Eis que é chegado o grande dia da estreia do Flamengo em mais uma Libertadores, para a qual a disputada vaga foi conquistada com brilhantismo dentro de campo, com a bola rolando, com talento, raça e suor, bem distante dos tapetes aveludados e das câmeras de vídeo dos tribunais, e do jeito que o Mais Querido sempre faz. Nenhuma novidade, nenhuma surpresa, sem qualquer contestação, o que enche o peito do torcedor de orgulho de ser um flamengo (obrigado, mestre Melo!), sem qualquer resquício de humilhação, podendo olhar nos olhos dos rivais, frente a frente, cara a cara, como um artilheiro que driblou toda a defesa e fez um gol bonito, com os pés e não com a caneta dos juízes da justiça desportiva. Isso faz muito bem ao corpo e ao espírito...
E assim, o Flamengo voou para o México carregando uma derrota por 3 a 0, nas costas, para o rival e freguês "Tapetense", no único clássico disputado este ano. Muita gente ficou preocupada com esse resultado ocorrido imediatamente antes do embate com os mexicanos em cima do morro. Conhecedor das mentes dos jogadores de futebol, eu ficaria mais apreensivo se o resultado fosse o inverso, ou seja, Flamengo 3 a 0, ou uma outra vitória por qualquer placar. Imagino o estrago comportamental que um triunfo no Fla x Flu provocaria na equipe rubro-negra, muito embora o desejasse, correndo tais riscos. Impossível viver em tal nível de racionalidade nas horas que envolvem uma partida como aquela de domingo passado;
Só não gostei muito da forma como foi conduzida a inserção do zaqueiro equatoriano no time e a consequente barração do Samir, que precisa jogar, considerando que do dia 08 de dezembro até hoje participou apenas de dois jogos, mais treinos do que jogos, além de mais 15' de um terceiro, em virtude de uma expulsão do próprio Erazo. Se a zaga é o que menos preocupa, por que perder tempo e dinheiro com ela se a lateral esquerda vem sendo uma dor de cabeça permanente provocada por André Santos e João Paulo? E mais, Samir sempre deu conta do recado desde a primeira vez que foi chamado para compor a dupla da zaga, passando por cima de um veterano como Chicão e foi a maior revelação do clube em 2013, por quê, então, deixá-lo no banco de reservas ou alguém pensa que o clube contratou um jogador de seleção estrangeira para ser o seu reserva imediato? Por acaso o Flamengo está acometido de um mal crônico que o impede de revelar craques?
Muitos outros torcedores estão, desta vez, despreocupados pelo fato do León estar mal das pernas no Campeonato mexicano, no qual ocupa a 14ª colocação entre os seus 18 participantes. Mas, agora, quem fica apreensivo sou eu, pois uma competição nada tem a ver com a outra, lembremos dos casos de Flamengo e Palmeiras nas duas últimas Copas do Brasil e suas respectivas condições nos Brasileirões de 2012 e 2013. Uma competição é completamente descolada da outra;
Enfim, terminou empatada minhas breves reflexões quanto ao desempenho do Flamengo e o dos nossos adversários na estreia de ambos. Que vença o melhor e que o melhor seja o Flamengo!
SRN!
