospectaria jogadores para as seguintes posições: Lateral
direita, lateral esquerda, volante, meia e centroavante.
Parafraseando o Casseta & Planeta, “devido
à restrições orçamentárias”,
traria dois ou três
nomes de peso, que pudessem mudar o patamar do TIME e completaria com
peças uteis, dando versatilidade e profundidade ao elenco. Um
volante
que saiba sair jogando, um meia de qualidade e um centroavante
matador. As outras peças teriam qualidade, porém menor, para
disputar posição. Caso houvesse “sobra de caixa” e “negócios
de oportunidade”, traria jogadores para as demais posições
(incluindo um zagueiro e um meia-atacante, que poderiam ser uma
aposta). Aos pitacos:
Lateral
direito:
Ayrton, Vitória; Mariano, Bordeaux; Lucas Ex-Botafogo (especulado)
Lateral
esquerdo:
Emannuel Mas, San Lorenzo (especulado); Layún, América do México,
Carlinhos, Fluminense (sem contrato, negocia com o Cruzeiro), Milton
Casco, Newell's (especulado)
Volante:
Felipe Melo; Diego Gonzalez, Lanús (especulado);
Amaral, Goiás (sem contrato), Cristian (especulado,
sem contrato)
Meia:
Jadson, Corinthians; Luis Montes, León; Edwin Cardona, Nacional de
Medelín.
Centroavante:
Paolo Guerrero, Corinthians (fica sem contrato no meio de 2015);
Rafael Sóbis, Fluminense, Lucas Pratto, Velez
As carências são essas, mas
nada que impeça uma contratação “tipo” Eric do Goiás, que
está “quicando”... O Flamengo deve ficar atento ao mercado,
ganhar o máximo, gastando o mínimo. Precisamos de ATLETAS que
desempenhem em alto nível, performem, como se diz. Não vale
medalhão com a “mão nas cadeiras”. O importante é o desempenho
no esporte, o Flamengo precisa ter a consciência disso,
principalmente em período de crise, pagamento de dívidas. Mas que
um craque, vendedor de camisa ajuda... Nada de Thiago Neves e Vagner
Love. Criatividade Flamengo! Conexão Mem de Sá-Arariboia, partiu?!