quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O elenco

Flamengo vai tomando um perfil para 2018 em que, em tese, privilegiará mais a base, ao mesmo tempo que investe em contratações pontuais para não sobrecarregar o elenco com "composições".

Optou pelo Carpegiani, que iria ser o coordenador técnico. O que resultaria em um novo "equilíbrio de poder" no Departamento. Com a saída do Rueda este equilíbrio foi fuzilado em pleno voo pelo Rodrigo Caetano. Propositalmente ou não, o fato é que a figura do coordenador, para mim tão necessária visto a precariedade do Departamento em avaliação técnica de reforços, está neste momento na geladeira.

Carpegiani, que dificilmente seria um nome que pensassem como técnico do Flamengo em 2018, está lá e fazendo já experiências com o time. E mostrando até aqui uma certa dificuldade enorme em montar linhas defensivas. Elas inexistem, o que pode representar enorme sufoco ao Flamengo quando começar a enfrentar time de verdade e não estes nanicos FERJ incluindo o Vasco.

Felipe Vizeu sendo vendido ao Udinese, por valores que muito reclamam, mas não deixa de ser um bom valor. O jogador sempre demonstrou interesse em jogar na Europa. Não adianta o Flamengo querer reter jogador insatisfeito. Infelizmente a Europa hoje é a meca. O sonho dourado dos garotos que se formam na base, seja que time for. Os agentes sopram este sonho em seus ouvidos dia e noite. Campeonatos bem melhores organizados, jogos disputados sem a violência, simulações e outros artifícios menores utilizados pelos jogadores locais também atraem. Fora a imensa quantidade de dinheiro que ganham, caso evoluam lá profissionalmente. Não dá para condená-lo.

Flamengo então, opta (em tese, porque ainda não anunciou) pelo Henrique Dourado, jogador experiente e cascudo. Artilheiro ano passado pelo fraco time do Fluminense, tem seu valor auferido na frieza com que cobra penaltis, com grande eficiência. Ele se colocando em campo como um pivô central pode abrir espaços para jogadores mais ágeis se deslocarem pelos flancos. Enfim, evidente que é um jogador de "um ano bom só", mas é, para mim, uma experiência válida. Valores envolvidos vinculados pela imprensa parecem muito altos. Mas, hei! Que valores no futebol hoje não são muito altos de qualquer maneira se o jogador não sai "de grátis", como Rodrigo Caetano gosta? Se o clube tem condições de pagar, para mim não tem grandes problemas, desde que ainda tenha dinheiro sobrando para contratações de laterais, principalmente um direito.

E o elenco dos VP´s do Flamengo parece que terá mais uma baixa. Tabet, o VP de Comunicação irá sair por motivos ainda obscuros. Um jornalista escreveu que a diretoria quer alguém de perfil "mais institucional". O que é estranho pois Tabet fez a comunicação do Flamengo evoluir como nunca, finalmente atingindo o nível desejado em termos de mídias sociais e exposição da marca. Mas é ano eleitoral, não se sabe que conversas e conclusões os iluminados chegam em reuniões, e o que chega ao público vem de jornalistas, que podem apenas contar o viés da história de suas fontes.