terça-feira, 26 de junho de 2018

Mercado








SRN, Buteco.


Enquanto a Copa avança, o futebol nacional começa a dar sinais de vida novamente.

Depois de um período de mini férias de quase todos os times, as atividades são retomadas e as movimentações também.

Saída e chegada de jogadores, troca de técnico, troca de técnico, efetivação de interino...

No Flamengo, já temos um pouco de tudo.

Efetivação de Barbieri e do auxiliar Mauricinho.Saíram Vinícius Jr, Vizeu, Jonas e provavelmente Guerrero.

E, ainda não confirmada, a chegada de Fernando Uribe.

Dentro desse pequeno resumo, fica uma pergunta.

Porque o Flamengo vendo como iniciativa privada e compra como entidade pública?

Para saída de jogador, é tudo muito rápido, fácil e descomplicado. Inclusive o pagamento, que costuma ser a perder de vista.

Para chegada de reforços, o processo é inverso. Lento, tudo parece difícil, tudo parece que passa por “n” intermediários. Vira uma novela interminável, e é comum o clube se assustar e desistir do negócio. E o final disso costuma ser jogador caro e que tem desempenho ruim.

Não vou ser leviano e dizer que é fácil administrar um negócio que envolve cifras tão altas e é cheio de nuances e peculiaridades próprias do meio.

Mas acho que fica bem claro que o critério financeiro ainda prevalece. Essa direção não costuma resistir a um “bom negócio”

O caso de Jonas é emblemático nesse sentido.

Chegou por um valor baixo vindo de um time de menor expressão.Jogou pouco na primeira passagem e saiu desacreditado.

Rodou por alguns times e retornou. Sob o olhar de desconfiança de todos, começou a Libertadores como titular e deu conta do recado.

Junto com Cuellar, eram jogadores homogêneos. Apesar de inferior ao colombiano, entrava bem no time, encaixava bem no esquema de jogo e supria as ausência do titular.

Veio então a proposta. Irrecusável, na lógica dos números. Cerca de 8 vezes o que o Flamengo pagou por ele.

E assim foi vendido.

Não vou discutir coisas intangíveis como “podemos arranjar coisa melhor” e a famigerada “vontade do jogador em sair”.

O que eu acho é que perdemos um jogador adaptado ao clube, ao ambiente de trabalho , ao grupo e ao modo de jogar.

Por um valor que, se é bem maior do que se pagou por ele, ainda assim não permite supor que se conseguirá um substituto incontestável.

Reforços irão chegar, não há duvidas.

Porém as vezes reforçar pode ser manter o que se tem em casa...