Bom dia, Buteco!
Pensem no pavor de ter um ataque composto por Tico-Tico, Coleirinho e Andorinha... É o que eu estou sentindo.
A saga hitchcockiana seguiu ao longo da semana e durará até hoje/amanhã, com o fechamento da "janela de transferências". A sequência parece encontrar paralelo no clássico "The Birds" (no Brasil, "Os Pássaros"), onde um bando de gaivotas, andorinhas, corvos, etc. provoca uma tragédia em uma pacata cidade norteamericana.
A verdade é que, se o Flamengo não trouxer a sua Hárpia, haja andorinha para fazer o serviço do ataque... Oremos!
A Maior Torcida do Mundo...
... e a administração mais paroquial e provinciana do planeta. Grande contradição, não? A verdade é que os cerca de 32/33 milhões de torcedores espalhados pelo mundo não têm seu potencial explorado. A eleição para a presidência do clube não raro tem por vencedor candidato que não tem o suporte da maioria dos eleitores, os quais, por sinal, são microscópica fração do tamanho da torcida.
Ficando no âmbito nacional, já passou a hora do Flamengo olhar para a sua fanática torcida espalhada pelo país. É muito bonito dizer que temos a maior torcida do mundo e a direção do clube apenas se preocupar não com a parcela da torcida do Rio de Janeiro, mas apenas com os sócios! A relação tem que ser de dupla via: não basta usar a torcida no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste apenas para fechar contratos e ganhar discussões ou posar de presidente do clube de "maior torcida do mundo" (crítica dirigida às sucessivas gestões do clube e não apenas à atual).
Em tempos de movimentos como o "Com Zico pelo Flamengo", é hora de pensar o Flamengo administrado de forma interativa com todo o seu universo de torcedores. Não digo nem um projeto de "Sócio-Torcedor", mas algo que realmente represente a interação com toda a Nação Rubro-Negra.
Quantos torcedores o Barcelona possui e quantos frequentam a sua sede social? Quantos não contribuem apenas pelo poder de influir nos rumos do clube?
Então, a questão não é simplesmente "dar pão e circo" aos torcedores, permitindo compra de ingresso para os jogos ou desconto em produtos licenciados; tampouco passa apenas por criar embaixadas rubro-negras, franquias de escolinhas ou mesmo de postos/sedes sociais avançadas do clube em outros estados. O que se precisa discutir é a participação da torcida no processo político interno do clube; na definição dos rumos da instituição; enfim, dar poder político à Nação.
Não sei se o caminho é a bolsa de valores, a transformação do Departamento de Futebol do clube em sociedade anônima ou o sistema "one man, one vote" (um voto por sócio), mas alguma solução precisa ser encontrada. O Flamengo tem que transcender e se transformar, deixando no passado esse mundinho de querelas paroquiais e de igrejinhas políticas dentro do clube, com todo mundo querendo tirar uma lasca, seja do carrinho de pipoca até os jogadores das divisões de base.
O momento é esse; ninguém conseguirá alterar o status quo dentro do clube senão o Zico; mas é igualmente importante que não se esqueça que a Nação, como um todo, ou seja, a torcida espalhada por esse Brasil de dimensões continentais e pelo mundo inteiro, há que fazer parte desse processo.
Pelo fim da discriminação. Pelas emancipação e valorização da torcida rubro-negra concentrada fora da Região Sudeste e do Rio de Janeiro.
Last, but not least...
O nosso estimado Estagiário está à frente do Mais Querido há quase 4 (quatro) meses. Tudo bem, montou uma defesa que toma poucos gols, mas o time ainda não tem uma jogada ensaiada sequer!
Não adianta ter a defesa menos vazada e não marcar gols. Acho que não preciso repetir e nem ressaltar o que ocorreu nos anos do campeonato de pontos corridos em que a participação do Flamengo teve esse perfil.
O Flamengo não tem um elenco pior do que o do Avaí. O elenco é limitado para disputar o título, mas nada justifica tão poucos gols e nem o time não possuir padrão de jogo para atacar. São quatro meses ou um terço do ano, portanto.
Zicão, Zicão, abra o olho. Não sei se os reforços virão ou não, mas já passou da hora de tomar uma providência.
Domingo jogaremos em Curitiba. O retrospecto é péssimo, especialmente contra o Atlético, mas são eles que estão na ZR, a seis pontos do Flamengo. Vejamos o que o nosso Estagiário aprontará.
Bom dia e SRN a todos.
Ficando no âmbito nacional, já passou a hora do Flamengo olhar para a sua fanática torcida espalhada pelo país. É muito bonito dizer que temos a maior torcida do mundo e a direção do clube apenas se preocupar não com a parcela da torcida do Rio de Janeiro, mas apenas com os sócios! A relação tem que ser de dupla via: não basta usar a torcida no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste apenas para fechar contratos e ganhar discussões ou posar de presidente do clube de "maior torcida do mundo" (crítica dirigida às sucessivas gestões do clube e não apenas à atual).