segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Fim de Semana Abençoado

Salve, Buteco! O domingo de 10 de novembro de 2019 amanheceu com a expectativa do aumento da vantagem na liderança do Mais Querido do Brasil sobre o segundo colocado no Campeonato Brasileiro. Enquanto aguardava as 18:00h, o torcedor rubro-negro assistiu à transmissão de River Plate 0x1 Rosario Central, pelo Campeonato Argentino, na Fox Sports, com João Guilherme. O jogo me lembrou um pouco o 0x1 contra o Ceará no Maracanã e mesmo o primeiro tempo de ontem contra o Bahia. Faltou inspiração ao nosso adversário do dia 23, que inegavelmente é uma equipe muito bem treinada por Marcello Gallardo. Porém, o triunfo canalla reforçou a impressão que tenho, desde a fase de grupos da Libertadores/2019, de que o atual campeão River Plate sofre algo parecido com o que vive o Manchester City de Pep Guardiola, estando entre o que resta de um grande e longo trabalho vitorioso e a decadência natural de quem chega ao topo. O grande campeão ainda respira, mas não tem a mesma força de outrora.

Falando em Pep Guardiola, a tarde de domingo se iniciou com a transmissão de Liverpool x Manchester City pela Premier League, na ESPN Brasil, com Mauro Cézar Pereira. Gostei de ver como o seu City, após estar com 0x3 no placar, encontrou uma forma de encurralar o Liverpool de Juürgen Klopp e perdeu gols inacreditáveis, que poderiam ter deixado o final de partida ainda mais emocionante do que foi. O City não é o mesmo do bicampeonato inglês, mas ainda dá um bom caldo. Só os grandes campeões não desmoronam diante de um acachapante Liverpool, que tem o time e o treinador do momento. Claro que o mérito da vitória deve ser creditado a esse verdadeiro esquadrão, que, se estiver em um bom dia, dará poucas chances ao Flamengo em uma eventual final do Mundial da FIFA, o que certamente obrigará Deus, Jesus, São Judas Tadeu e o Espírito Santo a estarem de plantão.

Quem acompanha futebol sabe que em 90 (noventa) minutos tudo pode acontecer. A evidente superioridade do Flamengo sobre o River Plate é proporcional à superioridade do Liverpool em relação ao Flamengo. Nossa esperança e, por que não dizer, nossas chances em uma eventual final de Mundial são as mesmas do River Plate em Lima. Cinco anos e meio de trabalho de Gallardo podem muito bem ter seu gran finale em Lima, assim como Jesus pode operar um milagre e extrair o melhor do elenco rubro-negro em um dia mágico em Doha, Qatar.

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Finalmente o domingo chegou a sua décima-oitava hora, porém os primeiros quarenta e cinco minutos do Mais Querido em campo lembraram bastante o River Plate derrotado pelo Rosario Central no Monumental de Nuñez, depois de vinte e dois anos: parecia que o Bahia reviveria as vitórias da década de 90 no Rio de Janeiro. Não sei se foi ideia de Deus ou de Jesus, Pai e Filho, nas formas de auxiliar e treinador, mas Everton Ribeiro não funcionou na direita, duelando, auxiliado por Rodinei, contra um Moisés com o dobro de seu tamanho e uma força bíblica, claramente em melhores condições físicas. O erro era tão evidente que o milagre da modificação não precisava ter ficado para os quarenta e cinco minutos finais. Para piorar, o time cismou em insistir por aquele lado, quando Filipe Luís e Vitinho claramente poderiam, quando menos, variar o jogo e abrir um leque de oportunidades. A coisa não andou bem e o Bahia, ao menos na primeira etapa, emulou o Rosario Central da manhã de domingo.

Veio então o segundo tempo, quando finalmente o Flamengo resolveu jogar pela esquerda com Filipe Luís, dos pés de quem, sob a égide de Deus e de Jesus, parece que tudo se cria e se transforma. Houve também o milagre da substituição, permitindo a um ungido Reinier, de contrato renovado, empatar a partida e abrir caminho para a virada. Bruno Henrique, com atuação apagada, mas com o brilho dos escolhidos, mais uma vez foi decisivo, e Gabigol, abençoado pelo profeta Roesing, deu números finais à partida. Aliás, muito embora nosso artilheiro tenha igualado o recorde do Galinho de Quintino em brasileiros, foi Arão que cobrou falta como se o eterno camisa 10 fosse, gerando o rebote divinamente cedido pelo travessão ao nosso artilheiro benzido e bendito.

O domingo abençoado teve ainda a conversão do amigo Laercio ao cair da noite, um dos poucos que ainda não haviam se convertido e se rendido à Boa Nova: o Flamengo ainda não é, mas será campeão brasileiro de 2019.

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Quarta-feira enfrentaremos um Vasco da Gama motivado pelo sonho distante da Libertadores e pela chance de atrapalhar a vida do Flamengo. Já no domingo será o dia de fazer a escolha entre lutar por três pontos, quebrando um tabu de décadas em Porto Alegre e talvez até viajar para Lima já campeão brasileiro, ou resguardar os titulares para a final do dia 23.

Nação, seguremos nas mãos de Deus e de Jesus e vamos, sem medo.

Bom dia e SRN a tod@s.