
Agora, o campeonato estadual. Se você tivesse a oportunidade de enfrentar o M A C A É na última rodada da Taça Rio e, vencendo, pegar o O L A R I A na semifinal, para, na final, provavelmente enfrentar o Fluminense, o que você faria? Levaria a partida na brincadeira, na sacanagem? Ou entraria para decidir, jogando sério? Pouparia jogadores? O que você faria?
Fico com a impressão de que o Flamengo adotou o discurso do pragmatismo o campeonato inteiro com o objetivo de tornar as coisas simples para, ao final, abandoná-lo e complicar tudo. Incompreensível, não é? Bem, o certo é que o Flamengo, para variar, escolheu o caminho mais difícil: enfrentar o campeão brasileiro na semifinal, imprevisível, sem favorito. E no meio do caminho tem o tal do Horizonte, o qual, pelo menos eu acho, sem sequer ter visto o time jogar, que será uma parada indigesta.
Durante toda a fase de classificação das Taça Rio e Guanabara, e finais da Guanabara, não faltaram posts e comentários neste espaço quanto ao futebol medíocre praticado pela equipe. O contraponto à voz corrente sempre foi o pragmatismo; mas quando a mediocridade deságua no já ganhou irresponsável, o pragmatismo de Luxemburgo nada mais tem a fazer do que suplicar à Nação Rubro-Negra por seu apoio incondicional. Sorte sua de que pode contar com ele!
E, de fato, nada está perdido. Eventual insucesso na Taça Rio, que ninguém espera que ocorra, todos confiamos que não ocorrerá, apenas prolongará o Estadual do Rio de Janeiro, cuja final já tem o Flamengo como protagonista previamente classificado. O desafio não será fácil, mas também não representa nada que a Nação Rubro-Negra já não tenha enfrentado, inclusive em anos difíceis nos quais o rubro-negro de coração Luxemburgo, no desempenho de sua profissão, enriquecia nos quadros de alguns rivais do futebol brasileiro.
Reflexões a respeito do que pode melhorar ou do que foi feito equivocadamente devem ser deixadas para depois de encerradas as campanhas no Brasileiro e na Copa do Brasil. Por exemplo: acho que o time poderia estar jogando melhor, mas ao mesmo tempo não encontro melhor opção de treinador para o time no mercado, além de que deve ser contado o seu ótimo trabalho como “manager”. Logo, penso que não é o caso de trocar de técnico. Mas, como eu disse, fica para depois.
Uma coisa é certa: na hora da bola rolar em todos esses jogos decisivos, tudo isso pouco importará: só valerá o sentimento de ser rubro-negro, pouco importa o resultado; ser Flamengo até o último suspiro.
Que venham os adversários. A Hora de verdade chegou. Torcer pelo Flamengo é para fortes. Bom dia e SRN a todos.