sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Percepções

A percepção humana funciona, às vezes, de forma bastante estranha. Da arquibancada do Maracanã, tive a impressão de ver o Flamengo jogar contra um time nitidamente superior ao nosso. No intervalo inclusive, comentava com alguns amigos no estádio sobre o panorama do jogo que nos parecia bastante desfavorável, com o time sem meio de campo, sem saída de bola e tendo que recorrer a chutões dos zagueiros e volantes para a velocidade do Gabriel e do Éverton. Houve um momento inclusive, que pareceu durar uma eternidade, em que o time rubro-negro assistia o adversário tocar a bola em campo e nas arquibancadas a torcida assistia calada os mineiros cantando alto no Maracanã.

O forte time mineiro veio bem armado para o Maracanã, dificultando a saída de bola do Flamengo e atacando usando toda a amplitude do campo. Especialmente no primeiro tempo, a armadilha funcionou e a defesa do Flamengo ficou perigosamente espaçada, dando espaço aos velozes atacantes oponentes, que felizmente não conseguiram aproveitar as brechas na defesa.

Felizmente, no segundo tempo o Flamengo foi bem melhor do que no primeiro tanto no campo quanto nas arquibancadas. Mais organizado em campo e com os jogadores rubro-negros voltando à compactação habitual o time conseguiu rearmar o forte bloqueio na entrada da área mantendo o oponente longe do nosso gol. Defender, defender e tentar encaixar um contra-ataque. Dentro das limitações técnicas do time, pioradas pelas contusões, era o que dava para fazer além de contar, claro, com o apoio da torcida que não vacilou. Cantando forte durante todo o segundo tempo, a mística de tempo antigos espremeu o visitante entre o time e as arquibancadas do gol da estrada de ferro. O mesmo gol onde Nunes venceu João Leite nas imagens que os telões do Maracanã não cansaram de exibir, lembrando bem aos mineiros onde estavam e o que teriam pela frente.

De volta ao jogo, a disputa pelo controle do meio de campo quase não aconteceu e isso na volta pode ser realmente decisivo. No Maracanã, os mineiros tocaram a bola com bastante desenvoltura e movimentação, enquanto os rubro-negros equilibraram na vontade, com dobras na marcação e às vezes até com uma sobra. O grande problema é que, sem Alecsandro, o Flamengo não conseguiu manter a posse de bola, que na maioria das vezes era chutada para o ataque, batendo na defesa adversária e dando início a uma nova ofensiva. Para confirmar a classificação para a decisão, uma das questões que Luxemburgo vai ter que resolver é como conseguir controlar o ritmo do jogo, que deve ser jogado num ritmo mais intenso.

Aqui uma pausa para falar da evolução do Gabriel, coroada com uma jogada de craque em que ele mostrou velocidade, habilidade e inteligência. Se o Flamengo de 2013 consagrou Paulinho e o Brocador, o camisa 17 parece ser a bola da vez nesse final de 2014 e terá sem dúvida, atenção especial de Levir Culpi na preparação para o próximo confronto. Ainda assim, durante a maior parte do jogo de ida, ele não conseguiu fugir da boa marcação dos mineiros e só conseguiu jogar quando teve mais espaço no segundo tempo, pela esquerda do ataque. Duas boas arrancadas e, na minha opinião, dois pênaltis, o primeiro marcado fora da área de maneira errada.

Para semana que vem, ao contrário do que aconteceu nesse primeiro jogo, o panorama se mostra mais favorável na próxima quarta-feira. Tendo que fazer o resultado, o adversário virá para cima de nós com tudo logo no início, mas deixará espaços generosos que precisaremos saber aproveitar. Mais ainda, será fundamental preparar o time tanto para o caso de levarmos um gol cedo quanto para o caso de marcarmos um. O exemplo do confronto que envolveu mineiros e paulistas nas quartas de final tem que ser bastante estudado pelos jogadores, bem como o estilo do árbitro que for escalado.

