Bom dia, prezados amigos do Buteco do Flamengo! Depois de um episódio de insubordinação no último estadual, os nossos cães amestrados precisavam de uma boa sessão de adestramento para voltarem a ser obedientes como de costume. E nada como um jogo do Campeonato Brasileiro, competição na qual não nos vencem, deixe-me ver, há “apenas míseras quinze partidas”, não é isso?
Pois bem! Puxa vida, mas o Flamengo não estava desfigurado, despedaçado, cheio de jovens sem condições de vestir o Manto Sagrado? E do outro lado não estava o “campeão carioca” (uau!), dirigido pelo experiente treinador que recusou um convite da presidenta do Flamengo há alguns meses, e que é “aspirante a treinador da seleção brasileira”? Pois esse tal senhor, ou “treinador experiente aspirante à seleção brasileira”, como queiram, mostrou sua faceta monocórdia, hesitante, defensivista espcialmente no primeiro tempo, “jogando no erro do Flamengo”, como tentou definir o comentarista do Sportv.
Pois bem! Puxa vida, mas o Flamengo não estava desfigurado, despedaçado, cheio de jovens sem condições de vestir o Manto Sagrado? E do outro lado não estava o “campeão carioca” (uau!), dirigido pelo experiente treinador que recusou um convite da presidenta do Flamengo há alguns meses, e que é “aspirante a treinador da seleção brasileira”? Pois esse tal senhor, ou “treinador experiente aspirante à seleção brasileira”, como queiram, mostrou sua faceta monocórdia, hesitante, defensivista espcialmente no primeiro tempo, “jogando no erro do Flamengo”, como tentou definir o comentarista do Sportv.
Ora, ora, ora, o que é o futebol, não é mesmo, amigos? E não é que o Flamengo, no primeiro tempo, mandou no jogo? Aliás, apresso-me em me corrigir: à exceção do início do segundo tempo, quando os cães resolveram desafiar os donos, o que vimos no Maracanã nesta quarta-feira, 14 de julho de 2010, foi uma sessão bem sucedida de adestramento para obediência canina. Ponto.
Os cães ameaçaram nos contra-ataques? Sim, especialmente no primeiro tempo, mas apenas em dois ou três lances pontuais. O resto do primeiro tempo foi de domínio rubro-negro, tanto que os cães saíram vaiados pela própria torcida para o vestiário. O “treinador experiente”, que prefiro chamar de cachorro-velho, e que “dirige” o time deles, ainda tentou mudar a partida no intervalo colocando um cão sem pelo, careca, e logo depois outro farejador, especializado localizar narcóticos (um tanto agitado esse farejador, não é mesmo, amigos?), mas o ímpeto de desafio aos donos só durou até o gol rubro-negro. E depois o que se viu foi a sessão de adestramento atingir o seu objetivo – obediência incondicional.
Um prato cheio para os adeptos da cinofilia.
Tiu, tiu, tiu, tiu, tiu... Vem cachorrinho, vem...
Um prato cheio para os adeptos da cinofilia.
Tiu, tiu, tiu, tiu, tiu... Vem cachorrinho, vem...
O FLAMENGO
Parabéns ao Rogério Lourenço. Montou o time ofensivo, segundo as tradições do Flamengo. Num Flamengo x Botafogo, tradicionalmente quem ataca e toma a iniciativa da partida é o Flamengo, time grande, e não o Botafogo, time médio/nostálgico/canino/cheirando a naftalina.
No primeiro tempo, o time teve dificuldades em concluir a gol porque o cachorro-velho colocou a cachorrada na retranca, jogando nos contra-ataques. Sentiu maior falta de experiência no ataque diante de uma defesa fechada, muito embora seja de se destacar a grande dedicação de ambos os atacantes, especialmente do Vinícius Pacheco, que correu muito e procurou dar opção pelas pontas, sempre em alta velocidade, jogando a bola na frente e em regra vencendo os marcadores. O Diego Maurício conseguiu criar duas boas jogadas também. Mas por essa falta de experiência e mesmo de qualidade o time pouco concluiu a gol.
