quinta-feira, 9 de setembro de 2010

À Beira do Precipício

É assim que eu me sinto. Olho para a tabela e vejo atrás o Atlético/MG...

É, a coisa está feia. Como Regina Duarte, tenho medo. Muito medo. Tenho tanto medo que não vou esculhambar ninguém, não vou xingar ninguém. Sinto-me na obrigação de propor, de tentar somar, agregar, construir. E é nesse sentido, Silas, que imploro a ti que tenha a coragem de mudar, porque esse time cheio de medalhões sem ritmo de jogo nos levará para a segunda divisão.


Então vamos às sugestões:


1) Renato Abreu. Unanimidade. Só pode voltar o dia em que estiver no nível físico dos demais. O cara jamais foi craque, mas um corredor, raçudo e destemido, que tinha um bom chute. Hoje é uma lombriga gigante em campo. Nada mais. Lamento, Renatão, mas deu pra ti.

2) Gente, esse time precisa de juventude. Urgente. Precisa de sangue, de velocidade. Quando o jogador do time que toma a iniciativa no meio e chama a responsabilidade do jogo para si é o Willians, é porque a coisa está feia, muito feia. Não acredito em Boitatá, em Mula-Sem-Cabeça e, enfim, em figuras folclóricas. Então, não acredito em Kleberson, outro medalhão. A hora é de Camacho, de Michael, de Fierro, de Galhardo, enfim, de quem consegue correr em campo do mesmo jeito que os adversários cheios de saúde, que nos fazem parecer a Seleção de Tuberculosos de Campos do Jordão.


3) Acho também que é hora de colocar o esquema de jogo mais simples possível. Eu montaria um time no estilo de 1992, com jogadores abertos nas pontas e que recuassem para ajudar os laterais e, no ataque, os auxiliassem nas triangulações. Esquema fácil de ser assimilado, de distribuição óbvia em campo, que está no DNA do brasileiro - 4-3-3 para atacar e defendendo com dez.


4) Domingo o jogo é de confronto direto. Não é admissível outro resultado que não a vitória. Minha escalação, dentro dessa linha de raciocínio: Lomba, Galhardo (LM suspenso), David, Angelim e Alvim; Maldonado (monstro, marca os adversários, os companheiros que, de tão ruins, são adversários e ainda organiza o time), Willians e Camacho; Fierro, Deivid e Juan.


5) Acho que o Juan não tem mais condição alguma de ser o marcador na defesa. É uma avenida. Não dá. É melhor deixá-lo no ataque, pela voluntariedade, e com um bom marcador na defesa, que é o Alvim, que além de tudo ajuda nas bolas altas. E o Juan, voluntarioso, pode criar algo aberto pela esquerda. E o Alvim faria o Angelim ficar menos exposto, sem precisar de sair toda hora para cobrir o Juan.


Vamos lá, galera. O Mengão precisa do nosso apoio e de ideias construtivas nesse momento dificílimo.


São Judas Tadeu, olhai por nós.



SRN a todos.