domingo, 27 de maio de 2018

@Flamengo, treat me right

@alextriplex

Toda vez que penso no clássico "Is this love", de Bob Marley, a primeira coisa que  em vem à cabeça é se algum sambô da vida já cometeu o sacrilégio de fazer uma versão, ou se os sertanejos já traduziram para algo extremamente corno e chato (a caminho de casa, me lembrei de um pagode "quero te beijar, quero te abraçar, te desejo noite e dia", e me desesperei em imaginar de onde veio tal inspiração).


Para quem não manja nem um pouco de inglês, é fácil: joga a letra no google tradutor e perceba: Bob pensava na Magnética falando com o @Flamengo. Afinal, nós queremos (nós amamos) amar o Flamengo o dia inteiro, a noite inteira, dividir o quarto, e SIM, estaremos sempre juntos.

E o que esperamos? Uma simples reciprocidade. Que você nos ame, incondicionalmente. Mas...

Mas...

O que temos visto nos últimos jogos é algo insólito. Se analisarmos friamente, mesmo contra o Emelec não fomos tão contundentes. Do jogo contra a Ponte pra cá, as atuações tem sido complicadas, e, o que é insólito, eficazes. Sim, why not? Classificados na Libertadores, classificados na CdB, e líderes do Brasileirão. O que mostra, em um primeiro estágio, o nível do futebol jogado por estas bandas - cabe lembrar, fosse pela pontuação, estaríamos no primeiro pote na Libertadores, na frente de outros "grandes" do continente.

Ontem o perrengue foi forte. Em momento algum merecemo a vitória, apesar de parecer claro, em alguns momentos, que uma simples agressão tática tornaria o jogo mais fácil pro Flamengo. O time das galinhas freguesas não me pareceu essa cereja fantástica do bolo. Um bom time, arrumado, mas nada mais. Afinal, a camisa pesa para o apequenamento habitual dessa gente. Mas o perrengue foi forte. O último lance do jogo foi quase um gol do nosso zagueiro (salvar a bola em cima da linha, jogando na casa do adversário, é sim um gol a favor, pois gerou 3 pontos), fruto de uma tática suicida do estagiário, que fugiu às regras pré-estabelecidas no nosso estatuto, e resolveu jogar por uma bola, ato falho mas que, SEMPRE que é contra a gente, dá certo.

O Flamengo precisa de um treinador cascudo. Esse way of life Zé Ricardo, de retardar as substituições, de não arriscar, de "confiar" no elenco é perigoso, é falho, e como nós sabemos, pode dar merda grande. Esperar por um lampejo do nosso gênio Vinícius Jr. é muito ponto para quem almeja alguma coisa em 3 torneios longos. De se elogiar dicumforça, nossa zaga foi sinistra ontem. Diego Alves operou alguns milagres, e, claro, impossível não destacar, a entrega do time. Mesmo puto e irritado, não posso vendar os olhos a este ponto.

De qualquer forma, eu não vim aqui pra porrar A, B ou C. Vim aqui apenas para dizer que eu RI MUITO ALTO quando terminou o jogo. Ganhar desses pregos dentro da casa deles é genial. O tabu de não ganhar lá terminou. O tabu deles sempre rasgarem a calcinha pela cabeça, não. Continua forte e imponente.

E parafraseando essa torcida dodói e melindrada, deixo aqui uma frase, para toda vez que elas cismarem de cacarejar mais alto: CAIU NO HORTO, EU PASSO MEU TORTO.

Que venha o Bahia, que venham os próximos jogos.

E, por favor, Flamengo, treat me right.

E nada mais digo.