Salve, Buteco! Terminada a partida de sábado, o nosso treinador, Filipe Luís Kasmirski, o Fili, declarou o seguinte sobre os dois desafios da semana:
"É uma boa pergunta, temos esse jogo muito importante para a gente. O Inter é um time muito forte, a partir de amanhã vou começar a preparar e estudar esse jogo. A gente está com um grupo muito enxuto, não podemos preservar muita gente porque somos os que somos. Temos lesionados, lesões graves. Alguns já estão retornando, o Cebolinha e o Luiz Araújo já veem a luz no fim do túnel. O Vinã e o Pedro vai ser de longa duração, o Nico ainda vai precisar de tempo para recuperar. E o Alex, vamos ver como evolui durante a semana. Então já somos poucos. O que eu miro agora é esse jogo. Claro que a final está aí, é o jogo do ano. Todo mundo sabe a importância que tem esse título aqui. Preciso de todo mundo. Alguns vão jogar, alguns vão descansar, mas sempre pensando em vencer o Inter, que é o mais importante.
(Penso) em ganhar do Internacional. Única coisa que eu penso. Preparar bem o jogo, preparar todas as soluções para os jogadores, que eles possam ter de dificuldade durante o jogo, como a gente vai atacar, como vai defender. E ganhar do Internacional. E eu não só estou dizendo isso, eu faço isso. E eu peço para eles fazerem isso também. Não adianta nada olhar a tabela. Tudo depende de ganhar do Internacional. No Flamengo é intenso, o importante é sempre olhar o próximo objetivo."
Antes do "jogo do ano", portanto, Fili tem a difícil missão de montar um time competitivo para enfrentar o Internacional no Beira-Rio; contudo, já não contará com os suspensos Arrascaeta e Léo Pereira, os quais, "pendurados", parece que "deram um jeito de fugir" da viagem a Porto Alegre e do difícil confronto.
Difícil não. Corrigindo, dificílimo confronto, eis que o Colorado divide a liderança do returno com o Palmeiras, com 7 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota em 12 jogos, nos quais marcou 23 gols e sofreu apenas 11, o que representa um aproveitamento de 69,44%, bem superior aos míseros 47,22% do Mais Querido nos mesmos 12 jogos, nos quais venceu apenas 5 vezes, empatou 2 e perdeu outras 5, o que caracteriza um desempenho simplesmente vergonhoso, dadas as expectativas depositadas sobre o seu milionário elenco.
Fili então precisará montar uma equipe competitiva a ponto de desafiar o RÍDICULO aproveitamento de 47,22% para vencer um adversário claramente superior no momento, e isso com um elenco ainda mais depenado pelos "fujões" suspensos, que se somam à legião de contundidos lotando o Departamento Médico.
Mais ainda, Fili terá que motivar um elenco que, por decisão da Diretoria, acostumou-se ao longo dos últimos 4 anos a colocar em último plano o Campeonato Brasileiro, priorizando as copas, especialmente a "barangaça" Copa do Brasil, a qual nos últimos 2 anos recebeu mais atenção do que até mesmo a Taça Libertadores da América.
Para piorar, o primeiro jogo da final será disputado no próximo domingo, no Maracanã, o que "obriga" o Mais Querido a abrir vantagem para o segundo jogo, a ser disputado no Cu de Zebra, em Belo Horizonte.
É, Fili, tá osso, preciso reconhecer.
Um dos pontos que mais me incomoda é o ataque. Convenhamos, a fase de Gabigol não justifica a sua titularidade, especialmente em confrontos fora de casa.
No jogo de ida da Copa do Brasil contra o Corinthians, assim como no do último sábado, o posicionamento dele, centralizado dentro da grande área adversária, é o único no qual entendo que ele atualmente pode contribuir, buscando a finalização com um toque, dada a falta da explosão e da velocidade que caracterizavam a sua mortal movimentação no passado cada vez mais distante.
Já quando resolve sair da área e "armar o jogo", o desempenho de Gabi tem sido muito fraco, como os poucos minutos no Itaquerão mostaram, no jogo de volta contra o Corinthians. O arranque de balsa, somado ao despovoamento da grande área adversária, poderá ser a senha para a perda de 3 pontos na quarta-feira e mais um vice-campeonato. Desnecessário, concordam?
Portanto, o confronto no Beira-Rio é o tipo do jogo no qual a sua presença dentro de campo provavelmente atrapalhará mais do que ajudará, enquanto no domingo pode até vir a ser justificada.
Por outro lado, não podemos atribuir todos os problemas atuais do time à simples presença do Camisa 99 dentro das quatro linhas. O capitão Gérson, sem dúvida um dos destaques do time na temporada, precisa ser mais objetivo nos lances ofensivos, como demonstra o contra-ataque que gerou o primeiro gol do Juventude no sábado.
O "intocável" Arrascaeta, por sua vez, além de jamais estar 100% na parte física (será que ele ainda consegue alcançar esse estado?), tampouco vive um grande momento técnico. Sem que eleve o seu atual nível de jogo, o título da Copa do Brasil é incogitável.
A dupla de volantes Pulgar e Evertton Araújo pode ser a pedida mais cautelosa e adequada para o jogo no Beira-Rio, mas não poderá ser repetida no jogo de domingo, contra o Galo no Maracanã, pelo primeiro jogo da final da Copa do Brasil, já que o chileno está suspenso pelo 3º cartão amarelo.
Então, Fili, será que não é melhor recuar o Gérson para a posição de segundo volante (posição do De la Cruz) e lançar Matheus Gonçalves pela direita?
Enfim, são desafios e dilemas que ocuparão a mente do nosso treinador durante a semana.
A palavra está com vocês para a ajudarem o Fili a encontrar o melhor caminho.
Uma ótima semana pra gente.
Bom dia e SRN a tod@s.