sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Resta um













Irmãos rubro-negros,





Mais uma derrota, mais uma vergonha, mais uma humilhação.

Perdemos para times com orçamento inferior, elenco inferior e em crise financeira.

O fato é que esta diretoria fracassou. Prometeu mundos e fundos, até uma Libertadores, e simplesmente não conquistou nada.

É verdade que o time ainda disputa o Campeonato Brasileiro. Como o nível está horroroso, pode até ser que, numa arrancada surpreendente e inesperada, o título se torne viável.

Difícil imaginar ou acreditar em algo assim. Um time que, antes da parada para a Copa do Mundo, liderava o Campeonato Brasileiro por quatro pontos e estava classificado na Taça Libertadores e na Copa do Brasil. 

Executaram perfeitamente o planejamento deste ano, ao manterem o Rodrigo Caetano como diretor-executivo, mesmo após os retumbantes fracassos colhidos; ao deslocarem o Carpegiani para o cargo de técnico, mesmo sem que ele tenha apresentado um bom trabalho em clubes desde 1982; demitirem todo o departamento de futebol em março; efetivarem o Maurício Barbieri, um novato que veio para ser auxiliar, como treinador; e promoverem o Carlos Noval para o cargo de diretor-executivo, um profissional que sequer dá entrevista e que até hoje, sete meses após assumir o cargo, nunca deu uma declaração pública, logo ele, que em última instância, é o profissional que responde pelo futebol do Flamengo.

A verdade é que, independentemente do que venha a ocorrer, o selo do fracasso já está estampado na diretoria. 

Milhões, milhões torrados.

Quarenta milhões no Vitinho (jogou nada ainda, molenga, sem raça; dizem eles que é só para o ano que vem, porque ele não fez pré-temporada), quarenta milhões no Guerrero (deu migué no clube para não completar os sete jogos), vinte milhões no Dourado, vinte milhões jogados no lixo na Ilha do Governador, cinco milhões por trinta minutos do Conca, salários milionários, muito acima da média nacional, premiações milionárias para metas indignas do Clube de Regatas do Flamengo.

E todo esse dinheiro do clube, patrimônio da instituição, indo para o ralo.

Em troca? Derrotas, derrotas e derrotas. Sete anos sem ganhar de um grande paulista em São Paulo. Cinco anos sem ganhar um título importante. 

E querem indagar acerca das propostas alheias. É muita petulância. Uma diretoria que, dispondo de orçamento e estrutura inéditos, fez o clube acumular vexames e ser alvo de chacota.

Isso para não mencionar a relação com a torcida e com o clube. Processaram o Flamengo por causa da cor da chapa; cansaram de ofender e debochar do torcedor rubro-negro; denunciaram uma torcida organizada do clube por simplesmente ter ido protestar contra o time no aeroporto, jogando pipoca (curiosamente, depois do episódio, o time emendou uma sequência de êxitos que o levou ao topo do Brasileiro), porém nunca ergueram um dedo para defender o torcedor do Flamengo quando somos nós os agredidos (e isso acontece bastante); e proibiram a torcida de estender uma singela faixa, escrita "Brasileiro é obrigação".  

Enfim, à diretoria resta a bóia de salvação, que é o Campeonato Brasileiro. 

Agarrem-se à ela.

Ao menos termina-se este infeliz mandato com alguma honra.



...



Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.