quinta-feira, 30 de maio de 2013

Calúnia do Rúbio Negrão

Recebi uma proposta de seguro de vida que me garantiria um prêmio de 200 mil reais caso eu ficasse impedido de realizar minhas atividades profissionais. Recusei-a, é claro. Do que me valeriam 200 milhas se eu não pudesse mais dormir e coçar o saco? Então, o corretor passou a tentar me vender uma apólice que pagaria 400 mil aos meus dependentes se eu fosse assistir a uma partida do Garrincha, não no You Tube, mas ao vivo e em cores. Ou seja, lá no paraíso, no segundo andar, lá onde a coruja dorme. Aí pensei: outro truque sujo da seguradora, porque como vivo dormindo e coçando, ela não pagaria a grana pelo sinistro sob a alegação de que mesmo depois de morto eu continuava produzindo normalmente.

O que isso tem a ver com esta Calúnia, que devia falar de futebol? Bem, até onde lembro, falei sobre o Garrincha, não? E outra: o futebol é uma das modalidades de coçadura de saco que executo com mestria absoluta, posto que envolve paixão. Mesmo assim, não se aflijam, pois mesmo não atacando especificamente o futebol, este preâmbulo ainda tratará de outro esporte, um que não domino e até abomino, chamado basquete.

Cenão vejemos e erremos: por ter um timing totalmente diferente daquele do futebol, sempre que me aventuro a ver uma partida de basquete fico sem saber quando levantar pra ir tirar aquela aguinha, seja no banheiro, seja na cozinha. Já no esporte bretão, é moleza: quando o Renato Atômico pega na bola, todos sabem que chegou a hora de ir molhar um tampo, sendo que os mais arrojados se arriscam inclusive a mandar um fax pro Rio Tietê.

No basquete, meus leais detratores, o jogo parece correr a mil, apesar de parar constantemente. Não me queiram mal, mas também não o considero um dos esportes mais democráticos, mesmo quando praticado nos E.U.A., a terra da liberdade. Isso porque, além da habilidade, o basketball exige um determinado biótipo para ser praticado a contento. Enquanto no futebol convivem harmonicamente (ou deveriam fazê-lo) zagueiros gigantes e atacante mínimos, Crouchs e Rafinhas, Ronabos e Liedsons, no basquete temos a nítida impressão de que a altura mínima para praticá-lo satisfatoriamente beira o 1m85cm. Em outras palavras, no futebol até daria pra aproveitar um Olivinha na zaga, mas o Romário no basquete nem pra bola serviria.

De modo que, sejemos cinseros e analfabéticos, só me meti a besta de acompanhar o basquete do Flamengo contra o São José levado pela euforia da torcida. Vibrei muito, verdade seja escrita, mas na base da intuição, sem nunca saber se o Flamengo jogava bem ou mal, se o juiz nos roubava ou ajudava. Do basquete só conheço três regras: a cesta não tem goleiro, é proibido tentar tirar a bola do adversário, senão é falta, e a outra me esqueci ou nunca conheci de fato.

No mais, simpatizei bastante com a palavra “garrafão”, achei estranhas tantas enterradas e bandejas na ausências de pás e garçons, isso sem falar que os jogadores chutam usando as mãos.

E o festival de penas alternativas prosseguiu, com cestas básicas pra cá, cestas um pouco mais elaboradas pra lá, apesar de o juiz nitidamente não estar querendo jogo, parando o cronômetro constantemente, transformando 40 singelos minutinhos em quase 2 megeras horinhas. O que, pelo menos, não deixou de ser uma impressionante lição de gestão de tempo: faltando 15 segundos pro final, o aficionado do basquetebol sabe que dá perfeitamente pra dar um pulo na cozinha, descongelar uma pizza, bater uma vitamina, e ainda voltar andando pra sala. Quando falta 1 segundo pro final, então, o treinador pede tempo (como se algum tempo houvesse num mísero segundo), reúne o time à beira da quadra, saca de sua prancheta, e profere uma palestra quase completa diante de jogadores atentos e participativos. Claro, porque em 1 segundo, tudo pode mudar. 

Novamente imploro, não me queiram mal, mas apesar da alegria por mais um título que se aproxima velozmente do Mengão, não consigo deixar de imaginar que o último colocado na temporada da NBA daria de uns 80 a 0 no campeão da NBB, e de 120 no da NBC, provavelmente o Fluminense.


Duplex Toc Zen

1 - O Flamengo colocou 70 mil no Mané Garrincha?: Do jeito que a mírdia escrotiva é, jogo do Chororintians no Gambazão será pra mais de 5 milhões de pagantes!

2 - O Renato Augusto foi pro Chorintians visando jogar a Copa de 2014: Pelo jeito, vai disputar vaga com Felipe Chinelo e Cazalbé.

