sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Inter Vivos

 

Salve, Buteco! O Flamengo amanheceu entre os vivos (da Libertadores) nessa sexta-feira. Cronologicamente, o último jogo das oitavas de final e, portanto, o último a se classificar. Não faltou quem secasse, não faltou quem maldissesse, mas a verdade é que o Mais Querido está vivo e continua a ser um dos pretendentes a conquistar novamente a Princesinha nesta temporada. 

O jogo de ontem foi de superação e, portanto, vou guardar minhas cornetas em relação ao treinador. Acho que já escrevi o bastante nos últimos posts. É hora de abrir os olhos e reconhecer que o nosso estimado Beijinho talvez já tenha dado o que tinha que dar. É de se pensar seriamente em uma negociação ao final da temporada. Por mais que a falha sistêmica seja predominantemente tática, temos também, claramente, um problema individual, qual seja, a incapacidade do atleta de superar suas próprias limitações defensivas.

Olhando para a frente, e comparando calendários entre temporadas, parece que teremos um ano com semelhanças em relação a 2021. 2019 não porque saímos da Copa do Brasil ainda em 17 de julho; 2020 também não porque, malgrado a adaptação do calendário (pandemia), as eliminações ocorreram até novembro e o campeonato só foi acabar em fevereiro; 2022 tampouco, já que a opção por deixar o Brasileiro em terceiro plano foi tomada cedo, e 2023 também não porque a queda na Libertadores ocorreu ainda em agosto e a Copa do Brasil terminou em outubro.

2021 é o parâmetro mais próximo, já que a queda na Copa do Brasil ocorreu no final de outubro e disputamos final da Libertadores, no fim de novembro. Em 2024, a Copa do Brasil se estenderá até o início de novembro a Libertadores no dia 30 do mesmo mês. É difícil imaginar o time disputando a primeira colocação do Brasileiro até lá, até porque, por enquanto, de reforço confirmado só temos o Michael e de especulações estamos todos fartos.

O certo, portanto, é que, se continuarmos inter vivos nas duas copas (Baranga e Princesinha), é bom treinarmos bem os ouvidos para as reclamações da Patroa. Mas de qualquer modo, nada tenderá a ser remotamente tão difícil e dramático como essa sequência com Palmeiras, São Paulo, Botafogo e Bolívar. Ela mesma no fundo sabe que o pior já passou.

Amanhã eu subo alguma coisa que nos conecte ao passado e ao sentimento de ser Flamengo. Temos direito a curtir essa sofrida classificação até enfrentarmos o RB Leipzig e Neuer no domingo.

Ah, antes que eu me esqueça, não é que teve até pedrada na saída do Hernando Siles ontem à noite? Noite de Libertadores raiz, pelo jeito.

Um jogador merece ser especialmente homenageado: Agustín Rossi, o grande personagem da classificação.

A palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.