quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Flamengo está na briga, mas cansa

A bola chutada pelo RG-10 para fora, no penalti mal cobrado e perdido aos 48' do 2º tempo, na partida com o Macaé domingo passado, pode ter levado em seu vácuo as chances de o Flamengo disputar a final da Taça Rio. Em consequência, eliminando a possibilidade do clube sagrar-se Campeão Estadual direto, sem chances de recuperação para os principais rivais aqui em RJ City. Tal situação, se acontecer é bom deixar registrado, irá obrigá-lo a disputar a finalíssima do Campeonato, provavelmente, com o estranho Vasco ou com os cansados de guerra tricolores das Laranjeiras, que estarão, possivelmente, já despedidos pela portas dos fundos da Libertadores.

Encontrava-me na bela Fortaleza, domingo à noite, e lamentei ao lado de amigos cearenses arretados, vestidos com o manto sagrado e consagrado, o penalti perdido pelo "cobra tudo" do Flamengo, que mais um pouco vai bater até lateral de trivela, com as mãos, em detrimento do R11, que tem uns 70% de suas virtudes concentradas nos fundamentos penalti e faltas de média/longa distâncias. Seus bons números não mentem, porém, por outro lado, sinto que os créditos nas rubricas "Paciência e Tolerância" com o atual treinador vão despencando que nem os gráficos financeiros de uma das empresas "xis" do botafoguense Eike Batista, que perdeu, segundo a imprensa, 10 bilhões de reais em valor de mercado, em um dia, graças a uma brisa soprada em algum canto do planeta.

É incompreensível que a esta altura do ano, após mais de 100 dias de treinamentos intensos tão ao gosto do Luxa, como o próprio demonstra, e de vários jogos valendo três pontos até pela Copa do Brasil, o time do Flamengo se apresente demasiadamente malemolente e inconsistente a ponto de não derrotar o fraco Macaé, um digno representante do Norte Fluminenese na 3ª Divisão do Campeonato Brasileiro, numa partida de grande importância para os destinos do clube, quando uma vitória por mais simples que fosse poderia abrir um generoso atalho para a final da Taça Rio e abreviar o fim do Estadual deste ano.

Segundo os milenares chineses "oportunidade perdida, palavra proferida e flecha lançada não voltam atrás", logo, um conjunto de fatores cuja linha média faz o torcedor ficar com aquela indefectível cara de paisagem deixa-nos como alternativa apenas apertar a tecla "foward" para seguir em frente. Entrando nos "finalmentes" do Cariocão, as cartas estão definitivamente sobre o pano verde da mesa, e o Flamengo tem uma canastra suja. Para limpá-la, basta que entre em campo, nos últimos jogos, o time dos treinos no Centro de Treinamentos ou aquele esquadrão das entrevistas do Luxemburgo. Pronto, está dada a receita, bateremos na mesa de novo com a carta fatal. E o jogo será fechado sem pelo menos dar o trabalho de contar os pontos para a Taça seguir o aprazível caminho da Gávea do nascimento e morte do mestre Vinícius de Moraes, o poetinha.

SRN!