segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Deixa a Vida Te Levar, Mengão

Meus car@s amig@s do Buteco. Tentem só por um momento se lembrar do cenário pré-Copa do Mundo, logo após o jogo de Uberlândia, contra o mesmo adversário de ontem. Aquele, das embaixadinhas do Alecsandro, do "esporro" do Ximenes no vestiário... Se alguém dissesse, na época, que o Flamengo devolveria o placar no returno, certamente levaria a pecha de louco fanático. Não sei se o mundo deu uma volta, provavelmente não no sentido daquele ditado popular, mas 3x0... Só mesmo a premonição do Rocco, de ontem pela manhã, que geralmente ilumina alguns rubro-negros logo antes das partidas. E o que dizer do adversário de ontem? Bem, não pareceu o mesmo do jogo do turno e o Flamengo, a rigor, passou por cima como um trator. Observem que é diferente de ser superior técnica ou taticamente, pois é mais do que isso: o Flamengo pareceu jogar em outra rotação, mais acelerada. E certa ou errada aquela teoria que aventei semana passada, inegável é que mais uma vez o time, no Maracanã, acabou se saindo melhor contra um adversário mais técnico e "menos saco de cimento"

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Achei que o jogo teve alguns componentes atípicos, dentre eles a própria apatia do Cruzeiro diante do volume de jogo do Flamengo. Por isso, é preciso tomar cuidado ao se tomá-lo como parâmetro. A título de exemplo, duas das jogadas de gol foram construídas a partir de penetrações do Alecsandro pela linha de fundo na direita, seguidas de cruzamentos (primeiro e terceiro gols). Para me convencer de que essa jogada passará a ser uma nova alternativa nos jogos seguintes, ela terá que se repetir com êxito novamente, pois é outro aspecto da partida que se mostrou diferente, original, talvez até inusitado. Outro aspecto raro de se ver é a insegurança do goleiro do time que goleou, caso do Paulo Victor. Normalmente isso acontece com quem tomou a goleada, mas ontem tudo parecia que tinha que dar certo mesmo. Tanto é verdade, que Gabriel mais uma vez entrou bem contra um time grande de fora do Rio, em uma partida importante do Brasileiro, mas dessa vez marcando um golaço, algo também inédito. Muito bacana. Gabriel está subindo de produção. Sou um otimista e vou torcer muito para que finalmente se encontre e passe a render em alto padrão com regularidade.

Na parte tática, o Flamengo já tinha sido melhor no primeiro tempo, mas algo que o Luxemburgo deve refletir é sobre o ataque com Eduardo da Silva e Alecsandro juntos. Acho que fica muito pesado. Ainda não me convenceu. Tive a nítida impressão de que, com a entrada de Gabriel, a equipe ganhou mais velocidade e ficou ainda mais incisiva, especialmente nas jogadas de contra-ataque. É preciso no mínimo mais um jogador veloz na frente para dar opção a Éverton, nosso Usain Bolt. E, falando em Éverton, falta um pouco menos de ansiedade na hora do último passe, talvez erguer a cabeça em alguns deles, como disse a nossa amiga Leila Unabomber. Ajustes que podem ser feitos nas retas finais do Brasileiro e da Copa do Brasil.

Os destaques para mim foram: na zaga, Marcelo, um verdadeiro gigante; no meio, Cáceres, o nosso xerife, um verdadeiro leão, e Canteros, absolutamente sublime, excelente. No ataque, Alecsandro se destacou pela participação em dois gols. Mas o time, como um todo, foi bastante firme: Márcio Araújo, por exemplo, foi muito bem nas roubadas de bola e se apresentou constantemente no ataque, Éverton foi a válvula de escape na transição do meio para o ataque e deu muito trabalho ao Cruzeiro. Acho que o Anderson Pico merece um comentário à parte: foi uma grata surpresa no aspecto técnico. Parece que entende do riscado e sabe mesmo como bater na bola. Mas João Paulo, apesar das oscilações, é um atleta. Pico terá que demonstrar que também é, dado o seu problema para controlar o peso.

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A tabela mostra o Flamengo, hoje, a dez pontos do G4. É muito difícil tirar essa diferença, mas gostaria de lembrar dois aspectos importantes: a) não é impossível, até porque a tabela, circunstancialmente, é muito, muito favorável; b) o fechamento da Copa do Brasil é, em tese, bem mais difícil esse ano, e pode vir a ser o que reste ao Flamengo. Logo, se falar em prioridades ainda é um tanto complicado no momento, dada a imprevisibilidade do futebol (by Villa), agora é hora de focar na Copa do Brasil. E quarta-feira tem América/RN no Maracanã. A classificação em tese está tão próxima que chega até a preocupar, pois tod@s sabemos como essa competição pode ser traiçoeira. Já que o Pico deu sinais de que pode ser uma opção, eu o escalaria e deixaria o João Paulo, que vem de uma sequência estafante, recuperar-se bem da contusão e se recondicionar com calma durante a semana. Também testaria um ataque só com um dos dois atacantes mais velhos, Eduardo da Silva e Alecsandro.

E você, amig@ do Buteco? O que achou do jogo de ontem? Qual seria a sua escalação para quarta-feira?

Bom dia e SRN a tod@s.