segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sob a Intercessão de São Judas Tadeu

Buongiorno, Buteco! Finalmente a maré começou a mudar em favor do Mais Querido! A vitória de 3x0 sob o Criciúma no sábado, fora de casa, foi um resultado inesperado e talvez um sinal da virada para essa equipe e para a Diretoria que deseja mudar os rumos do clube. Tudo bem que paira no ar uma suspeita quanto ao comportamento dos jogadores em relação ao ex-treinador Jorginho, mas além da postura do time ter sido outra e o futebol ter melhorado, dentro de campo tudo começou a dar certo, o que não ocorria antes - a bola não entrava, jogador era expulso, as chances de gol sequer eram criadas. Futebol tem essas coias. Muita teoria destoando das minúcias e detalhes da prática crua dos gramados costuma atrapalhar. Além disso, as energias no Flamengo andavam carregadas havia bastante tempo, muito antes do Jorginho ser contratado e mesmo dessa gestão haver se iniciado. Tive a sensação de algo bom começando a se inciar. Tomara Deus, tomara São Judas Tadeu.

É claro que não estou me empolgando em razão da vitória sobre uma equipe que, na minha opinião, provavelmente lutará para não cair esse ano, sem contar que o jogo teve diversas peculiaridades, tais como a expulsão de um jogador do adversário ainda no começo do primeiro tempo. Ao mesmo tempo, desprezar a tranquilidade no toque de bola, a ausência de afobação e as atuações individuais de alguns jogadores, como do jovem Samir, de Elias e de Gabriel, também seria tremenda injustiça. Penso que o time continua precisando de um treinador de alto nível e de três reforços para chegarem e vestirem a camisa de titular sem qualquer questionamento. A verdade é que o intervalo para a Copa das Confederações seguido da abertura da janela europeia pode vir a ser uma dádiva. O campeonato não tem um time superior aos outros e a janela pode tanto desfigurar algumas equipes, como transformar positivamente outras. Prevalecerá quem souber identificar as melhores oportunidades.

Tudo está em aberto. Valha-nos São Judas Tadeu!

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Carlos Eduardo fez sua segunda partida digna pelo Flamengo, se contarmos a da estreia, o primeiro tempo no 1x0 contra o Botafogo na Taça Guanabara, como um jogo razoável. A questão é que, mesmo no jogo contra o Atlético/PR, Carlos Eduardo conseguiu jogar, por poucos minutos que fossem, dando bons passes, invertendo o jogo, para depois sumir... Bem, o nosso veterano Renato Abreu, segundo as especulações mais modestas, ganha a metade do que Carlos Eduardo para, nos dias em que se poupa, produzir algo muito parecido, talvez com um pouco menos de movimentação e até de qualidade, mas reparem que não estou falando dos dias em que Renato jogou realmente bem (Fluminense, segundo tempo contra o Atlético/PR, por exemplo) e nem do respectivo nível de atuação, inatingível até o momento por parte de Carlos Eduardo com o Manto Sagrado.

A pergunta é? Vale a pena continuar a apostar nesse jogador? O ponto mais importante, para mim, é que, como Carlos Eduardo tem mais um ano de contrato e nada está a indicar que ele jogará um futebol proporcional ao que lhe é pago pelo clube todo mês pontualmente, a tendência é que o Flamengo, na prática, acabe pagando muito dinheiro por muito pouco futebol até o final desse contrato. Em sendo verdadeira a tal cláusula de devolução, acho que seria o caso de sua utilização, até para abrir espaço na folha de pagamento para outro atleta.

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Acho que Adryan é, dentre os nossos jogadores recém advindos da base, disparado o que tem mais talento e potencial. Começo a perceber, porém, que falta muito para o rapaz amadurecer, pois, ao que parece, ele não sabe dar o devido valor à enorme oportunidade que está recebendo e nem muito menos ao contrato que assinou com o Flamengo, inclusive os bons salários. Que jovem de 19 (dezenove) anos ganha tais valores hoje em dia, em qualquer profissão? São raros. Prefiro não falar da cor do cabelo - jovens têm todo o direito de se identificar com bandas ou estilos musicais, atores de cinema ou mesmo personagens e tendências culturais, o que jamais foi impeditivo para qualquer um ser bom profissional. O problema está nas atitudes: aquele trote descompromissado ao entrar no segundo tempo, como se estivesse fazendo um favor ao time e ao público, presente ou telespectador, por pisar no gramado é de uma soberba ofensiva e até perigosa, e isso nada tem a ver com a idade. É um problema de postura, pessoal e profissional.

Que o novo treinador consiga o que parece uma meta inatingível: transformar o jovem em um homem.

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Falando em treinador e reforços possíveis (em número de três), quem o amigo do Buteco gostaria de ver comandando o time e vestindo o Manto Sagrado? Dê sua opinião.

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Roccão, estamos juntos nesse momento. Força ao seu irmão. Que São Judas Tadeu interceda.

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Bom dia e SRN a tod@s.