Creio que a postura deve ser idêntica à que o Mais Querido teve no segundo tempo do jogo no Morumbi, em que não apenas equilibrou o jogo mas conseguiu controla-lo, alternando jogadas em velocidade com boas trocas de bola no meio. Da mesma maneira, o início daquele jogo também serve de referência, em que o Flamengo tentou apenas se defender e resistir à pressão do adversário jogando muito atrás e acabou levando um gol antes dos 15 minutos. Somente quando avançou a marcação para a sua intermediária é que o Flamengo conseguiu equilibrar o jogo e controlar o adversário.

A história está a nosso favor, jogando em casa ou fora, desde Zico, Nunes e Renato até Petkovic e Adriano. Sem contar que a última semifinal disputada por um time rubro-negro no Mineirão acabou com uma retumbante goleada dos visitantes.

Mas antes disso ainda temos que passar pela Chapecoense.


abraços a todos e SRN!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Calúnia do Rúbio Negrão

Sejemos cinseros e analfabéticos: admito não gostar de futebol, apenas de Flamengo. O que não quer dizer que eu odeie o esporte bretão. Nada disso. Até porque o futebol é um dos raros esportes, se não o único, em que o mais fraco tem chances reais e concretas de vencer o mais forte. Não é como o basquete, o MMA e a política.

Trata-se, o futebol, realmente e felizmente, de uma “caixinha de surpresas”, de um bumbum de bebê, de uma cabeça de juiz, de onde podem emergir tanto Adrianos ressuscitados quanto Muralhas deslumbrados. É um melting pot, um lamentável melting pot, que o Walter do Fluminense esvazia fácil, limpa o fundo, e ainda é pago pra isso.

Cenão vejemos e erremos: por mais que desejássemos a vitória de ontem do Flamengo sobre o Atlético-GEnérico, nosso freguês fraterno e eterno, ninguém em sã consciência, e no auge de sua generosidade, apostaria mais do que duas ou três caixas de cerveja nela. Ora, zebras acontecem. No caso específico do futebol, manadas inteiras, e muitas vezes na mesma rodada. 

De onde pessoas esclarecidas aprendem que no futebol, não apenas shit, mas cheat happens also. Porque no esporte bretão, tudo é muito mais relativo do que em outros assuntos. A começar pelo elenco dos clubes. Um elenco forte e pontualmente remunerado pode pagar um mico histórico em casa, diante da sua torcida, enquanto outro, bem mais modesto e financeiramente fragilizado, pode se superar lá longe, num tremendo alçapão, tipo La Bombonera.

A tal relatividade também está nas redes sociais, leal delator, digo, detrator. No Twitter, por exemplo, apuradores futebolísticos não se cansam de anunciar transações com percentuais na casa dos 99%, enquanto seus seguidores se cansam menos ainda de ridicularizá-los. Só que estes, os seguidores, se esquecem completamente de que o Twitter é uma rede estrangeira, que opera utilizando medidas diferentes das nossas. Ao usuário brasileiro cabe checar uma tabela de conversões de unidades: assim como 1 galão americano equivale a 3,79 litros brasileiros, 99 por cento twitter equivalem a uns 40, 50 por cento brasileiros.

Já deram cinco parágrafos? Então fui.


Duplex Toc Zen

1 - Que o Atlético-GEnérico fique satisfeito com o campeonato mineiro, Série B, Série A e até a Libertadores kgada: O que não pode é ganhar a Copa do Brasil, para não desvalorizar também esse título. 

2 - Só acha o plantel rubro-negro fraco quem não conhece o verdadeiro significado da palavra: Segundo o Houaiss, “plantel” é um grupo de animais de raça, de boa qualidade, especialmente. bovinos e equinos, reservados para a reprodução.

3 - Já o Fluminense não pode ter macho alfa no elenco: Se não os macho gama.

4 - Injustiça eleitoral: Por que o presidente Lula, corintiano, deu um estádio padrão FIFA de presente pro Corinthians, e o presidente Médici, rubro-negro roxo, não deu nada pro Mengão?

