terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quem gostaria de apagar da memória essa imagem acima, ou, aos outros lembrar de esquecer, não pode ser rubro-negro, de coração. Pode ser mera decoração na lapela nos tons vermelho e preto, apagados, para dar a impressão de uma paixão que perdeu a sua direção e autenticidade.
Torcedores de outros clubes fazem tudo para esquecer as conquistas daquela geração que fez do Flamengo, naquela época o time mais temido, e que deu origem à invejosa falange arco-íris que não suportava ver as nossas cores ganhando o mundo. Torcedores de outros clubes podem querer lavar da sua alma e do seu cérebro , as nossas tradições de vitória, alcunhando-as de passado distante. Porém, nunca esquecerão. As marcas daquele time são eternas, pois que são gloriosas. E a glória do torcedor, verdadeiramente, flamenguista é enaltecê-lo, para que ningúem ouse deixar essa história magnífica perder seu brilho estupendo que ilumina as nossas esperanças e certeza de que, sendo Flamengo, nada é impossível. Pois, segundo um consagrado craque atual oriundo do mundo todo, o Flamengo é Flamengo. Não cultuando e negando aquilo que é épico e imortal, legado que está para todas as gerações de rubro-negros, como uma herança sagrada que adere ao manto e faz pulsar no peito a nossa paixão pelo Mengo, como pode sentir-se e proclamar seu amor pelo clube, se o que germina em suas palavras é presunção e desrespeito?
Zico, Júnior, Leandro, Adílio e outros são de um tempo do craque-fidelidade. "O manto sagrado é a minha segunda pele", respondeu Júnior, quando o Botafogo mostrou interesse na sua contratação para reforçar o time. Negando, firmemente, que não poderia jogar em outro clube brasileiro, que não o Flamengo. Agora, falo eu, tenho muito orgulho em afirmar que os meus ídolos nunca defenderam as cores de outro clube nacional, muito menos rival. Ídolos atuais, perdão crianças, não possuem esse estigma. Portanto, como poderiam ser invejados? Palavra feia. De feia alma.
Gostaria de entender, o quê mais pode ser cobrado do Galinho da Gávea? Se além de uma técnica e futebol admiráveis, que o tornavam o maior jogador de toda e qualquer safra do clube, possuía o Artur Antunes Coimbra uma virilidade moral que impunha respeito e admiração, tanto daqueles que jogavam ao seu lado, quanto dos seus adversários. O quê pode mais pode ser cobrado daquele homem de respeito, se além disso, ele deu o mais valioso bem que sempre teve. Zico deu a sua alma ao Flamengo, e as duas fundiram-se em uma só para elevação do nome e dos feitos dos dois, instituição e hombridade.
Há de nascer, ainda, vai nascer nada, aquele que conseguirá separar essa alma ZicoFlamengo em eterna unidade. Só depois que separarem o rubro do negro, e o justo da verdade.
Ave Zico! Saudações Rubro-Negras!