No segundo, depois do gol, numa jogada magistral daquele rapaz que veio da Sérvia; ou melhor, do jogador de 38 anos que correu como um menino com vinte anos a menos, o time teve total controle da partida. E devo destacar ainda o Vinícius Pacheco, que todas as vezes em que jogou em velocidade pelas pontas deu opções ao meio campo para os lançamentos e levou perigo à defesa adversária. Pode ser um jogador útil se ele e o treinador entenderem que o que ele sabe fazer, e razoavelmente bem, é isso. Nada mais.
Em linhas gerais, porém, se observarmos bem, tivemos, na escalação, a defesa com três jogadores muito experientes, inclusive com grande tempo de casa – Leo Moura, Angelim e Juan –, um meio de campo com muita experiência, embora esses jogadores experientes não tenham treinado tanto com o grupo, um por contusão e outro por convocação para a seleção brasileira, e um ataque realmente inexperiente. Ainda assim o time mandou no jogo.
No talento do Petkovic e nas idas e vindas do Kleberson durante a partida (puro vaga-lume mesmo), além da correria heróica e incansável do Willians, foi o meio-de-campo o setor de destaque do time.
Sobre a defesa, acho que o Lomba foi bem, seguro quando exigido. E apesar do nosso Welinton ser um tanto estabanado, afoito, qualidades que o também jovem Rômulo, nosso “volante-volante”, também possui, acabaram um e outro se saindo razoavelmente bem ao longo da partida. Mas ainda falta muito para dizer que se firmaram no elenco, a ponto de serem considerados como opções seguras para o restante da temporada.
Parabéns ao treinador e aos atletas pelo espírito rubro-negro encarnado e demonstrado na partida. Se forem assim até o final do campeonato, dá para sonhar ao menos com a vaga na Libertadores.
ALERTA PARA ROGÉRIO LOURENÇO
Montou bem o time, como disse, e foi feliz na troca do Diego Maurício pelo Paulo Sérgio porque o substituto fez o gol. Vejam bem: Paulo Sérgio não melhorou o time em nadinha; talvez o Diego Maurício também tivesse feito o gol, nunca saberemos. O certo é que o Paulo Sérgio fez e está de parabéns por isso. Quem sabe não tira a máscara e tenta virar homem e um profissional sério?
Agora, Rogério, você me perdoe, mas as duas outras substituições foram de lascar; primeiro, porque, conceitualmente, você tirou o jogador que puxava os contra-ataques para colocar outro que joga no meio de forma cadencidada (Camacho), e que, por isso, errou tudo o que tentou nos poucos minutos em que esteve em campo. Para completar, ao tirar o Petkovic e lançar o Fabrício, colocou o time com a bunda no azulejo pela primeira vez na partida e em risco a vitória.
Tanto o Petkovic (surpresos com tanto fôlego, amigos?), como o Vinícius Pacheco aguentariam bem até o final da partida. Para que substituir por substituir? Para ganhar tempo? Sinto muito lhe dizer isso, mas você quase estragou o bom trabalho que fez nessas duas últimas substituições desastradas. Enquanto foi ousado, teve espírito rubro-negro, o time foi muito bem; quando resolveu seguir a mediocridade tradicional, trouxe a cachorrada para cima e quase levou uma mordida fatal.
Pense nisso, caro Rogério.
RONALDINHO GAÚCHO
Será que ele vem, gente? Bom, como disse em um comentário essa semana, ainda tenho minhas dúvias quanto à vontade dele em continuar a ser jogador de futebol de alto rendimento, mas a forma como o empresário/irmão dele conduziu a negociação me deixou confiante: se eles não abrem mão de um centavo, isso afasta qualquer possibilidade daquela tese maluca, irresponsável, lesiva aos patrimônios moral e financeiro do clube, de que jogador que abre mão disso ou daquilo pode mandar no clube, ter regalias e o expor à execração pública impunemente.
Se o Ronaldinho Gaúcho vier ganhando um milhão e meio por mês, suportado em sua maioria por um pool de patrocinadores, ótimo. Então, senhoras e senhores, trata-se de uma relação profissional. Ele será bem tratado, ganhará o status que merece, de ídolo e maior referência do elenco, mas em contrapartida será cobrado como tal, e o mais importante: sabendo que o Flamengo não é mais a “Casa da Mãe Joana”.
Perfeito. Assim eu até me empolgo com a contratação. Que venha e seja muito bem vindo o Dentuço!
SRN a todos!