quinta-feira, 17 de março de 2011

Gol, o Êxtase no Futebol

Buon Giorno, Buteco! Estamos juntos aqui novamente falando sobre futebol, cuja razão de existência nada mais é do que o gol. Os que de nós já tivemos a oportunidade de jogar uma pelada, e quem está aqui a vos escrever confessa ser um tremendo perna de pau, grosso como um tronco de sequóia canadense, certamente já teve a bênção de marcar um golzinho importante que seja e sentir a emoção, o êxtase, a elevação às alturas. Como definir aquele exato momento? Alguém tem palavras para explicar? Aquele instante em que "cai a ficha", em que você compreende exatamente que foi você que botou a gorduchinha lá dentro, no fundo das redes; que desempatou aquele jogo duríssimo, que definiu a parada, e que graças ao seu gol a vitória não terá mais volta... enfim! Tentem lembrar desse sentimento. Eu, particularmente, não sei se pela consciência da falta de talento (até que era um bom marcador, mas nada mais do que isso), quando marcava um gol desses, sentia que poderia até voar...

Ontem à noite eu senti exatamente isso. Não, não estava jogando bola na hora do jogo do Flamengo. É que, quando o Wanderley correu, sei lá, acho que uns mil metros explodindo de emoção quando marcou aquele gol, eu, não sei explicar como, senti um pouco daquilo, revivi os meus tempos de moleque naquele exato instante. Eu tive vontade de descer, de pijamas mesmo, e atravessar o gramado do quintal da minha casa, derrubar o muro de trás e sair correndo pela reserva de proteção ambiental e mergulhar no riacho gritando gol.

Luxemburgo, você não tem o direito de tirar esse rapaz do time. Não agora.


Gol


Gol não é um mero detalhe. Desculpe-me, Parreira, se você se expressou mal, mas, se foi o caso, sua frase ao menos serve para ilustrar tudo o que não se deve fazer no futebol. Time sem centroavante não dá. A propósito, falando em centroavantes...

Tudo na vida se renova...

Desde que seu Departamento de Futebol foi oficialmente fundado (times de futebol o Flamengo já tinha antes, mas isso fica para outra oportunidade), o Flamengo teve muitos centroavantes, e senhores centroavantes, dos mais variados estilos, desde os mais absolutos gênios aos centroavantes trombadores e eficientes. Vou citar alguns, correndo o risco de algum esquecimento, mas ao menos poderei ilustrar o meu ponto de vista: Friedenrich, Leônidas da Silva, Pirillo, Valido, Índio, Silva, Doval, Cláudio Adão, Nunes, Baltazar, Bebeto, Gaúcho, Romário, Liédson, Adriano, Obina, Vagner Love...

Agora temos o Wanderley e o Diego Maurício. Eles representam a renovação. A esperança. O futuro. Comunico aos amigos do Buteco que evitarei especulações a respeito da contratação de centroavantes a partir de hoje para tentar dar uma força aos dois. Enquanto houver esperança nos dois, eu evitarei falar em outros nomes. E esperança eu tenho em ambos.

Sobre times sem centroavantes...

Tá, eles existem, claro. Não é que eu seja contra, mas os que dão certo possuem jogadores com características ofensivas, não raro atacantes que não são homens de área típicos, mas que são atacantes, e que exercem outras funções táticas. No Flamengo de 1981, por exemplo, o Nunes, autêntico homem de área, normalmente caía para a esquerda e deixava o ZICO, meia-atacante, o verdadeiro artilheiro do time, penetrar na área e finalizar o serviço. No São Paulo de Telê em 1992, Müller, atacante, e Palhinha, meia-atacante, abriam pelos lados e Raí, meia-atacante, centralizado, o verdadeiro artilheiro do time, tinha o devastador papel de finalizar as defesas adversárias, tal como ocorre com o Barcelona de Messi nos dias de hoje, com Pedro e David Villa.

Conclusão: alguém precisa saber fazer gol no time. Óbvio, né?

Pois então, Professor...

De repente dá certo com Willians e Maldonado; Thiago Neves, Ronaldinho Gaúcho, Diego Maurício e Wanderley. Que tal? Escolha quem vai abrir, ficar centralizado, etc. Mas por favor, não escale mais o time sem atacantes e sem centroavantes, ok?

Vagner Love

Não estou me contradizendo. É só um PS, beleza? Hoje é dia de Porto x CSKA. Li no jornal local de Brasília que o CSKA recusou uma proposta de R$ 40 milhões pelo Vagner Love. Bem, amigos, sugiro então pés no chão a quem se dispuser a discutir o assunto...

Fortaleza 0x3 Flamengo

O campeonato carioca já foi mais fraco, hein? O Fortaleza não daria conta nem do América e da Cabofriense, senhoras e senhores. Eu passo a análise tática desse jogo.

Bom dia e SRN a todos.