Salve, Buteco! Como é público e notório, o Clube de Regatas do Flamengo passou por um processo eleitoral recente, ordinário a cada triênio, para eleger o seu presidente. Eleito Luiz Eduardo Baptista, o Bap, criou-se a expectativa de uma transição, a qual, contudo, não teve a colaboração do atual presidente, Luiz Rodolfo Landim Machado. A prova de que o clima não é bom entre o atual mandatário e o recém-eleito está na nota divulgada pela Diretoria eleita:
"A nova gestão eleita para o Clube de Regatas do Flamengo nos próximos três anos, composta por Luiz Eduardo Baptista e Flavio Willeman será empossada no dia 18 de dezembro de 2024.
Estamos aguardando o início do processo de transição. Por isso, recomendamos fortemente aos fornecedores atuais ou potenciais novos fornecedores do clube que evitem a assinatura de novos contratos ou a realização de alterações/renovações contratuais até o início da nova gestão em 01 de janeiro de 2025. É importante destacar que contratos celebrados nesse intervalo poderão ser revistos e, caso sejam considerados prejudiciais aos interesses do clube, serão invalidados.
Contamos com a compreensão e o apoio de todos para garantir uma transição responsável e alinhada às boas práticas de governança."
Em nível político, no Flamengo, não me recordo de algo tão forte em um contexto de transição entre duas gestões, deixando claro que me refiro tanto à falta de colaboração do presidente em fim de mandato, como à nota do que acaba de ser eleito. Acredito que algumas imagens são emblemáticas e autoexplicativas:
Felizmente, nem tudo é dissenso e profissionais da atual gestão, como o CEO Reinaldo Belotti e o diretor de futebol Bruno Spindel, mantiveram contatos com a gestão eleita. Além disso, é intuitivo que, desde a posse, a nova gestão vem tendo acesso a um maior número de informações, porém também me parece claro que o panorama completo só estará disponível a partir de janeiro.
Qualquer negociação, nesse contexto, terá como elemento dificultador a falta de pleno acesso à real e efetiva situação financeira do clube, especialmente a capacidade de assumir novas obrigações a curto, médio e longo prazos.
Na véspera de Natal, o atual mandatário divulgou uma carta de prestação de contas, na qual se disse "surpreso" com a decisão da nova Diretoria em relação à venda de cadeiras cativas do novo estádio, aquele, cujo terreno foi comprado, mas que ainda não tem sequer um estudo de viabilidade econômico-financeira.
Certas posturas devem ser registradas para o futuro e o post de hoje tem essa finalidade.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.