sábado, 12 de maio de 2018

Jackson e Miller se encontram nos campos dos sonhos

De uma pesquisa sobre a origem do futebol moderno, antes do Charles Miller descobrir que não gostava de brincar e trazer tudo para o Brasil: "Em 1848, a Cambridge University Association Football Club elaborou as regras do jogo, enfatizando a destreza acima da força, proibindo se agarrar a bola e a entrada dura, tendo sido essas regras adotadas pela Football Association em 1863, criando o futebol como nós o conhecemos hoje, que com a adoção de outras regras que foram adotadas posteriormente, colaboraram para manter o espírito do jogo elaborado em Cambridge". 

Participo de um grupo de e-mail, que naturalmente virou grupo de whatsapp, com uns 15 malucos. Em comum, óbvio, o Flamengo. E acreditem, considerando o horário comercial das 4 da manhã (um destes mora em Portugal) às 1:30 da manhã, só se fala de Flamengo em dia de jogo e quando alguém lá resolve falar ou fazer algo incomum. 

Tempos atrás, num destes jogos bizarros que perdemos jogando melhor que o adversário, alguém disse: "Não jogou melhor. Joga melhor quem faz mais gols e ganha o jogo. Está na regra, inclusive". E desde então uso esta teoria básica como verdade verdadeira.

O jogo contra a Ponte, na última quarta-feira, me remeteu ao clássico de Jackson do Pandeiro, "Um a Um", que, de uma forma gaiata, avisa que o time não pode perder ou empatar. É a vitória ou o zum zum zum zum. Tal qual o Flamengo, que precisava passar pela Ponte e alcançar a próxima fase.

 

Pois bem...ao fim do jogo, vi muita gente reclamando. Do empate com um time da segunda divisão, do empate com um time com 34 reservas, e por aí vai. E eu discordei de todos. Simples: em 180 minutos de jogo, nós fizemos mais gols, logo ganhamos. Por conseguinte, passamos de fase. Como a Ponte fez menos gols - no caso NÃO fez gol - perdeu. Pulou fora da Copa do Brasil.

Cabe aqui uma confissão: não tenho saco para detalhes como "o time teve 59% de posse de bola", ou "analise o mapa quente dos jogadores". Oras, isso serve para a comissão técnica, que orientará os jogadores a correrem certo, a aproveitarem os atalhos, a saberem a hora de chutar ou cruzar. Para mim, que ultimamente só penso em vitórias e passar de fase na CdB e Libertadores, é um whatever clássico. Ganhou, to feliz. Perdeu, to puto.

O Flamengo não está em crise, apesar de muitos insistirem nisso. Mas eu penso que o elenco está no limiar do nervosismo. Uma tensão criada por uma eliminação dolorosa no ano passado, pelo papelão dos palhaços de plantão no Ceará, e também por saberem que a torcida está carente de títulos, de vitórias.

O Flamengo tem feito mais gols. Tem ganho os jogos. Claro que isso não vai durar até a eternidade, mas tem que existir o entendimento de 3 campeonatos disputados ao mesmo tempo - o clube acerta em poupar alguns titulares contra a Chape - e que derrotas virão. E aí, eu uso a inspiração do "não pode ser um a um" para dizer que pouco me importa a liderança agora. A liderança que me interessa é a da última rodada. De preferência, fazendo mais gols do que o último adversário.

É preciso ter fé, sempre. É inerente à nossa causa começar com São Judas Tadeu e passar por vários credos. Com o Flamengo ganhando, sempre.

Que nossos jogos nunca sejam um a um.

Que sempre façamos mais gols que o adversário.

E assim caminhará a doutrinação.

Feliz dia das mães para todas as mulheres do mundo.

CCM.

DCF.

SRN.

P.S.: Que torcida é essa???