3 - Ingressos pela internet: O corintiano é o único torcedor que nunca teve problema com Ingresso Rápido e Ingresso Fácil, porque basta mostrar o berro pro torcedor adversário que ele arruma o ingresso rapidinho, fácil, fácil...

4 - Difícil, difícil...: Quanto a mim, ando tão duro que mesmo se ganhasse um ingresso grátis ainda iria faltar uns 10 reais pra eu poder ir ao jogo.

5 - A fim de proporcionar mais conforto aos torcedores corintianos, o Itaquerão não terá portões: O bando entrará pulando o muro.

6 - E aos que nos xingarem de despeitados por ainda não termos estádio próprio: Esperem só o governo oficializar o Bolsa Estádio, procês  verem!


7 - Em S. Paulo, eu nunca sei o que é capital e o que é interior: Uma espécie de Reno (“The Biggest Little City in the World”) tupiniquim.

8 - Quando o Vampeta não aguentou o peso da camisa do Flamengo, teve a seu favor a sorte de estar com os salários atrasados: Mas e o Carlos Eduardo? Vai dizer o quê? 

9 - Comunicado à torcida da Unimed: O tricolor carioca ainda passará a atender por “Fluminense Football Clu” quando a CBF finalmente penhorar a letra “b” por falta de pagamento.

171 - E a imprensa marrom mudou de cor:  Virou imprensa arco-íris.


11 - Chupem, metrossexuais!: Os mandachuvas rubro-negros são as provas cabais de que é possível ficar careca e continuar totalmente funcional.

12 - E o Mengão está a 40 minutos de mais um título da NBB: Isso, claro, se o cronômetro não parar nenhuma vez,

13 - Quando digo que não escrevo as Calúnias pelo dinheiro, ninguém acredita: Um abraço ao companheiros de Flamengonet Bruno Cazonatti e Arthur Muhlenberg, que recentemente me deram uma moral generosa e imerecida, sinal de que estou fraquejando nos meus preciosos hábitos ociosos.

14 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

"Na estação Fluminense do metrô Lgo. do Machado, os passageiros só vão entrar e sair pela porta dos fundos." - Yesitsmear Naldobuzack, FBook

Quem vai passar esta noite babando a nova camisa rubro-negra da Adidas levanta 3 dedos! \I/

Tô ansioso pra pré-venda das camisas OLK amanhã a 1,99! #AdidasNoMaiorDoMundo #ValeuOLK!

Vazou a até a nova camisa. Só não vazam o Ibson e o Alex Silva!

A torcida arco-íris tá querendo saber se a nova camisa rubro-negra também vai ter nos sabores morango e cereja. #ChupaGostosoArcoirenses

Léo Moura animado com a tecnologia anti-transpirante da Adidas: "Quer dizer que vou sair do jogo ainda mais sequinho?" #AdidasNoMaiorDoMundo

Tô sussa em relação ao design do novo manto. Se a Adidas faz milagres com a camisa do FluminenC, a do Mengão é moleza. #AdidasNoMaiorDoMundo

Novo uniforme II fantástico! Temos que estreá-lo agora contra o Santos, e que o juiz se phoda pra diferenciar os dois times!

Não precisam ficar com ciúmes, fluminenses. Se gostaram do novo manto, basta pedir pra Adidas fazer um pra vocês em vermelho e preto.

Bandeira e Wallim pressionaram a Adidas para adotar golas carecas nos uniformes.

@Unabomber_Fem O bom de ter o Adryan Roberto Leal no time é que se estivemos perdendo algum jogo ele pode entrar pra comandar o vira.

Gostei da nova camisa Adidas. Eu já esperava algo mais conservador, porém bastante arrojado, q mantivesse a tradição sem abdicar da ousadia.

O que realmente me surpreendeu no novo manto sagrado foi a proposta arrojada da Adidas de manter o vermelho e preto como cores principais.

Administração forte é sinônimo de uniforme forte com patrocínio forte. Fica faltando só o time forte, mas chegaremos lá muito em breve.

E o Vasco já desponta como favorito ao 1º turno do Brasileiro, o "Paraguaião".

Hoje no basquete, a bola caiu mais que o FluminenC.

@cazonatti@rubionegrao viu que eu citei você e o @alextriplex no vídeo do evento?

Arthur Muhlenberg ‏@urublog@rubionegrao me amarro na sua coluna no @flamengonet. SRN

E ontem, no jogo de 6 pontos contra a Portuguesa, o Vasco conquistou pontos importantíssimos na luta contra o rebaixamento. #ForçaVasco

Uma pena o Neymar não ter sido contratado pelo Milan. Não vai rolar o Galliani daqui a 3, 4 anos fazendo a queima de verão aqui no Brasil.

O Carlos Eduardo consegue destoar do resto do time mesmo usando exatamente o mesmo uniforme.

O Carlos Eduardo consegue sumir em campo mesmo usando um uniforme de cores gritantes.

E nada mais faço, né, seu Carlos Eduardo?

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)