quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Fui, vi e venci! Mas e aí Mengão, vai encarar?


Fui, vi e venci! Mas e aí Mengão, vai encarar?

Saudações Caros Butequeiros Rubro-Negros. No último domingo estive no apático Morumbi e vi o Flamengo cumprir a sua vocação: subjugar o pó de arroz filial. Foi um jogo dramático, em que qualquer outro resultado que não fosse a nossa vitória, seria injusto. Futebol definitivamente não é um esporte que foi criado para ser justo, mas dessa vez, felizmente, um chute errado do contestado Renato, terminou por lavar a nossa alma, debaixo de todo aquele aguaceiro.

Vencer a aristocracia paulista, e a torcida que não gosta de futebol, gosta apenas de vencer, é sempre muito bom. Mais legal ainda é ver que os pulhas são tão mal perdedores, que não conseguem reconhecer a superioridade Rubro-Negra, e preferem tentar jogar toda a culpa pela derrota na expulsão do Lucas. Risível ter que ouvir isso, pois não só jogamos muito mais, como fomos roubados e o juiz fez o que estava ao seu alcance para que o jogo terminasse empatado.

Como já tive oportunidade de dizer em outro momento por aqui, a arquibancada rubro-negra em São Paulo é das mais democráticas. Estavam lá, mais uma vez, Flamenguistas de todo o Brasil. Mas uma história em particular merece ser contada. Dentre os milhares de rubro-negros que enfrentaram a chuva, o frio e a desconfiança, para irem ver o Mengão no insosso Morumbi, um deles merece destaque. Trata-se do primeiro da foto acima, da esquerda para a direita, Bassam, amigo do meu irmão Edílson.

Bassam é Líbio e mora em São Paulo há alguns anos. Veio para o Brasil fugindo do regime autoritário de Muamar Kadaf. Bassam nos contou que alguns dos seus familiares eram presos políticos na Líbia e por isso teve que fugir para o Brasil. Com a queda do ditador, Bassam irá retornar definitivamente para sua terra natal. Disse que já há algum tempo estava de malas prontas e com a passagem comprada para o último dia 30/09. Porém, quando se deu conta que o Mengão jogaria em São Paulo dias depois da sua partida, Bassam mudou a data da passagem e adiou a viagem, pois não poderia perder a oportunidade de ver seu Mengão jogar pela última vez. A última frase que lembro Bassam dizer antes do jogo foi: “uma das coisas que mais sentirei falta do Brasil é do meu Mengão”. Confesso que fiquei emocionado e tive certeza que venceríamos.

Na foto acima, estamos, da esquerda para a direita, Bassam, Daniel, Eu e Edilson, devidamente trajados com o manto e com a bandeira da Líbia. Não posso deixar de manifestar minha solidariedade ao povo Líbio, em homenagem ao rubro-negro Bassam, e desejar que construam enfim um país democrático e também livre do imperialismo estadunidense.

Daquela turma da foto, Bassam é Líbio, Daniel é blogueiro de mão cheia (escreve num blog flamenguista de circulação nacional com um pseudônimo, todos aqui já o leram, com certeza, mas estou proibido de revelar sua identidade) e Catarinense, Eu sou Paulista do interior e Edílson é Paulistano da "gema". Em comum, dentre outras coisas, somos todos rubro-negros fanáticos. Ou seja, essa singela foto é apenas mais um retrato do internacionalismo da nossa torcida. Não há fronteiras para a torcida Rubro-Negra.

Como escrevi na semana passada, o jogo do último domingo, era um jogo de tudo ou nada e, dentro das suas limitações, o Flamengo jogou para vencer. Mesmo com alguma lentidão e com poucas alternativas de ataque, o Mengão voltou a jogar de forma matreira, enjoada, o que nos devolve aquela característica, perdida no meio do campeonato, de time difícil de ser batido. Porém, só isso não basta, porque mais do que não perder, agora temos é que vencer. Não há alternativa e teremos que ir pra cima de todos os nossos adversários.

O próximo confronto é contra o pó de arroz matriz. Dizem por aí que eles são favoritos, pois jogaremos com muitos desfalques e eles estão numa fase melhor. Mas hoje dei uma olhada no time deles e vi que não há nada demais, muito ao contrário. Um meio de campo com Edinho, Diguinho, Marquinho e, um quase aposentado, Deco, não pode ser respeitado por ninguém. Muito inho junto pra manter qualquer nível de “respeitabilidade”. Nosso time, mesmo com desfalques, é melhor, e tem que jogar para vencer. Temos que ir pra cima deles e garantir mais três pontos. Daqui pra frente todo jogo será decisivo para o Mengão e não há outro resultado que nos interesse a não ser a vitória. Com ou sem Ronaldinho, temos que ganhar do Fluminense e depois do Palmeiras.

Continuamos na mesma pegada do tudo ou nada, ainda estamos a muitos pontos do líder, e com uma tabela mais complicada do que os demais postulantes ao título. Portanto, o time tem que se sobressair na vontade, assim como a sua torcida sempre faz. Tá na hora do Flamengo voltar a ser Flamengo nesse campeonato. Não há nada mais importante nesse momento do que raça e vontade de vencer. Tenho certeza que se jogarmos a partida de domingo como se fosse a última, atropelaremos os inhos e quem mais vier pela frente.

Fazendo coro com o que o Mouta escreveu ontem, pois nem aos blogueiros sobrou alternativa, vencer, vencer, vencer, conforme está imortalizado no nosso hino, deve se tornar o mantra a ser cantado diuturnamente na Gávea, até o fim do campeonato. Todos nós sabemos que agora é a hora de encarar. Mas e aí Mengão, vai????