Olá Buteco, bom dia!
Após a derrota para o Bayern
Munique, nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, trouxe ao debate, na coluna “Quem quer ser Campeão do Mundo?” a reflexão de que o Flamengo, àquela época, ainda não estava
pronto para ter o mundo de novo aos seus pés e que os desafios do momento eram
mais humildes: “consolidar o modelo de jogo e retomar a hegemonia local,
conquistando novamente um bi, ou mesmo um inédito (para nós) tricampeonato
brasileiro consecutivo e, em paralelo, buscar pelo menos uma Libertadores neste
intervalo até a próximo mundial”. A conclusão dessa coluna foi “2029 é
logo ali, temos 4 anos para nos prepararmos”.
De lá pra cá, relembremos o
quanto avançamos! O Flamengo realmente conseguiu consolidar o seu modelo de
jogo, reconquistamos o Campeonato Brasileiro, o que é fundamental para um clube
que tem a pretensão de estabelecer uma hegemonia local e ainda conseguimos
levar a primeira Libertadores, das 4 chances que teríamos, assegurando
rapidamente nossa participação na próxima Copa do Mundo de Clubes.
O sucesso para este Flamengo de
Filipe Luís chegou muito rápido. O clube conseguiu ostentar, no primeiro ano
completo de seu treinador na profissão (!!!), as faixas de campeão Carioca, da
Copa do Brasil, da Supercopa do Brasil, do Campeonato Brasileiro, da
Libertadores, do Derby das Américas e da Challenger Cup. Só faltaram a Recopa
Sulamericana (teremos chance em Fevereiro), a Sulamericana (que não jogamos) e os dois mundiais de clubes.
A partida contra o PSG ainda me traz
uma mistura de sentimentos, imagino que para vocês também. Eu comecei o jogo
maluco, vendo o Flamengo marcando os caras lá em cima e, consequentemente,
dando espaço para as bolas longas nas costas. Eu fiquei os 5 primeiros minutos gritando
aqui em casa, para marcar meio-campo, até entender que não adiantava, que o
Flamengo do Filipe Luís vai jogar assim contra qualquer um e isso é a grande
virtude do time, é a consolidação do modelo de jogo que queremos. Realmente, não
adianta chegar no Mundial e se trancar todo, o Flamengo não nasceu para jogar
assim.
Tomamos aquele gol bobo que,
felizmente, foi anulado. Mas o Flamengo não estava conseguindo se encontrar na
partida, acho que, apesar da coragem de marcar alto, a bola estava pesando
demais no nosso pé. Os jogadores estavam nitidamente pilhados demais. Isso
também pode ser visto na quantidade de faltas duras – e punidas com cartão
amarelo. Veja, eu acho que em jogo desse naipe o time tem mais é que descer a
mamona mesmo. Mas, naturalmente, ficar só batendo não vai levar ninguém a
ganhar o jogo. É preciso jogar também.
Enfim, acabamos tomando outro gol
– agora legal – e descemos para o intervalo no lucro. Segundo tempo, Flamengo
voltou muito melhor. E, numa roubada de bola que surge da pressão alta – olha a
importância de você consolidar o seu estilo de jogo! – conseguimos o empate, em
um pênalti cobrado por Jorginho. No meio do segundo tempo o Flamengo já ia para
a 4ª alteração, o que ilustra o quão intensa foi a partida (e será sempre assim
esse tipo de jogo). De La Cruz entrou muito bem, acelerando o jogo num momento
ótimo para nós, em que a partida ficou toda aberta, com um gol decisivo podendo
sair para qualquer lado. Tivemos as nossas chances, pelo menos duas: uma com
Plata, outra com Luís Araújo.
Infelizmente, não conseguimos o
gol e o gás acabou. Na prorrogação, não tivemos mais essa sensação de jogo “lá
e cá” e acabamos segurando para chegarmos à disputa de pênaltis, confiando que
o Rossi sempre pega um e que era só os nossos batedores não errarem. os nossos
batedores não errarem. Realmente, o Rossi pegou o pênalti que esperávamos mas,
infelizmente, nossos melhores cobradores já tinham sido substituídos e, os que ficaram
com a responsa, falharam.
Muita coisa ainda vai ser remoída sobre essa disputa de pênaltis: “e se os nossos fechassem os olhos e soltassem um canudo?”, “e a toalhinha do goleiro, houve espionagem ou só um outro nível de profissionalismo?”, “e se o árbitro mandasse voltar o pênalti do Pedro?”. Vou falar que no pênalti do Saul eu também achei que ele adiantou, mas ainda não fui ver o replay. Façamos isso juntos, postem aí nos comentários o que acharam desse lance. De qualquer forma, não há o que fazer. Perdemos, faltou pouco, vamos para a próxima.
Não há o que reclamar desse 2025.
Estivemos mais próximos de sair com o Bicampeonato Mundial do que em 2019. No
entanto, é importante que nós todos – Torcida, Diretoria, Comissão Técnica e
Jogadores – saiamos dessa partida frustrados com a derrota e não com um
sentimento de “dever cumprido”. O dever estará cumprido quando trouxermos a
taça para a Gávea! Isso aqui é Flamengo, ninguém pode ficar satisfeito com vice.
A importância desse 2025 é desmitificar essa ideia de que não é possível
disputar com os europeus.
Minha grande ressalva a este jogo
é eu ter achado que demoramos demais para entrar na partida. Na próxima
oportunidade (e que seja logo ano que vem, porque jogar o Intercontinental é
bom demais!), temos que entrar com um pouco mais de autoridade.
O Flamengo está sendo maturado
para ser Campeão do Mundo novamente. E, senhoras e senhores, será inevitável! 2029 agora já parece muito
longe. Teremos outra chance antes disso. Que venha 2026!




