quarta-feira, 13 de abril de 2011

Love? Pelo valor, prefiro o CT

Quero o Vagner Love de volta ao Flamengo. A maioria da torcida também quer. O time precisa de um jogador com suas características de velocidade, inteligência e bom toque de bola em seu ataque. Gosto de ver e ler as notícias dando conta de seu possível retorno, em breve, para vestir novamente o manto sagrado e consagrado do Mengão. Os dois se merecem.
Mas estou perplexo com as cifras anunciadas para a sua contratação, algo em torno de 10 milhões de euros, o equivalente a 34 milhões de reais. Uma montanha de dinheiro em qualquer lugar do Planeta, que gira simplesmente em torno de 10% da dívida do clube, o quarto colocado na vergonhosa relação dos maiores devedores no futebol brasileiro. Significa também mais do montante necessário para a conclusão da construção do sonhado Centro de Treinamentos, em Vargem Grande.
Qual a melhor opção, abater um percentual da monstruosa dívida, que passa dos 300 milhões, concluir o CT, que tem em seu planejamento o acolhimento de 200 meninos, por vez, oriundos do Oriente, para aprender os fundamentos do futebol, ao custo mensal pra eles de de 2 mil dólares/jogador, o que vai gerar uma receita de 200 mil dólares/mês, ou contratar um bom e reconhecido atacante dotado de alta responsabilidade profissional? Marco um xis triste, porém responsável, nas letras “a” e “b”, mas dou ênfase no investimento no patrimônio, na estrutura representada pelo CT. Este irá revelar novos talentos que têm o dom de multiplicar as receitas. E estas, com gestões inteligentes, podem abater as dívidas, ou seja, uma bem estruturada divisão de base é fundamental nas estabilidades técnica e financeira de um clube. Delém, ex-atacante do Vasco, dizia que as divisões de base do River Plate sob sua responsabilidade, ao longo de 20 anos, geraram 200 milhões de dólares em transações de jogadores revelados. Nada mal para a saúde financeira dos hermanos.
Trata- se de uma inasinadade elevada a é-nesima potência fazer esse negócio altamente lesivo à gestão administrativa-financeira dos combalidos cofres rubro-negros. Fico extremamente `a vontade para escrever isso, pois sou do tipo de torcedor que se importa muito mais com as bolas que entram do que com o dinheiro que sai, o torcedor-torcedor sem maiores preocupações com os gráficos financeiros do meu Mengão. Mas não posso ficar indiferente diante de tamanha irresponsabilidade que vai se constituir esse trem com 17 vagões carregados de dinheiro para trazer mais um atacante, embora reconheça a necessidade de contratar alguém que tenha o olfato mais apurado com as redes adversárias.
No início desta semana, já se fala que a proposta real feita aos russos para a vinda do jogador foi de 15 milhões de reais, 56% mais barata. Aí corro pra galera de braços abertos, do contrário, Vanderlei Luxemburgo que chute a teimosia para o lado e passe a entrar com o Diego Maurício resolvendo parte do problema e D. Paty que libere uma verba para contratar um atacante aqui do lado, no Mercosul. Para onde estão antenados os famosos olheiros, que tanto jogadores já revelaram e indicaram para o clube? Mão na massa, a dificuldade é a mãe das irmãs busca e criatividade.
SRN!