Buongiorno, Buteco! Segunda-feira sem assunto futebolístico para a torcida do Flamengo, infelizmente, graças ao "trabalho" da Diretoria e do Departamento de Futebol do Flamengo, trabalho esse que, segundo a nossa Presidente, ainda apresentará seus resultados. Sabe-se lá quando... Impedido por ora de falar a respeito de futebol, por pura falta de assunto, sob pena de opinar sobre especulações, volto ao tema dos balanços da nossa Presidente - os de 2010, até hoje em atraso, e o de 2011, entregue em atraso e com números preocupantes. As notícias mais recentes a respeito do balanço de 2010 dão conta que documentos referentes ao "contrato com o CFZ" e "ausência de recursos" referentes à negociação do atleta de futebol Renato Augusto com o Bayer Leverkusen, da Alemanha, curiosamente esse mesmo que a imprensa especula a respeito de eventual repatriação (viram por que fica difícil falar em futebol e montagem de elenco nessa época?) obstruem o exercício pelo Conselho Fiscal de sua missão estatutária. Como se sabe, o órgão incumbido de analisar a prestação de contas da Presidência é o Conselho Fiscal, hoje presidido por Leonardo Ribeiro, mais conhecido por "Capitão Leo", o mesmo que envolveu-se há não muito tempo com uma ferrenha briga com Zico, o nosso eterno Galinho de Quintino, com bate-boca público que foi parar na Justiça, onde, processado, Leonardo Ribeiro não sustentou as declarações que bradou pela imprensa e aos quatro ventos. É claro que o Conselho Fiscal está certíssimo em requisitar os documentos e cumprir seu papel estatutário com todo o rigor, mas este ingrediente político deixa qualquer observador neutro com dúvidas quanto à isenção de pelo menos um dos seus atuais integrantes - e logo o presidente - para a missão. Como se a confusão já não fosse pouca, há ainda o palpitante tema dos recursos decorrentes da negociação do Renato Augusto, e aplicação de recursos vindos do exterior é o tipo do assunto que é bom estar sempre muito bem explicado, sob pena das piores especulações ocorrerem.
O Estatuto do Flamengo dispõe, em seu artigo 37, que "Atentar, o membro de Poder do FLAMENGO, de qualquer forma, contra a existência do Clube, o livre exercício dos Poderes ou dos direitos societários, a segurança interna, a probidade administrativa, o orçamento, as leis e as decisões judiciais. Penalidade: perda do mandato, sem prejuízo das penalidades disciplinares em que incorrer. Parágrafo único - Incorre na mesma penalidade quem descumprir prazos e disposições." Várias perguntas surgem a partir da situação atual dos balanços patrimoniais do clube em face desta disposição estatutária: a) o atraso do balanço de 2010 e a falta de resposta a requisições do Conselho Fiscal configuram atentado contra a probidade e o orçamento? b) Se não configuram, o que configuraria, ou então o que falta para configurar?
As dúvidas não cessam neste ponto. O Estatuto dispõe, no artigo 63, I, 'a', que compete ao Conselho Deliberativo julgar o Presidente do Flamengo, assim como, na alínea 'c' do mesmo artigo, rever as decisões do Conselho Fiscal. Daí vêm mais uma série de dúvidas e de perguntas: c) o Presidente do Conselho Fiscal comunicou formalmente o Conselho Deliberativo a repeito da situação dos Balanços de 2010 e 2011? d) E o Conselho Deliberativo, independentemente da resposta ao item anterior, como se comporta em relação a fato tão notório, dado o tempo decorrido desde o prazo para apresentação e apreciação do Balanço de 2010? E os números do Balanço de 2011?
O ano em curso é eleitoral no Flamengo. Não convém que assuntos de tamanha seriedade sejam atrelados de qualquer forma à sucessão presidencial; entretanto, sendo muito sincero, é duro deixar de desconfiar que não estejam sendo, especialmente pela falta de luzes com que o assunto vem sendo tratado, inclusive pela imprensa.
O time de futebol profissional sobrevive sem patrocínio master na camisa há mais de um ano, parte disso sendo facilmente explicável pelos consabidos e explícitos problemas financeiros do clube e pelo estado de desordem e caos disciplinar que a imprensa retrata com voracidade diuturnamente. A maior estrela do time, dona do milionário salário que gira em torno de R$ 1.250.000,00 ao mês, notifica o clube quanto a atraso no pagamento. O clube avisa que pagará quando conseguir o novo patrocinador master. A Presidente admite que demitiu o treinador anterior no momento errado e erros na pré-temporada, que culminou no fracasso na competição mais importante do continente, a qual não é conquistada pelo clube há exatos 31 (trinta e um) anos.
Nunca o Mais Querido precisou tanto de seu Padroeiro, São Judas Tadeu.
Que Deus abençoe o Mais Querido, sob a intercessão de São Judas Tadeu.
Bom dia e SRN a todos.