quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A Pulsão da Morte Rubro-Negra


O Flamengo no espaço de menos de um ano voltou ao "quero meu Flamengo de volta" que tantos seguidores de gestões arcaicas e irresponsáveis gostavam tanto. Amador, descompromissado, cheio de amigos e aliados políticos atulhando departamentos. O Flamengo do "sonho azul" de 2013 em diante foi pro saco. Voltamos a ser o carro desgovernado que se arrebenta a cada curva, os quais os outros corredores dão várias voltas de vantagem.

Não era para ser assim, mas há dentro do clube uma "pulsão de morte", que é uma orientação em direção à morte e à destruição. Isto não é privilégio rubro-negro. Quantas pessoas são assim? Estão bem na vida, no casamento, de saúde e em um momento para outro destroem tudo? Seja se enfiando em drogas,  arrumando amantes e com isto se descuidando do trabalho e do negócio pondo tudo a perder? Flamengo é isto. Um clube com pulsão da morte.

Depois de um 2019 arrebatador pôs tudo a perder. Se enfiou na droga da politicagem de clube, na contratação de indicados sem eficiência profissional, no afastamento de profissionais que fizeram sucesso no ano anterior, para voltar de novo a ser aquele amálgama de coisa ruim. Temos um grupo de amadores neófitos dirigindo o futebol e contratando comissões técnicas inexperientes que conseguiram estragar o brilhante time de 2019 ainda que tenham contratado reforços como Pedro e Thiago Maia. 

Com este despreparo que destrói qualquer elenco de futebol,  pois sem rumo, sem inteligência tática ou mesmo eficiência de treino, jogadores se sentem mais propensos á distração e produzem suas próprias "Pulsões de morte". E vai se destruindo. É inviável manter a estrutura caríssima a médio prazo com um time que não se destaca. Que não se tem esperança. Que a cada passo que o aproxime do primeiro lugar se afunda fragorosamente. E hoje vai despencando em posições no campeonato de forma justa para elencos mais baratos. 

Pela reformulação amadora e horrorosa ocorrida no futebol não há chances de recuperação. É VP vereador, conselhinho de palpiteiros, VP Rasputin que comanda o grupo no poder e um diretor que parece mais um agente de negociação. Os reflexos deste suicídio administrativo pode e deve refletir nas finanças cedo ou tarde. 

Mas aguardemos a troca de técnico. Irá resolver sim.