5 - Premiação retroativa: A Globo tinha que dar um milhão pra cada participante do Big Brother 5, só por ter ficado na casa junto com o Jean Wyllys. PQP, cara chato!

6 - Graças ao visual dos nossos boleiros, o esporte bretão vai mudar de nome: Para esporte bregão.

7 - Corpo mole?: Como empregado de empresa especializada em lavagem, bem que o Walter podia estar mais sequinho.

8 - E vocês aí, que não votaram na presidenta Dilma, chega de mimimi e chororô!: Não vai doer mais nada, porque agora a cabecinha já entrou toda.

9 - Não existem ateus em avião caindo...: Nem em jogo do Mengão.


2x0 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

Não sei se é verdade, mas caso seja, pra que o Aécio construiu um aeroporto se já tem um avião em casa?

Um grande apurador aqui do Twitter me disse que Aécio está 99% certo.

"Filha de Demi Moore e Bruce Willis publica foto com lagartixa e exibe axila peluda"
Depois dizem q celebridades não sabem educar os filhos.

Nenhum time escala Luiz Antônio e Muralha juntos impunemente.

O Léo estava sendo bem mais útil na UTI.

O Jeferson é goleiro de Seleção, sim, mas de Seleção do Dunga.

Hoje o Muralha jogou muita bola. Bola de graça pro adversário.

Não consigo processar o que aconteceu com o outrora promissor futebol do Luiz Antônio.

Luiz Anta-ônio: você joga menos que o Muralha. Não gostou? ME PROCESSA!

Perto do Luiz Anta-ônio, o Muralha é um Amaral.

Esse Elton já jogou bem mais que isso, só não sei em que encarnação.

Dos 4 semifinalistas da Copa do Brasil, o Galo é o mais rodado, porque já disputou até Série B.

Todos os times brasileiros jogam a mesma mesmice, mas o Flamengo tem algo a mais.
Um dia a NASA explicará aos leigos.

E nada mais faço em 2014, porque agora que já passaram o Carnaval, a Copa, e as eleições, vêm aí o Natal e o ano novo .

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Flamengo x Atlético/MG


Copa do Brasil 2014 - Semifinais - 1º Jogo (Ida)

FLAMENGO: Paulo VictorLeonardo Moura, ChicãoSamie João Paulo; CáceresMárciAraújoCanteros e ÉvertonGabriel e Eduardo da SilvaTécnico: Vanderlei Luxemburgo. 

Atlético/MG: Victor; Marcos Rocha, Jemerson, Edcarlos e Douglas Santos; Josué, Dátolo, Luan, Maicosuel e Tardelli; Carlos. Técnico - Levir Culpi. 

Data, Local e Horário: Quarta-feira, 29 de outubro de 2014, as 22:00h (USA ET 20:00h), no Estádio Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.

Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (SP), auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho (FIFA/SP) e Alessandro Rocha de Matos (FIFA/BA).












Mengo, faz mais um pra gente ver!


Que país é este?

O Brasil esgotaria a paciência de um Buda, caso este viesse viver aqui nesta Terra abaixo da Linha do Equador. Quem pensou, apressadamente, que eu ia escrever sobre as últimas eleições ganhou nota zero. Vontade não falta, mas a administração e os moderadores do Buteco sugerem que não se faça isso neste espaço. Mesmo não sendo palavras sobre política, dela dependo para tudo, pois sou refém de seus caprichos e vontade por parte dos detentores dos Poderes Públicos;

Eis que sempre que me desloco como hoje, para o interior do Estado do Rio de Janeiro , enfrento e perco a luta para esse monstro chamado internet móvel 3G da operadora Oi. Antes de assinar o contrato para o fornecimento do serviço com 1 Mb de velocidade, a empresa demonstrou e garantiu que a localidade pretendida atendia perfeitamente às minhas expectativas. Pois é, neste momento, mais um aliás, tenho 18% (180 Kbps) à disposição e não abro sequer o logotipo deste site. Eu que trate de ficar contente pela oportunidade de ler o texto do amigo Luiz Filho e vá reclamar com o Bispo. Entrar em contato com o atendimento eletrônico feito pelo simpático Eduardo e depois com a Anatel demanda perda de tempo e estresse com o agravante de não resolver o problema que vem de longe, já tendo derramado muito ácido gástrico em meu estômago graças à Vivo;

