sábado, 27 de agosto de 2011

Coluna do Luiz Filho - Olímpicos: peso ou orgulho? Dá para manter ou não? Como manter?

Olímpicos: peso ou orgulho? Dá para manter ou não? Como manter?






Essas questões são de grande importância e polêmica dentro e fora do clube. Pretendo dar singelas sugestões para não ficar parecendo que apenas reclamo ou aponto falhas. Sou observador e torcedor do clube e tentarei ajudar do meu modo, por este blog. Parte da torcida acha que o Clube de Regatas do Flamengo não deve permanecer com os esportes olímpicos e fixar-se apenas no futebol, mas o clube não é de regatas? Logicamente ajustes devem ocorrer para que o Flamengo seja forte nos esportes em que se habilita competir. Na coluna da semana passada me estendi muito e me foi sugerido (e aceito) falar hoje sobre a recorrente manobra administrativa de se deslocar dinheiro do futebol PROFISSIONAL para aportando-o no esporte AMADOR e a necessidade de cada esporte amador (olímpico) ter o seu projeto e se autofinanciar.

No esporte cada vez mais profissional no Brasil não se pode desviar os recursos do futebol porque exatamente são do futebol e não “do clube”. São paulo e Corinthians, nossos maiores concorrentes em termos de torcida e equipe, põem todo os recursos arrecadados com o futebol no próprio futebol, “sem descaminho”. O que surge em patrocínios, direitos de arena, e veiculação de imagem do futebol, deve ficar no futebol. No Flamengo infelizmente não funciona assim. Desde “sempre” o futebol “assume” o restante do clube, engessando-o e prejudicando ao futebol. Numa semana que se tem notícias de crescimento de 8% torcedores que compram o pay-per-view para assistir ao futebol do clube, algo deve mudar para acertarmos nosso futuro.

Em relação aos contratos, a burocracia paralisa as negociações com futuros parceiros. É preciso que sejam criados mecanismos para uma mais rápida profissionalização do clube. O conselho deliberativo é grande e vagaroso; o quadro associativo é pequeno dado as dimensões do Flamengo, esquizofrenia? O conselho deliberativo poderia, reformado, eleger um "super-conselho" (uma espécie de “senado”) com SEIS a DEZ membros eleitos pelo próprio conselho deliberativo a cada 6 meses para se resolver os assuntos mais urgentes. Não se pode colocar toda negociação política ou econômica do clube na mão de cem pessoas com 40 dias para resolver os assuntos. Falta agilidade e as possíveis parceiras fogem diante de tanta burocracia. Isso funciona em grande parte dos conselhos administrativos de multinacionais ou de grandes empresas.

Voltando ao foco inicial, os esportes olímpicos, existem, em minha opinião, três possibilidades para a profissionalização e a administração dos mesmos, que inclusive beneficiariam ao futebol, deixando os mantos mais limpo e podendo trazer parcerias para o clube como um todo, não apenas exposição com a camisa do futebol ou basquete. Vamos a eles:

O primeiro seria a separação de cada modalidade para que cada um busque o caminho para sua manutenção, independentemente das escolinhas e categorias de base. Sendo gerido apenas o esporte profissional, ou seja, cada modalidade seria responsável por suas parcerias e patrocínios. As responsabilidades, orçamentos e metas dadas pelo conselho administrativo através da presidenta e da vice-presidenta de esportes olímpicos, planejamento;

A segunda opção seria juntar num bloco único os esportes olímpicos exceto o basquete, que tem um grande orçamento e patrocinadores próprios. Juntos, em bloco pode ser possível que se consiga um patrocínio único. Num “grande guarda chuva” onde ficariam os olímpicos seria mais fácil se “normatizar” e a vice-presidência enxugando o quadro e a burocracia. As ações de marketing dos olímpicos com aportes e orçamentos previamente definidos facilitam parcerias. Pode se aproveitar a estrutura do Instituto Rubro Negro;


A terceira seria licitar os patrocínios em blocos. Ação que também fortaleceria o clube como um todo. Por exemplo: Módulo 1 - futebol profissional; 2 - basquete; 3 - futebol de base, futsal e remo; 4 – esportes aquáticos (natação, polo e nado sincronizado); 5 - judô e ginástica; 6 - escolinhas do clube na gávea. Isso pode ser planejado e executado em novembro com a decisão até o meio de dezembro. Com os grandes atletas que temos nas modalidades facilitaria a chegada de outros nomes e fazendo times fortes.

Nos casos citados acima é de suma importância que o Marketing atue efetivamente integrado com as vice-presidências e diretorias, “vendendo o clube. Penso até que as licitações seriam o melhor caminho em todos os esportes, inclusive o futebol. Esses “leilões” poderiam subir o preço. Quem oferecesse mais dinheiro (ou melhores condições de uma parceria) para os próximos dois anos levaria o patrocínio com o Flamengo.

Apenas um clube que eu tenha notícia licitou a camisa: o Bayern Leverkusen. O clube alemão ficou sabendo que não renovaria com o seu patrocinador (como fez a Batavo ano passado) e em um mês se decidiu a melhor proposta e foi assinado o contrato com o novo parceiro. O esporte hoje não vive sem marketing, seja em ações da torcida com os parceiros, seja na captação de novos sócios ou em qualquer relação do clube com seus clientes/torcedores. Respondendo as perguntas do título: dá para manter os esportes olímpicos do Flamengo e eles são sim motivo de orgulho do nosso passado e do nosso presente, onde faremos um Flamengo cada vez maior para o futuro.

Somos Flamengo, Vamos Flamengo!

http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2011/08/24/flamengo-amplia-vantagem-sobre-corinthians-no-ppv/

http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/06/20/comunicar-e-preciso-e-ajuda-no-patrocinio/


http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/22


Luiz Filho