sexta-feira, 25 de maio de 2018

Empate é derrota












Irmãos rubro-negros,



"empate é derrota".

Foi assim, seco, sem desculpas e sem relativizações, que Gustavo Cuéllar, logo após o jogo de quarta-feira passada, respondeu, ainda dentro de campo, à indagação feita pelo repórter. 

Que diferença para o que a diretoria e seu apoiadores pensam sobre empatar fora de casa. Certamente, para estes o resultado foi "ótimo".

Daí começa-se a se compreender o porquê de, embora o Flamengo estar classificado para a próxima fase da Taça Libertadores da América e da Copa do Brasil, e estar em segundo lugar no Campeonato Brasileiro, uma forte sensação de insatisfação permear a nossa torcida.

A bem da verdade, malgrado as decepções dos últimos anos, volvendo os olhos para o presente, é preciso reconhecer que as recentes atuações do time têm sido decepcionantes.

Dos últimos cinco jogos, foram três empates, uma vitória e uma derrota. Um retrospecto que não credencia o Flamengo a alçar os altos voos que a grandeza do clube impõe.

O time está mal organizado taticamente e, somada a sequência de jogos decisivos, isto possivelmente é um fator que tem acarretado uma visível queda física da equipe, sobretudo no segundo tempo.

Além disso, mesmo se considerarmos que o nosso elenco possui carências relevantes, se analisarmos outros clubes do futebol brasileiro, acho que podemos fazer muito mais.

Por que, então, o time não deslancha?


...


Eu gostaria de abordar brevemente a situação do Henrique Dourado, que não tem se mostrado o jogador decisivo que tanto se esperava.

Na verdade, a contratação dele, como quase todas, foi feita à moda bunda lelê. 

Em nenhum momento se questionou se a proposta de jogo a ser desenvolvida pela comissão técnica se ajustaria às características do atleta.

O Dourado é um jogador de definição; ele rende quando o time joga pra ele.

O problema é que o Flamengo tem uma penca de jogadores com alto poder de definição (Vinicius Jr. Diego, Everton Ribeiro, Paquetá, Geuvânio, Marlos), que não vão abdicar desta qualidade para jogar exclusivamente em função do Dourado.

E o estilo de jogo adotado desde a chegada do Rueda, que diminuiu bastante os cruzamentos sobre a área, de mais toque de bola e movimentação, não favorece de modo algum ao Henrique Dourado, que, por não ter mobilidade e habilidade, possui dificuldade em participar das jogadas.

Aquele esquema adotado por um tempo pelo Zé Ricardo, de enfiar chutão para o Guerrero se virar na frente, também não funcionaria; talvez aquela fase com o mesmo Zé Ricardo, em que as jogadas de ataque se limitavam aos cruzamentos para a área fosse mais adequada ao Dourado.

O fato é que ele ainda não conseguiu apresentar seu melhor futebol com a camisa do Flamengo. Recebe poucas oportunidades de finalizar e, quando elas aparecem, ele tem perdido as chances.

É preciso alguém visualizar isso lá dentro e procurar uma solução equilibrada, visando ao melhor rendimento do time. 

Aliás, quem também está precisando de orientação é o Lucas Paquetá: após fazer suas melhores partidas pelo Flamengo jogando ao lado do Cuéllar, seu rendimento caiu vertiginosamente.

Firulas em excesso, faltas desnecessárias, cansaço demasiado. Ou ele está com má vontade de jogar na posição, o que seria inaceitável, ou ele realmente está perdido no esquema do Maurício Barbieri. Uma coisa é certa: ele precisa de orientação sobre a sua postura e sua função dentro de campo. Parar com as firulas e jogar mais para o time.


...


Amanhã teremos (será?) mais um jogo valendo a liderança do Campeonato Brasileiro.

Enfrentaremos um adversário tradicional, freguês de longa data, que, de uns anos pra cá, resolveu encher o peito e posar de maioral para cima do Flamengo.

Amanhã será o tipo de jogo para o Flamengo vencer, assegurar a liderança isolada do Campeonato Brasileiro e encerrar de vez a altivez do adversário.

É o que se espera e é o que a grandeza do Clube de Regatas do Flamengo e o amor da Nação Rubro-Negra merecem.

Nenhum resultado que não seja a vitória é digno do Flamengo. Sabemos que a diretoria e seus apoiadores batem palma e vibram com empate. A visão distorcida de competitividade e grandeza desse pessoal tem prejudicado bastante o clube.

O Cuéllar, que chegou outro dia, sabe muito mais de Flamengo e raça do que todos eles juntos. 

Tivéssemos mais alguns, dentro de campo e na diretoria, com idêntico pensamento ao do Cuéllar, creio que o Flamengo estaria muito melhor acompanhado.

Empate jamais será um resultado almejável para o Flamengo.

O objetivo tem sempre de ser a vitória.

Vencer, vencer, vencer.









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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.