Entrando na seara do futebol e sem conseguir fugir da política, Romário, eleito Senador da República com 4,5 milhões de votos, disparou sua metralhadora giratória pra cima do Coordenador de Futebol da CBF, Gilmar Rinaldi, a quem classificou como o "sabe tudo" sobre a Copa do Mundo de 1994, pois era "o cinegrafista da delegação brasileira e teve zero importância dentro de campo", tendo afirmado antes que o ex-goleiro "era empresário de futebol, agente FIFA, tendo largado a atividade uma hora antes de ser convidado para o cargo pelo futuro presidente da entidade". Nenhuma novidade no último tiro do Baixinho, porém, num ambiente mais sério, o agora Sr Gilmar passaria por uma quarentena antes de assumir uma função que pode ter ligação direta com seus interesses recentes, embora ninguém garanta que vá acontecer;

Mas tudo fica melhor se começarmos o aquecimento para a briga de cachorro grande de hoje à noite, como diz a galera. Que o jogo entre Flamengo x Atlético MG é uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro não se discute, tampouco é indiscutível a hegemonia rubro-negra em momentos decisivos desde junho do ano de 1980, quando Zico, Nunes, Leandro, Andrade e cia transformaram em pó os sonhos mineiros de ganhar o Campeonato Brasileiro daquele ano, em uma sensacional partida de futebol, das melhores que vi em minha vida de glorioso torcedor do Mais-Querido, levando o primeiro dos seis títulos nacionais para a enorme coleção da Gávea. Logo a seguir vieram os embates pela Libertadores de 1981, com o Flamengo novamente obtendo vantagem em memoráveis jogos, pavimentando o caminho para o "beijo" apaixonado na Princesa e do Mundial inter-clubes;

Sem choro nem vela, é para o Flamengo "voar" durante os 90 minutos de logo mais, pois para tal foi realizada a "poupança" contra o Botafogo, sábado pp, em Manaus;

Sou mais Flamengo, mais uma vez!

SRN!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

(O) Inexplicável Ser Flamengo

 Para alguns Deus não existe, menos durante os 90 minutos de uma partida de futebol... não há aqui uma questão pessoal, filosófica, espiritual ou coisa que o valha, é só uma constatação perceptiva de uma realidade única que faz um ateu rezar por seu clube. Brincadeiras à parte, hoje, dia 28 de Outubro é comemorado o dia do Flamenguista. Alguns de nós, torcedores do Flamengo baseados no Rio de Janeiro, preferem que seja o dia do Torcedor Rubro-Negro. Não importa, a nomenclatura não interessa, o que interessa de verdade é a homenagem ao dia do padroeiro do clube, São Judas Tadeu, santo das causas impossíveis.

Dizemos normalmente que o Flamengo é uma religião por si só, e mesmo com um padroeiro formalizado, instituído, e não se trata de desfeita, logicamente, celebramos o dia de todos os Rubro-Negros. Católicos, ateus, agnósticos, evangélicos, umbandistas, xamanistas, budistas, muçulmanos, e tantas religiões ou crenças que se possa imaginar e/ou proferir. Não importa, é o dia do torcedor do Flamengo. O Flamengo é um patrimônio da cidade do Rio de Janeiro, por isso o dia está no calendário oficial da cidade. Lamento "declarar" aos cariocas e aos demais torcedores de futebol país a fora, arcoiristas (arcoirenses, sei lá), que o Flamengo é mais do que isso, é uma força da natureza!

