quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Só resta um caminho: Vencer!

Vanderlei Luxemburgo - "Teve a capacidade de tornar o time mais agressivo ao longo do jogo,...". Trecho inicial da análise feita por um jornal sobre o comportamento do treinador do Flamengo na vitória sobre o São Paulo, domingo passado. Qualquer torcedor que tenha acompanhado o Flamengo neste Campeonato perguntaria de primeira, sem deixar a bola cair no chão:" Por quê já não entrou agressivo se a condição primária para manter acesa a chama do hepta era vencer a partida? E a questão vale para mais de uma dezena de jogos da atual competição, na qual o time se deu ao luxo (ou lixo?) de disputar 30 pontos e ganhar apenas 5, e ainda assim após vencer duas vezes está entre os primeiros colocados, com chances de sagrar-se Campeão Brasileiro de 2011;

A discussão recorrente aqui neste e em outros espaços rubro-negros é sobre a teimosia em jogar com três volantes e um atacante. Seria facilmente compreensível se, pelo menos um dos três da chamada turma da contenção, tivesse o dom do Andrade, Falcão ou Beckembauer para desarmar o adversário e armar com categoria contra-ataques sem que a bola fosse rifada para frente a esmo, isolada para as laterais do campo ou entregue nos pés dos próprios adversários numa deferência especial, graças à crônica incapacidade de fazer um decente passe de bola por parte dos volantes utilizados com a função única de roubá-la. O que fazer com ela os leva ao pânico e a torcida ao desânimo com tantas bolas vadias, umas atrás das outras como se estivessem em procissão;

Usando o benefício da dúvida em favor do Luxemburgo, pode-se refletir com boa vontade e conjecturar que o esperto treinador usa astutamente o artifício de se deixar encurralar para contra-atacar rapidamente e desferir os golpes mortais para ganhar as partidas. Pronto, foram criados vários questionamentos na mente do escriba, acho que melhor seria não percorrer esse caminho, pegar um atalho para chegar a uma conclusão acerca do que deseja o Luxa. Mas sigo em frente, cara a cara com a hipótese acima formulada, dando prosseguimento nessa inglória viagem para descobrir quem seria o distribuidor do jogo no esquema planejado, se a bola sai mais quadrada que os lados de um cubo dos pés do Willians, Aírton e Renato Abreu. Mas caio de volta na realidade, pois desde longe, lá do Estadual, que desse mato não sai coelho nem bola rolando redonda para atingir aquele objetivo. Na maioria das vezes ela chega maltratada nos pés do Ronaldinho ou do Thiago Neves para receber um tratamento VIP, ultima e principalmente quando marca um encontro com o Gaúcho, e dele para o centro-avante de plantão no momento ou para o próprio companheiro de arte, Thiago Neves, e ser empurrada para dentro do gol, às vezes, quando os deuses resolvem atender as preces rubro-negras;

E o que não tem jeito que jeito vamos dar, constata a sabedoria das ruas, praias e butecos. Se não encurrala o rival, Luxemburgo vai sendo encurralado, fora de campo, pelo destino nesse jogo de xadrez em que está sendo checado nesta semana a fim de encontrar uma formação que inspire confiança para mais uma decisão, agora contra o Fluminense, no próximo domingo. Diante da torcida ele manteve as suas convicções de jogar com um homem solitário no ataque, mas frente a frente com o destino convocado pelos dois volantões suspensos está difícil não entrar com Diego Maurício e Devid (Jael), acompanhados por Muralha, Maldonado, R11 e Thiago Neves;

E que não invente de entrar em campo com 4 volantes, adiantando o Thiago rotulado como atacante para garantir o empate, dando um passo para frente e dois para trás, pois só a vitória interessa.

"Vencer ou vencer apesar de..." é com a gente mesmo!

SRN!