quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vencer a La U com raça e categoria

Lisongeado e agradecido pelos incentivos dos companheiros, puxo uma cadeira e sento aqui no Buteco pensando numa mensagem que recebi de uma querida amiga, a qual me incitava a "aproveitar bem o intervalo entre o nascer sem pedir e o morrer sem querer".

Então, parto para o ataque nesse intervalo para curtir a boa paixão pelo Flamengo que, por acaso, também pisa hoje no sessentão estádio do Maracanã para mais uma de suas mais importantes partidas do ano, pela quarta de final da Libertadores, contra o Universidad de Chile, a La U, osso duro de roer tanto lá quanto aqui, na 1ª fase da competição, quando dos seis pontos disputados o mais-querido levou para casa apenas um deles, aqui no Rio de Janeiro, naquele jogo adiado por causa das chuvas do início de abril.

Para o jogão de logo mais, não vejo melhor alternativa para o Flamengo que não seja a de partir p'ra cima dos chilenos, encurralando-os desde o 1º toque na bola com o imprescindível apoio dos 70 mil torcedores, que estarão presentes, ensandecidos no bom sentido de levar o time a uma grande vitória.

Igualmente impossível imaginar que o efetivado treinador Rogério vá dispensar novamente a vantagem de dispor do trio Pet, Love e Adriano para abrir e desmontar o bom esquema defensivo da La U, e fazer uma boa vantagem que lhe permita jogar a 2ª partida com inteligência corajosa e o regulamento debaixo dos braços. Libertadores é assim que se ganha e acho que dessa vez, com a adrenalina em níveis mais altos graças ao afunilamento do torneio, o Flamengo tem nas mãos e, principalmente, nos pés todas as condições de chegar à semifinal do torneio mais importante da América do Sul. Para tanto, urge escalar corretamente, sem invencionices, usar o que há de melhor no elenco e sem esquecer, obviamente, o prejuízo que será levar gols em casa. Para isso, também, será importante a posse de bola, que só existe em função do passe correto, quase sempre incorreto desses meios de campo que têm sido mal escalados e, às vezes, bem substituídos para a glória do técnico de plantão. Ao falar em posse de bola, chegamos nos passes a partir do meio de campo, fundamento que no atual elenco só posso me referir plenamente, em relação aos curtos e longos, a Petkovic e, com alguma benevolência, ao kléberson apenas nos bem curtos se estiver numa noite feliz.

Estou confiante no time. Levo fé numa ótima vitória desde que o Rogério não resolva atrapalhar armando a equipe como se ainda fosse aquele zaqueiro dos anos 1990 e jogue atrás em busca de uma vantagem fortuita, que lhe garanta o emprego por mais uma semana.

Afinal, a torcida não precisa do emprego dele. O que ela quer de verdade é uma bela e vantajosa vitória e o momento é este, é hoje no velho e bom maraca, onde estaremos com o grito de gol latejando na garganta.

Gol neles, Mengo!!!