Engraçado constatar que sempre pedimos por algo, alguma providência, humana ou divina, no dia 28 de Outubro. Normal, estamos na fase final do calendário, da temporada. Quando estamos bem pedimos títulos, quando estamos mal, pedimos as mesmas vitórias, mas, em geral, agradecemos. Não digo do lado pessoal, individual, da vida cotidiana, falo do Flamengo mesmo. Agradecemos. Agradecemos por ser parte dessa força da natureza, agradecemos por ajudar-nos. Sim, somos todos um, somos todos Mengo!

Estranhamente o que ocorre no momento, ocorreu no ano passado em outra escala. A poucos jogos do título da Copa do Brasil e numa situação de pasmaceira, incômoda diga-se, no campeonato brasileiro. Queremos o título e um fim de ano tranquilo, sem tropeços no brasileiro. Queremos taça e Libertadores! Ou seja, queremos tudo, sabemos que podemos ter o que quisermos, somos parte da força da natureza, repito. Como é que pode uma torcida ir para um estádio e se tornar o espetáculo em si? Ver e ser vista, cantar, apoiar, se aplaudir, como pode?

Estamos em todos os rincões do Brasil, somos de todos os lugares, somos todos, somos únicos. Queremos um clube mais organizado, pedimos um clube responsável, mais forte, que dispute títulos, vitórias, mesmo com a camisa jogando sozinha. Aliás, a camisa não joga sozinha. Nunca! Jogamos com ela, por ela. Quem a veste sabe que estaremos lá. Pesamos muito! Essa “coisa”, no sentido filosófico do termo, "tudo o que se pensou ou executou em algum lugar para algum propósito existente ou imaginado, o que subsiste por si mesmo, o que é percebido pelos sentidos", apavora os adversários, rivais. Que coisa, não?


Neste dia 28/10 podemos rezar, agradecer, pedir, ajudar, apoiando como dá, do jeito que puder. Sendo sócio, ST, indo aos jogos, torcendo, mandando energia positiva de qualquer maneira. Somos netos, filhos, pais, sobrinhos de flamenguistas ou não. Tenho um amigo suíço que tem as informações do Flamengo de lá, sem nenhuma relação consanguínea ou cultural direta com o clube. Quem não conhece um caso desses? De um Rubro-negro de SP, do RS, de MG de qualquer outro lugar do mundo contagiado com nossa energia. Como explicar? Ser Flamengo é ser Flamengo e ponto. Inexplicável. Parabéns a todos nós!



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A Hora de Fazer Acontecer

Salve, Buteco! Quarta-feira, dia 29 de outubro, o Flamengo iniciará, no Maracanã, a disputa das semifinais da Copa do Brasil de 2014 contra o Atlético/MG. Adversário tradicional, contra o qual, no último dia 20 de agosto, completou com uma vitória por 2x1 a significativa marca de 100 (cem) confrontos diretos, dentre inúmeras competições e amistosos, no meio dos quais foram disputados confrontos que marcaram a história do futebol brasileiro, como na final do Campeonato Brasileiro de 1980 (para mim, o maior jogo de futebol de todos os tempos entre clubes) e na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1987 (o gol do Flamengo que mais me fez vibrar em quase quarenta e cinco anos de idade), ou mesmo o duelo da reta final do Brasileiro de 2009 (pontos corridos), disputado no Mineirão. Nesses 100 (cem) confrontos, o Flamengo leva vantagem com 40 (quarenta) vitórias, 30 (trinta) empates e 30 (trinta) derrotas, além de 151 (cento e cinquenta e um) gols marcados e 135 (cento e trinta e cinco) sofridos. É comum, quando uma determinada agremiação leva significativa vantagem no confronto direto, que a estatística se inverta ou ao menos se equilibre em jogos decisivos, os quais, por sua natureza, fogem do padrão; porém, isso não acontece no confronto entre Flamengo x Atlético/MG, caracterizado não apenas pela vantagem rubro-negra em confrontos-padrão, como também na expressiva superioridade em partidas decisivas. Enfim, a despeito da grande rivalidade entre as torcidas e do peso do confronto, o Galo acaba sendo o que se costuma chamar na gíria futebolística de "freguês"

Conseguirá o Flamengo manter a escrita?

