terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tecnologia Libertadora




Novas tecnologias podem ajudar ao Flamengo a “libertar” o futebol dos esportes olímpicos e falo isto porque o investimento em estrutura pode facilitar e reduzir custos futuros. Estas novas “armas” podem simplificar a ideia do CT olímpico (que com ela pode ser na Gávea) e agregaria a um novo ginásio (ou novos). Uma empresa alemã construiu uma quadra poliesportiva com suas demarcações em LED, no chão. A ideia é simplesmente fantástica e resolveria boa parte dos problemas do Flamengo em relação a treinamento e a competição; não podendo ainda deixar de lado uma outra perspectiva a da modernização do clube social.


A nova tecnologia pode proporcionar ao Flamengo agilidade e facilidade na manutenção do aparelho (ginásio) e na organização de eventos esportivos, reduzindo custos logísticos e estruturais, portanto financeiros também. Além disso, com organização duas ou três modalidades poderão treinar nos mesmos ginásios no mesmo dia, assim também seria possível que equipes de categorias de base dividissem o espaço, otimizando a observação na formação. Se levarmos em consideração as escolinhas, o numero de vagas poderia ter um aumento sensível nas vagas ou até o oposto, uma condensação do tempo e do espaço no clube evitando que as quadras fiquem ociosas.

São inúmeras as situações criadas com a instalação desse novo tipo de quadra, que não deve ter um custo tão alto para sua construção e manutenção. Uma parceria entre o Flamengo e a empresa pode ser tentada e reduziria parte do valor investido. Um mercado novo e gigantesco (Brasil, América latina), um empresa/clube do tamanho do Flamengo com a representatividade e influência, deve fazer com que se obtenha este tipo de tecnologia no Brasil antes de nossos concorrentes (falo de Pinheiros, Minas e Corinthians), temos que usar nosso peso.

Com os preceitos da nova diretoria, de que os atletas de alto rendimento terão obrigatoriamente que treinar no clube, boa parte dos problemas seria a construção de um “CT olímpico” como o do futebol, mas na Gávea, integrado ao clube social e as escolinhas, e as mesmas levariam a um clube social mais confortável e melhor organizado. O novo espaço seria baseado no modelo de franquia polidesportiva americana, atendendo perfeitamente as necessidades das modalidades, com um quadro funcional mais enxuto e eficiente. O modelo a que me refiro está no programa Expresso do Esporte, do Sportv com Marta Maurineda seleção brasileira de futebol, que jogaram nos EUA. As atletas apresentam a estrutura dos esportes alojados em “hangares”, algo que poderia ser perfeitamente adaptado para nós, num modelo de alocação poliesportiva diferenciada, com logística e diminuição de custos, uma referência em marketing, preparação e planejamento de modalidades e equipes, com um diferencial competitivo fantástico: dentro de um ginásio, não num galpão.

Um CT Olímpico integrado faz com que as modalidades treinem em um mesmo lugar, podendo ser administradas como atividade autônoma, sem o futebol e o clube social. Seriam três projetos em um (Futebol, Olímpicos, Clube Social) com o patrimônio do clube e a marca Flamengo sendo valorizados por clube social remodelado, aparelhos esportivos novos, um novo modelo de preparação técnica e de gestão esportiva dos atletas, do esporte alçado finalmente à categoria de entretenimento como a Europa e nos EUA. Como unidades de negócios independentes, as modalidades poderiam perfeitamente ser bem tratadas com cada uma gerando sua própria renda e patrocínios. Em relação às equipes técnicas (das modalidades no caso), elas podem ser formadas em comissões mistas de funcionários específicos para cada modalidade e funcionários comuns que atenderiam aos esportes especificamente (departamento médico, por exemplo).

Como disse acima, essas opções se tornam interessantes não apenas para o esporte competitivo do clube, pode ser melhor trabalhada no clube social, numa reforma completa das instalações. Na Gávea, onde hoje se encontram as quadras de tênis, por exemplo, poderia se construir três ou quatro quadras de LED, e assim, se tornariam poliesportivas, com “aluguel” ou reserva de vaga feitas pelos sócios, exatamente como ocorre nos campos de futebol-soçaite pelo país, por hora de utilização, exemplo: de 14 às 15 hs um grupo reservou vôlei, de 15 às 16 outro reserva basquete, futsal, tênis (com a quadra rápida, não saibro, essas poderiam ser construídas em nova área), etc.

Nesta nova estrutura do Fla-Gávea estaria contemplada a megaloja, o museu do clube, o estádio José Bastos Padilha, a arena do futebol de areia, uma arena multiuso, o Hélio Maurício, Togo Renan e Cláudio Coutinho, reformulados, um novo complexo Fadel-Fadel, bares, restaurantes, áreas de lazer e as escolinhas. Logicamente, repensado e construído de modo a melhorar o clube em um novo plano diretor, um clube mais funcional e moderno. Custaria dinheiro, aparentemente muito dinheiro, mas não sabemos. Os custos poderiam ser compensados com parcerias, os ganhos futuros dos alugueis e aumento da procura nas escolinhas, com patrocinadores das modalidades e leis de incentivo fiscal.

Quanto mais os olímpicos se tornarem autossuficientes, quanto mais o clube social for autossustentável, melhor para todo mundo, inclusive para quem é só “Fla-futebol”. Quanto mais forte for o trabalho, a gestão e o planejamento, mais parcerias e patrocinadores teremos, mais limpo ficará o manto e mais sólidas serão estas parcerias, facilitando a prospecção de talentos e o desenvolvimento dos atletas na formação de gerações para 2020, 2024 e 2028, não somente para 2016, gerando um “desenvolvimento sustentável”. Com nossa tradição e os grandes atletas que temos nas modalidades, tornaria mais fácil a chegada de outros atletas de peso (mas com estrutura), a construção de times fortes e boas parcerias em todos os esportes aumentando o patrimônio do Flamengo dentro e fora de campos, quadras e piscinas.


FLAMENGO HIC ET UBIQUE!