quarta-feira, 28 de março de 2012

Jogão decisivo!

O Flamengo joga na noite de hoje, em Assunção, uma partida de suma importância para o seu destino na Taça Libertadores, enfrentando o Olimpia, o mesmo adversário que o surpreendeu nos últimos minutos do jogo de ida aqui no Engenhão, quando arrancou um empate inesperado, até pelos próprios hermanos, em virtude do apagão geral rubro-negro gerado pela inexperiência do time que se renova.

Desejo muito que o treineiro de plantão tenha em mente como objetivo a vitória em gramados paraguaios, saindo para o jogo com a prometida bola tocada e não chutada a esmo para terror dos atacantes, obrigados a lutar pela posse de bola nos chutões advindos de um companheiro, que deveria entregar a redonda no pé de cada um como manda o manual do futebol bem jogado. O clima de tensão já está estabelecido a partir do escorregão na casca de banana atirada por jornalistas locais, sob os sapatos do técnico Geraldo Peluso, que tocava em algumas supostas insinuações feitas pelo treinador do Flamengo quanto à sorte que acompanhou o Olimpia no primeiro jogo entre os dois clubes, tendo o treinador uruguaio declarado não conhecer Joel Santana e este respondido que Peluso precisa ler mais sobre futebol.

Futricas à parte, me incomoda o provável meio de campo formado por Willians, Luíz Antônio, Muralha e Bottinelli, com Ronaldinho Gaúcho e Vágner Love como atacantes, o que é mais falso do que uma cédula de 25 reais, pois qualquer passarinho sabe que RG não é atacante, e como tal volta para armar o jogo, ficando Love entregue às moscas e ao enfrentamento de dois ou três zaqueiros. Essa formação tende a voltar com um empate para o Rio de Janeiro e reflete a filosofia do "empate é bom fora de casa". Não gosto disso, o Flamengo tem jogar para ganhar, outros resultados, se acontecerem, serão decorrentes das circunstâncias de jogo. Logo, é uma aberração a escalação do Willians, jogador que já demonstrou não reunir condições técnicas e emocionais para ser titular, tampouco do Bottinelli, o vagalume argentino que teimam um dia vê-lo atuar como um Montillo da vida. Saindo o volante predador, o time poderia entrar com o ataque escalado na última partida no Estadual, com Diego Maurício e Love, puxando-se o Gaúcho para a sua verdadeira posição na zona de pensamento do campo. Considero válido insistir com o Diego, que demonstra um lento ritmo de crescimento técnico, que certamente estaria em um estágio mais avançado na carreira não fosse o bloqueio imposto por Luxemburgo, que se recusava a utilizá-lo mais frequentemente sabe-se lá os porquês. É um jovem atleta que possui bom porte físico, tanto muscular quanto em altura, boa velocidade, bom domínio de bola e ótimo drible na vertical, características natas para tornar-se um grande atacante. Que esse garoto pegue essa onda de renovação que domina a Gávea, se firme no time de cima e dê muitas alegrias à nação rubro-negra.

Finalizando, logo mais teremos mais momentos de trégua nas críticas, pois curtiremos noventa minutos sagrados pelos deuses com o Mengão novamente em campo. E que vença o melhor, que vença o Flamengo.

SRN!