***

O Atlético/MG ocupa hoje a vice-liderança no Campeonato Brasileiro, enquanto o Flamengo está na modesta 11ª colocação. Os números traduzem a diferença entre os dois times no Brasileiro: o Galo tem dez gols marcados a mais, porém as equipes se igualam no número de gols sofridos. Enquanto o Flamengo tem dois empates a mais, o Galo tem quatro vitórias a mais do que o Flamengo.

A grande diferença, logo se vê, está nos setores ofensivos de ambas as equipes. O Atlético/MG tem Diego Tardelli em magnífica forma coadjuvado por jogadores do nível de Jô, Guilherme e Dátolo (que voltou a jogar bem e a marcar muitos gols no time mineiro). Já o Flamengo começou o ano com boas opções no setor ofensivo, mas aos poucos elas foram se perdendo pelos mais diversos motivos: Hernane foi negociado, ao passo que a própria Copa do Brasil tirou Paulinho e depois Alecsandro de ação até o final do ano. Hoje, o Flamengo basicamente conta com Eduardo da Silva e Gabriel, que subiu muito de produção no último mês, enquanto o banco com Nixon, Sartori e Elton não chega a encher os olhos.

Nos outros setores, ao meu ver, há equilíbrio, com a diferença de que o elenco mineiro é mais completo. Contudo, comparando as equipes titulares, se Victor é de fato um goleiro de seleção, Paulo Victor vive grande fase; se nossos laterais apresentam problemas defensivos, ofensivamente são muito importantes; enquanto o Galo tem a experiência de Josué e a habilidade de Maicosuel e Dátolo, o Flamengo tem a força de Cáceres, a intensidade de Éverton e a categoria de Canteros.

Contudo, penso que, por conta do desmantelamento do setor ofensivo, o Flamengo é um time que ainda não aconteceu esse ano e na própria Copa do Brasil. Faltam a intensidade, a objetividade, a velocidade e a segurança do time do ano passado, o qual, contraditoriamente, era menos técnico do que o de 2014.

A hora de crescer de produção e fazer a diferença não poderia ser melhor.

De resto, cabe ao time manter o ímpeto do "saco de cimento" e, especialmente no setor defensivo, ter mais atenção e determinação para não cometer falhas evitáveis que vêm gerando derrotas desnecessárias para a equipe. É bom lembrar do critério de desempate e de que levar gol em casa é o pior dos mundos na Copa do Brasil.

***

Então, prezad@s amig@s do Buteco, a palavra está com vocês: mandem aí suas expectativas para os confrontos e a suas escalações para quarta-feira, data na qual todos os corações rubro-negros do mundo deverão estar no Maracanã apoiando o Mais Querido.

Bom dia e SRN a tod@s.

domingo, 26 de outubro de 2014

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos,

Essa semana, ao invés de contar alguma história, aproveito o dia das eleições para deixar uma mensagem rápida.

Votem com convicção.

Fucem. Ouçam. Leiam. Informem-se. Comparem as propostas e as trajetórias dos dois candidatos e de seus respectivos grupos políticos. Não cedam à tentação fácil de repetir chavões e lugares-comuns, que somente servem para esvaziar debates e angariar inimizades.

Analisem o pensamento que envolve os grupos das duas candidaturas, qual seu foco, sua ênfase. Seus prós, contras (em ambos, os há, fartamente). Pondere com o que você pensa e faça assim sua escolha. Uma escolha lúcida, consciente, já é uma forma de fazer política.

Chega de ódio.

Não é com radicalismo e acirramento de ânimos que se irá alcançar o crescimento e a evolução desse país como sociedade. Ao contrário, a ira faz fermentar o pensamento de grupos obscurantistas, sectários.

Votem no governo, na oposição, em branco, nulo. Mas votem com a cabeça. Votem até com o coração.

Mas nunca com o fígado.

