Com o Flamengo chegando a
uma pontuação que o coloca muito próximo de encerrar qualquer discussão sobre
luta contra o rebaixamento, é natural que outros temas ganhem destaque nas
rodas de conversas. A Copa do Brasil, claro, disputa o foco principal junto com
o planejamento da temporada 2015 mas aos poucos retorna também o tema dos jogos
fora do Rio de Janeiro, principalmente por causa dos altíssimos custos do
Maracanã.
É sabido por todos que
acompanham o Mais Querido que o consórcio que opera o estádio costuma ficar com
uma parte significativa das rendas obtidas no estádio. A negociação feita pelo
clube, contando com receitas advindas de camarotes, bares e estacionamentos,
acabou não trazendo a receita esperada. Isso é consequência direta das mudanças
feitas pelo governo do estado que impediu a demolição dos outros equipamentos,
Celio de Barros e Julio Delamare, inviabilizando a construção de novos
estacionamentos e da incrível incapacidade do consórcio de vender os camarotes.
Jogo após jogo vemos a maioria deles fechados e apagados, o que significa perda
de receita considerável para o clube.
A tabela do campeonato
brasileiro indica que o Flamengo mandará ainda os jogos contra Chapecoense,
Coritiba, Criciúma e Vitória, todos realizados em finais de semana. Nenhum
destes jogos pode ser considerado como de grande apelo e, a menos que haja uma
arrancada com uma sequência de vitórias que coloque o Flamengo na briga pelo
G4, provavelmente a média público no Maracanã tende a diminuir nessa reta final.
De outro lado, a
fantástica resposta da torcida rubro-negra nos jogos realizados em Cuiabá,
Natal e Manaus não deixam dúvidas de que o Flamengo lotará a maioria dos
estádios em que for jogar no país. Sendo assim, não seria agora então o momento
certo de se fazer isso? Vou mais além, será que, ao invés de escolher uma praça
específica, como foi Brasília em 2013, não valeria a pena marcar um jogo em
Natal e outro em Fortaleza, por exemplo? E isso apenas para ficar em cidades
com estádios da Copa porque não hesitaria em sugerir também Belém, Maceió ou
João Pessoa, lugares onde o Rubro-Negro é comprovadamente popular.
Vejo como único grande
obstáculo a logística para os jogos que nos restam pela Copa do Brasil. Essa
semana mesmo, vimos o treinador rubro-negro reclamar bastante da viagem até Manaus
e do impacto que teria nos jogadores para a disputa da semifinal da competição,
que conta apenas com times do Sudeste a partir de agora. Nada impede porém, que
a logística possa ser planejada junto com o treinador para aproveitar a
possibilidade minimizando o impacto nos jogadores.
É importante lembrar que o
Flamengo ainda precisa do máximo possível de receita, tendo recentemente tido
que aprovar a solicitação de mais empréstimos nos conselhos do clube. Os jogos
em outras praças talvez sejam uma saída para amenizar esse problema agora no
final do ano. Na temporada passada houve muitas críticas por conta do baixo
desempenho dentro de campo que acabaram deixando o time nas últimas colocações
no campeonato. Será que agora isso teria menos impacto? Talvez, o mais prudente
seja esperar os 45 ou 48 pontos e a decisão na Copa do Brasil para tomar essas
decisões.
abraços a todos e SRN!