segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Uma Semana e Meia

Salve, Buteco! O Mais Querido venceu o Sport por 2x0 ontem na Ilha do Urubu, mas a atuação esteve longe de agradar a torcida. Paolo Guerrero, em entrevista pós-jogo concedida ainda no gramado, disse com todas as letras que o time está com a cabeça na final do dia 27, contra o Cruzeiro no Mineirão. A atuação foi fraca, apática e o time se limitou a administrar o resultado. Meu palpite, considerando meus mais de quarenta anos como torcedor, é que também há por parte de vários jogadores o receio de se contundir antes do dia 27. Aconteceu com Renê e Everton, enquanto Willian Arão saiu acusando um incômodo na musculatura pubiana, segundo a reportagem do Premiere Sportv. Rueda certamente sentiu que o clima ficou desfavorável após a derrota para o Botafogo e se viu na necessidade de manter a espinha dorsal do time, com Willian Arão, Diego e Guerrero, ainda que se poupando e administrando o placar. Felizmente ninguém se contundiu, porém confesso que temi pelo pior, especialmente pelos dois primeiros.

Estamos no final do terceiro trimestre do ano e os jogadores sentem o peso das competições simultâneas. O elenco, forte no papel e concebido para suportar o desgaste, tem se revelado desnivelado na prática, o que obriga à utilização dos melhores jogadores em proporção um pouco maior do que a desejável e, uma vez ou outra, daqueles que a torcida gostaria há tempos de ver longe do clube.

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A história do jogo teve pontos de coincidência em ambas as etapas, quando o Flamengo imprimiu um ritmo um pouco mais forte nos quinze primeiros minutos, chegando assim, no primeiro tempo, a abrir o placar e depois administrar o resultado, descendo para o intervalo sem ser incomodado pelo Sport. Porém, após a mesma pressão no início do segundo tempo, o Sport adiantou sua marcação e incomodou com dois a três lances de perigo, sempre pelo setor esquerdo da nossa defesa, num deles obrigando o Muralha a praticar difícil defesa. Burocrático e acomodado, o Flamengo criava situações de gol quando empregava um mínimo de esforço dentro de campo, o que infelizmente ocorreu de forma apenas esporádica. O jogo começava a tomar contornos perigosos quando o time encaixou um contra-ataque e Berrío cruzou para Everton Ribeiro dar números finais à partida.

Os três pontos são muito bem vindos.

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Como sempre, não faltou coragem pra Diego, que chamou o jogo pra si, porém teve uma atuação individual muito fraca, errando praticamente todos os lances. Pior de tudo foram as faltas violentas que sofreu sob o complacente olhar do árbitro paulista. Já Everton Ribeiro, apesar de ter mostrado em alguns lances que não está na plenitude de sua forma física, esforçou-se bastante e exibiu grande qualidade com passes e jogadas importantes, sendo merecidamente coroado com o segundo gol. Ao contrário desses dois importantíssimos jogadores do elenco, outros, com muito tempo no clube, como Márcio Araújo e Gabriel, poderiam ter mostrado ao menos mais vibração, até porque não vêm jogando com tanta frequência. O volante, no segundo tempo, parecia fazer uma caminhada matinal na vizinhança de sua residência, tamanha a acomodação.

Preocupa a falta de disposição de jogadores que, em tese, deveriam ter motivação para disputar posição no time titular.

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Por outro lado, considero compreensível o receio de contusões às vésperas de dois jogos decisivos e por isso o time tentar administrar as partidas, desde que não chegue ao ponto de tomar pressão de adversário com um jogador a menos, como ocorreu ontem após a expulsão de Patrick, do Sport Recife. Se não chegou a ter contornos dramáticos, o jogo começava a ficar mais complicado do que o necessário. Eu não esperava futebol bonito e minha expectativa para a partida era bastante baixa, mas não precisava chegar a esse ponto.

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A tendência é de um outubro de recuperação e afirmação do Flamengo no G4, eis que, classificando-se, o Flamengo só deverá voltar a jogar pela Sula no final do mês. Vejam o calendário da competição, divulgado ano passado:


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Antes disso, temos à frente uma semana e meia com dois confrontos decisivos: Chapecoense na Ilha pelas oitavas da Sula (jogo de volta) e Cruzeiro no Mineirão na finalíssima da Copa do Brasil. Entre esses dois jogos, pegaremos sábado o Avaí na Ilha pelo Campeonato Brasileiro. Comentava ontem durante a partida com os estimados amigos do Buteco que, para prevenir contusões, mandaria um time C ou D para o jogo de sábado. O que fariam no lugar de Rueda?

Aliás, o colombiano parece ter um time titular em mente, porém há dúvidas em algumas posições. Passo a bola para vocês dizerem quem escalariam na zaga, entre Rhodolfo, Réver e Juan (dúvida apenas na Sula), na lateral esquerda e no lugar do Everton, aproveitando para perguntar se acham possível a recuperação até dia 27.

Bom dia e SRN a tod@s.