Boa semana a todos,

PS - eu fiz a minha escolha, e já a pus na urna. Mas, evidentemente, não irei declarar aqui, pois não é o foro adequado.

sábado, 25 de outubro de 2014

Botafogo x Flamengo


Campeonato Brasileiro 2014 - Série A - 31ª Rodada

Botafogo: Jefferson; Régis, Dankler, André Bahia e Júnior César; Gabriel, Bolatti, Ramirez e Carlos Alberto; Wallyson e Rogério. Técnico - Wagner Mancini.

FLAMENGO: Paulo VictorLéo, Marcelo, Samie Anderson PicoAmaral, MuralhaLuiAntonie GabrielNixon Eduardo da Silva (Mugni) Técnico: Vanderlei Luxemburgo. 

Data, Local e Horário: Sábado, 25 de outubro de 2014, as 21:00h (USA ET 19:00h), no Estádio Arena Pantanal, em Manaus/AM.

Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho (FIFA/SP) e Fábio Pereira (TO).




   


 

MatchDay: Flamengo 2 x 0 Internacional




Irmãos flamengos,

dando continuidade às ações de relacionamento com as mídias sociais rubro-negras, o Clube de Regatas do Flamengo convidou alguns blogueiros para participar, no jogo diante do Internacional, na última quarta-feira, de um evento exclusivo do programa Sócio-Torcedor do clube, o chamado “matchday”. 

Inicialmente, destaco que o “matchday” está disponível para toda e qualquer categoria do programa Nação Rubro-Negra. Basta manifestar o desejo de participar do evento através do site oficial, tão logo seja aberta a oferta de vagas que, obviamente, é limitada.

Trata-se de experiência simplesmente sensacional. Compartilharei com os amigos, na medida do possível, e mediante um sucinto roteiro, o que foi vivenciado no dia 22 de outubro de 2014. Observo que, por questão de espaço, tive de limitar as fotos publicadas. 

Com chegada marcada para três horas antes do jogo, o evento inicia com um passeio pelo gramado do Maracanã. 

De dentro do gramado, impressiona o gigantismo do estádio e a proximidade que a arquibancada tem do campo. O Maracanã atual é uma verdadeira panela de pressão e o Mengão só tem a ganhar com isso.
  
Posteriormente, os torcedores rubro-negros foram levados para conhecer o vestiário do Mengão, já devidamente preparado para receber os atletas flamengos.

Junto dos uniformes dos jogadores, e debaixo de uma grande bandeira do Flamengo, chamou a atenção uma imagem de São Judas Tadeu e uma vela acesa.

Dali, saímos todos rumo ao local onde são concedidas as entrevistas pós-jogo, um auditório que surpreendeu pelo tamanho e pelo conforto das instalações.

Fomos então informados de que o ônibus do Flamengo já estava às portas do Maracanã, e corremos para recepcionar a delegação rubro-negra.

É realmente emocionante ver bem de perto os jogadores e membros da comissão técnica, um por um, desembarcarem do ônibus, pouco antes de um jogo importante do Mais Querido.

O presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, acompanhava a delegação e gentilmente se dispôs a conversar brevemente com os torcedores.

Foi um momento muito especial, em que o mandatário do Flamengo, bastante solícito, respondeu a perguntas e pontuou interesses primordiais do clube. Foi uma honra conversar com o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Depois de recepcionar a delegação e visitar o ônibus que conduz a equipe, fomos para a arquibancada do Maracanã, todos de posse dos ingressos fornecidos gratuitamente pelo clube.

Dentro do Maracanã, cada um dirigiu-se ao seu local de preferência, com a combinação prévia de nos encontrarmos após a partida diante do portão número 2, a fim de interagir com os jogadores na saída do estádio.

O jogo, como é de praxe em se tratando do Flamengo, foi muito emocionante. Os pouco mais de vinte e um mil rubro-negros presentes cantaram e empurraram o time para a vitória, conquistada com atuações muito boas  de Gabriel e Paulo Victor.

