sábado, 5 de abril de 2014

"Dar chance ao azar"


Bom dia butequeiros e मूक पाठकों (leitores silenciosos, em hindi, para a galera da Índia),

infelizmente aqui no Rio de Janeiro (e nas grandes metrópoles, acredito) aprendemos desde novos o significado dessa expressão, para não virarmos alvo de bandidos e vagabundos de toda sorte. Mas é claro que a expressão serve para quase todas as áreas da vida, inclusive para o esporte.

Diferente de boa parte de ilustres butequeiros, mas também muito bem acompanhada por outra parcela de torcedores rubro negros (viva a diversidade de pensamento!), acredito que fazer o 1o jogo da decisão do campeonato carioca com jogadores supostamente titulares, tendo um jogo classificatório e decisivo pela Libertadores apenas 3 dias depois, um exemplo clássico de "dar chance ao azar".




Vale lembrar que em determinadas posições sequer teremos reservas (minimamente confiáveis), caso o pior aconteça (bate na madeira 3x). Atualmente, o reserva do Alecssandro é o Nixon. O reserva do Amaral é o incogitável Feijão. 

Na verdade, o lamentável caso do Hernane é sintomático e deveria servir de lição. Em que pese o fato de teoricamente ajudar na questão do Alecssandro se firmar titular, o Hernane fará falta na sequência. Ele é um ótimo banco e os dois podiam jogar juntos em momentos de abafa, sem falar que o Alecgol costuma pregar no final dos 90 minutos e teria ainda mais motivação com outro jogador no encalço.


Cabofriense precisava fazer 3 gols no Flamengo. Desnecessário.

Outro aspecto que considero importante diz respeito ao oba oba. Não interno, pois acho que o grupo atual não é disso, mas externo, que costuma incidir por parte sobretudo da mídia local, amplificando e anabolizando seja a vitória, seja a derrota, tirando o foco dos nossos jogadores. Por mais que falem que sabem separar, são seres humanos, portanto, não dispõem de interruptores on off para esta ou aquela competição. Não podemos nos esquecer também do pouco tempo de recuperação entre os jogos, fora o desgaste acumulado da viagem e do jogo contra o Emelec.

Quanto ao vice, que costuma jogar no 4-2-3-1, com os famosos pontas, acho que devemos nos atentar para a velocidade do Everton Costa, os passes e as eventuais finalizações do Douglas (fácil de ser marcado, pela lentidão, mas não pode ser ignorado) e para o oportunismo do Edmilson. O Thalles costuma entrar no 2o tempo.

O seiláquemzinho lateral direito da vasquinha parece bem limitado, acho que dá pra explorar bem o que me parece ser um dos pontos mais fracos do vice eterno, apesar de ter visto poucos jogos deles.

Não é demais repetir que o carioca tem todo ano, já a Libertadores nem sempre é fácil disputar. Eu focaria sem dúvidas na América, acredito que podemos embalar. É claro que, se pudermos ganhar no percurso o estadual, será ainda melhor. Mas acho que o Flamengo devia fazer isso sem "dar chance ao azar".

Bom sábado a todos,

SRN!