Na última quarta assistimos uma das mais medonhas escalações dos últimos tempos e pior, vimos o time do Flamengo jogar como se fosse um clube da 5a divisão do estado do rio, acovardado e encurralado em seu próprio campo. Não estávamos enfrentando o Barcelona de Messi, nem o Santos de Pélé, nem o Botafogo de Garrincha. Jogávamos contra um clube mediano da argentina, desfalcado de dois de seus principais jogadores.É um cenário difícil de aceitar para um time que se notabilizou por amedrontar os adversários por sua postura incisiva e ofensiva, pelo jogo aberto, quase soberbo, por vezes inconsequente exibido por diferentes gerações, de Dida a Zico. Quantas vezes,muitos de nós não viram no Maracanã, o Flamengo partindo no segundo tempo irresistivelmente para o campo de ataque espremendo os adversários entre o time dentro do campo e a torcida nas arquibancadas lotadas do lado esquerdo das cabines? Muitas vezes com a defesa completamente aberta, mas sedento da vitória que saciaria o desejo de jogadores e torcedores, obtivemos vitórias impossíveis tanto com esquadrões de craques quanto com heróis improváveis como Rodrigo Mendes, Roger Guerreiro ou Magno.
Em todas elas, mesmo nas derrotas, tivemos em comum não apenas a entrega dos jogadores e a raça, de que tanto falamos, mas sempre a postura, a dignidade de ser Flamengo. Hoje, lamentavelmente chegamos ao momento em que o time vai a campo se considerando inferior ao adversário, pensando apenas em se defender para empatar ou perder de pouco. E isso mesmo tendo mostras de reconhecimento da imprensa e de jogadores argentinos dizendo que se preparavam para enfrentar o maior time do Brasil.
O time hoje reflete a maneira como o clube vem tratando sua história e suas tradições. Desde 2010 temos visto ídolos inquestionáveis sendo desrespeitados e times frios com jogadores descompromissados, que jogam quando querem e não se importam com a presença ou ausência da torcida. Um time que tem a cara de um clube que cada vez menos se parece com aquilo que sempre representou. Que muda de cara ao sabor das marés e das conveniências políticas cada vez que um novo grupo assume a direção. E acaba por não ter cara nenhuma. Ou pior, apenas a cara de pau de mentir e se desmentir publicamente.
Nada faz mais mal ao Flamengo do que não se comportar como Flamengo.
O time hoje reflete a maneira como o clube vem tratando sua história e suas tradições. Desde 2010 temos visto ídolos inquestionáveis sendo desrespeitados e times frios com jogadores descompromissados, que jogam quando querem e não se importam com a presença ou ausência da torcida. Um time que tem a cara de um clube que cada vez menos se parece com aquilo que sempre representou. Que muda de cara ao sabor das marés e das conveniências políticas cada vez que um novo grupo assume a direção. E acaba por não ter cara nenhuma. Ou pior, apenas a cara de pau de mentir e se desmentir publicamente.
Nada faz mais mal ao Flamengo do que não se comportar como Flamengo.
A esperança de dias melhores fica apenas nos torcedores rubro-negros. Aceitamos que o Flamengo jogue mal, aceitamos até times ruins. Mas jamais aceitaremos um Flamengo covarde e amendrontado! Porque isso, em hipótese alguma, ele nunca foi e nunca será!
SRN e bom carnaval a todos
SRN e bom carnaval a todos
Guilherme de Baere