quarta-feira, 13 de julho de 2011

FEBEAPÁ

Mais uma quarta-feira sem jogo do Mengão em função da partida da seleção brasileira pela inssossa Copa América, num jogo contra o Equador que bem poderia ser realizado em qualquer dia da semana ao meio-dia, hora de Brasília, liberando a quarta nobre para o desfile Rubro-Negro.

Já que a bola não vai rolar com as cores do mais-querido hexacampeão, vou tocar na fartura da produção nacional dos mais diversos tipos de asneiras, que invadem os nossos tímpanos
"como nunca antes se viu neste país" (Obrigado pelo empréstimo da expressão, tio Lula!). Fica difícil senão impossível determinar em que ponto da curva do tempo começou o processo de avacalhação explícta e suas infinitas ramificações. Sem ir muito longe, dá para pegá-lo, em transição, logo ali atrás travestido de cartilha do Ministério da Educação recomendando às escolas públicas desprezarem a norma culta da língua, um dos símbolos de identificação nacional, e passarem a admitir, entre muitas baboseiras, o popularesco "nós vai pescar" como uma construção gramatical normal, que a língua tolera com limitações mas não normatiza. Ora, a primeira condição para um indivíduo usufruir da mobilidade social, que é generosa em terras tupiniquins, é saber escrever, ler e interpretar o que foi escrito e lido. Há exceções do conhecimento de todos e não podemos torná-las regras estabelecidas sob pena de, no futuro próximo, desfrutarmos de IDH's mais humilhantes do que já são perante um mundo cada mais competitivo e industrializado. A infeliz iniciativa dos progressistas do MEC, felizmente, foi rechaçada com o mesmo "carinho" que o Weliton dedica à bola prestes a transpor a linha de gol do Felipe. Mais a frente, os çábios vão querer ensinar às nossas crianças que 3 + 5 = 6. E, pior para a lógica sequencial por conceituar que se A é maior do que B e que B é maior do que C, logo, A é maior do que C. Colocando nºs nessa premissa, pode-se afirmar que se 50 é maior do que 35 e 35 é maior do que 12, logo, 50 é maior é maior do que 12. Mas o besteirol é tamanho e progressivo, que na primeira distração coletiva os mestres vão tentar enfiar em nossas cabeças a conclusão que 12 é maior do que 50. O país já é um dos piores no ranking do ensino da matemática, ostentando índices africanos, qual o problema de piorar mais um pouco? E vamos em frente andando pra trás.

O saudoso Sérgio Porto que nos deixou, precocemente, aos 45 anos de idade, também conhecido como Stanilaw Ponte Preta e autor do famoso
Festival de Besteiras Que Assola o País, teria atualmente um prato cheio para fazer a festa em todas as áreas de atuação nacional. No futebol, poderia começar por catalogar as pérolas que invertem a lógica com as estapafúrdias explicações pós-jogos dos nossos treinadores cujos times batem um bolão nas entrevistas e uma bolinha furada dentro de campo. O pontapé inicial seria com o professor Caio Júnior, técnico do Botafogo, considerado pela crítica como dos melhores em articulação que, após a última partida contra o Flamengo, alegou que a expulsão de um jogador adversário foi determinante para a queda de rendimento do seu time, o qual caiu de produção justamente em função disso. Cuma é que é mesmo??? Sugiro ao professor Caio para na próxima vez pedir ao soprador de apito de plantão a revogação da expulsão do jogador do Flamengo ou ele mesmo tirar de campo um atleta do Botafogo, ficando dez contra dez, recuperando a superioridade técnica perdida graças à vantagem numérica adquirida. Grande Caio Júnior!

Ainda com o Harry Potter da estrela cada vez mais solitária, domingo passado depois do empate com o Bahia, disse que o clube que dirige vai muito bem obrigado, pois muitas coisas boas estão acontecendo ao mesmo tempo, ou seja, durante a semana empatou com valente Atlético Goianiense, em casa, no Engenhão, e no sábado os garotos do time de Gal Severiano sagraram-se, pela primeira vez no século, campeões carioca de...juniores. Grande estagiário de tristes resultados no Flamengo! Especificamente em relação ao placar com o Bahia, no Estadío de Pituaçu, elaborou uma explicação mais risível ainda. Afirmou que os baianos estão difíceis de serem vencidos em casa, onde têm perdido muito, porém, alcançando bons resultados jogando fora. Com essa ele matou a cobra e escondeu o pau, além de dar um laço apertado em meus neurônios. Entendi lhufas.


Do estagiário para o Mano, a quem reconheci outro dia como bom e competente treinador, rolando o elogio de trivela para ele, recebi um abacaxi de volta. Não se pode elogiar, dizem os garotos da minha rua. Não é que o técnico da seleção rasgou elogios à atuação do Jádson no 1º tempo da partida com o Paraguai? Ora, pois pois, ativou a sua função "Dunga de ser" e substituiu o melhor jogador em campo no intervalo...Essa foi nas arquibancadas...


Já no Flamengo de todos nós, Luxemburgo não tem falado muito, mas tem feito das suas também. Escala Deivid com poucas jogadas pelas pontas. A bola não chega, Deivid não balança as redes e é substituído. Entra Negueba pela direita, com DM posicionado, todo torto, na esquerda, adianta RG para atuar de centro-avante, sem retorno, depois o Pollo fica com a obrigação de se infiltrar pelo meio, embora não atuando como centro-avante, para fazer a obrigação do antigo nº 9. Que samba atravessado nessa avenida! Contra o Fluminense, Negueba fez duas bonitas jogadas pela direita e cruzou para trás nos pés do zaqueiro tricolor por falta justamente de um...Deivid na área, que naquele momento se encontrava sem os meiões sentado no banco de reservas com um isotônico nas mãos. Já que entrou em campo, Diego Maurício não podia estar por ali para concluir em gol? Mas não, encontrava-se na lateral do campo como um velho e surrado ponta-esquerda.


É isso aí, enfim, enquanto a bola estiver entrando (/D. Paty) salvam-se todos.


SRN!