O fato, meus amigos, é que não há torcida como a do Flamengo. Quarta-feira, 19h30m, time vindo de derrota, atenções voltadas para a semifinal da Copa do Brasil, competição em que o Mengo é o atual campeão e busca o tetracampeonato, e vinte e um mil flamengos fizeram toda a diferença a favor do time.

Menção honrosa, aliás, à belíssima homenagem feita pelo Clube de Regatas do Flamengo por ocasião da  comemoração dos setenta anos do primeiro Tricampeonato Carioca do clube, conquistado em 1944. Estiveram presentes a família de Agustín Valido, autor do gol do título, e Jaime de Almeida, ex-técnico da equipe, cujo pai integrou aquele time fantástico e que tanto orgulho deu à Nação Rubro-Negra. 

Vale lembrar que naquela época o Campeonato Carioca era a maior e melhor competição nacional. Grande feito de um time que se caracterizava, acima de tudo, pela raça e pelo amor à sagrada camisa rubro-negra.  

Terminado o jogo, ainda no calor da emoção, retornamos para o portão 2, onde nos reencontramos para aguardar a saída dos atletas.

Ali a tietagem foi explícita e, naturalmente, o jogador mais assediado foi o Gabriel, cujo futebol tem crescido muito nesse momento importante, em que jogos decisivos se sucederão. O Manto Sagrado tem-lhe caído muito bem.
...

Esse foi o breve resumo do dia inesquecível proporcionado a nós blogueiros pelo Mais Querido.

Como sempre, é uma honra representar o Buteco do Flamengo. 

Gostaria de agradecer ao Flamengo, em especial ao Tiago Cordeiro e ao Yuri, que foram de uma gentileza e cortesia exemplares. Sempre com um sorriso, com uma orientação apropriada (por exemplo, quando da saída dos atletas após o jogo, a galera tímida e hesitante, eles prontamente nos deixaram à vontade, incentivando uma abordagem mais “calorosa”), eles tornaram a experiência do “matchday” ainda mais especial.

Ao Tiago Cordeiro, Yuri, demais envolvidos na organização e ao Flamengo, o meu sincero muito obrigado.

Vocês proporcionaram uma experiência simplesmente inesquecível.
...
Há que se louvar a iniciativa do Flamengo, realmente inédita, de estreitar os laços com as mídias sociais rubro-negras.

Elogia-se não apenas o contato mais íntimo com o clube, mas também entre os próprios blogueiros. 

Alguns já se conheciam, mas a realização de eventos comuns, com a presença desses “influenciadores”, cria certa familiaridade entre pessoas que vivem o Flamengo no seu dia à dia, que escrevem e debatem sobre assuntos relacionados ao clube, culminando no início de um processo que me parece gerar apenas benefícios ao Mengão.

Aproveito a oportunidade para mandar um forte abraço a todos os blogueiros rubro-negros que têm  compartilhado os eventos oferecidos pelo Flamengo e que estiveram presente ao "matchday".

Sinto cada vez mais orgulho de integrar a Nação Rubro-Negra, a maior e melhor torcida do mundo.
...
Hoje nós disputaremos clássico em solo amazonense pelo Campeonato Brasileiro. Filas gigantescas, povo dormindo ao relento para adquirir um lugar no estádio, ingressos caríssimos esgotados em poucas horas e verdadeiras multidões acompanhado cada passo do Mengão.

O Flamengo é o maior fenômeno de popularidade esportiva do mundo.

Time titular ou reserva, temos de vencer e presentear a fanática torcida rubro-negra da Região Norte.
 ...
Por fim, na quarta-feira teremos o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil. 

Jogaremos em casa, no Maracanã, com apoio maciço da Nação Rubro-Negra.

Eles podem até ter um time melhor, mas nós temos mais camisa, mais torcida, mais tradição, mais fé, mais paixão, mais amor e mais raça.

Avante Mengão!  


...
Abraços, Saudações Rubro-Negras e bom fim de semana a todos.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.