segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Uma Questão de Escolha?

Bom dia, Buteco! Com um final de semana diferente em razão das eleições municipais na maior parte do país, tivemos uma rodada atípica do Campeonato Brasileiro, com o Mais Querido jogando na quinta-feira e não no final de semana. A entendiante pausa sem ver nosso time jogar, dessa vez, serviu apenas para ficarmos "curtindo" as notícias escabrosas sobre o contrato de um certo ex-jogador do clube e a raiva pela súbita e desapontadora mudança de rumo tomada por Dorival Júnior, agora, ao que parece, "protetor" da panela que há alguns anos toma conta do Departamento de Futebol do Flamengo. Não voltarei então ao absurdo que foi a barração de Cáceres, ao desfazimento da formação mais competitiva encontrada no campeonato até aqui e à escalação de um meio de campo lento e de poucas combatividade e competitividade com Ibson, Renato Abreu, Leonardo Moura e Cléber Santana, pois o assunto foi esgotado na excelente coluna de sexta-feira e nos comentários que antecederam e sucederam a partida. Tentarei então ser prático e discutir com os amigos o que poderia ser feito para retomar a "espiral positiva" na qual o time se encontrava até a infeliz e desastrosa formação conscientemente colocada em campo por Dorival Júnior na quinta-feira.

Uma pena realmente os dois pontos jogados fora contra o Bahia, uma das melhores campanhas do segundo turno desse campeonato. Sei que o Flamengo tem um das piores nesse segundo turno, mas importa para mim o momento e, como disse, o momento era daquela "espiral positiva", de boas atuações com uma formação competitiva que, em três partidas dentre quatro, jogou de igual para igual contra os três primeiros colocados na tabela,  nas três sendo superior ao adversário (contra o Grêmio sem dúvida no segundo tempo) vencendo uma, empatando outra e perdendo a terceira desperdiçando oportunidades inacreditáveis de gol, igualmente desperdiçadas na partida disputada entre as três (e vencida) contra o lanterna do campeonato. Por isso, mantida aquela formação, aquela "pegada", dava pra ganhar do Bahia. Vinte e cinco mil pessoas compareceram ao Engenhão na quinta-feira à noite aguardando e ansiando por aquela sinergia, por se conectar novamente com o time e carregá-lo em busca da vitória. Foi aquele pessoal que aplaudiu a equipe mesmo após a derrota contra o líder do campeonato, mesmo em se tratando de um Fla-Flu, ciente do que havia acabado de presenciar.

Dorival jogou tudo por água abaixo na quinta-feira. E aí? Dá pra retomar essa "espiral positiva"?

Bem, em se tratando de futebol, todos sabemos, as coisas nem sempre acontecem segundo a "lógica aparente". É bem mais complicado. Muitas vezes na teoria faz-se tudo certinho e na prática o adversário que faz tudo errado marca um gol no único ataque em 90 (noventa) minutos e fica na história como o vencedor do confronto. Quero dizer com isso que não se entra ou sai de uma boa fase por opção. E quando estamos falando de um clube que vive em constante ebulição, que está em ano eleitoral, próximo do pleito, e onde em seu Departamento de Futebol muitas práticas erradas e negativas vem sendo cristalizadas há tempos, a coisa se torna ainda mais difícil.

Na prática, para complicar mais um pouco, agora não dá mais pra barrar ou promover Cáceres à titularidade porque ele estará afastado servindo a seleção paraguaia. Com ele, González, longe de ser uma maravilha, mas sem dúvida o nosso melhor zagueiro até aqui, também nos deixará temporariamente para servir a seleção chilena. Ambos ficarão de fora das partidas contra Corinthians, Cruzeiro e Portuguesa. Mais uma vez doem os pontos perdidos contra o Bahia, especialmente porque, a depender da combinação de resultados na próxima rodada, o Flamengo poderá ser o primeiro time fora da ZR.

A nossa frente está o Corinthians, que busca o mais rápido possível alcançar a "zona de conforto", que afasta 100% qualquer risco de rebaixamento, para poder iniciar a parte final da preparação para o Mundial de Clubes da FIFA. Outra realidade, portanto, do adversário que nos goleou por 3x0 no Engenhão no primeiro turno, atual campeão brasileiro e sul-americano (Libertadores), inegavelmente a equipe brasileira mais competitiva da atualidade, cujo Departamento Jurídico ainda busca obter junto ao STJD a liberação de Emerson Sheik para esse confronto.

O que fará Dorival? Qual será sua escolha? Ou melhor, ele tem escolha? Ou será que passa por sua cabeça novamente escalar o meio de campo de quinta-feira contra um adversário do nível e com as características do Corinthians?

Eu iria de Amaral, Muralha, Cléber Santana e Leonardo Moura no meio. Renato Abreu? Só se, no segundo tempo, fosse necessária sua entrada para cadenciar o jogo. Apenas nessa hipótese. Ibson? Esse eu nem relacionaria para a partida. Aliás, não sei por que Luiz Antonio e Negueba passaram a ser discriminados e a não ter mais chances com Dorival Júnior, quando deveriam estar disputando posição com Leonardo Moura, o terceiro integrante da panela, que assim tem garantida a condição de titular absoluto e insubstituível.

E vocês, amigos do Buteco? Qual seria a formação por vocês escolhida para o confronto contra o Corinthians?

Bom dia e SRN a todos.

Ps.: Quem quiser, pode comentar as "eletrizantes" eleições municipais de ontem. Fiquem a vontade!