sábado, 10 de dezembro de 2016

Unânime

Minha coluna quinzenal no Buteco seria uma análise até otimista sobre a temporada do Flamengo. Apesar da falta de títulos nos últimos dois anos, eliminações um tanto vexatórias, principalmente na Copa do Brasil, erros no planejamento como o que nos levou a precisar chamar o César Martins de volta ao elenco, eu reputo como uma boa campanha a que tivemos. Brigamos pelo título brasileiro quase até o fim do campeonato, algo que não acontecia há anos.

No entanto, nada que eu escrevesse teria mais impacto que a iminente renovação do personagem mais controverso da equipe rubro-negra.

Foto: Gilvan de Souza

Para aumentar a controvérsia, eu, particularmente, renovaria. Por um ano apenas, mas renovaria. Está muito claro que o departamento de futebol está trabalhando para trazer um volante. Tudo leva a crer que esse jogador é o Rômulo, ex-Vasco, que passou os últimos quatro anos e meio na Rússia. Depois de duas graves lesões no joelho, ele voltou bem, foi titular em quase 70% das partidas nas temporadas 13/14 e 14/15, jogando uma média de 80 minutos por jogo. Virou reserva nesse último ano com a chegada de outro brasileiro, Fernando, que parece ter sido contratado justamente já pensando nessa saída do Rômulo. A tendência óbvia é que ele venha para assumir a titularidade aqui.

O medo de muitos, não compartilhado por mim, é que isso não aconteça. Eu duvido. Se jogar o que sabe, Rômulo é titular absoluto. A grande questão é que, até hoje, não tivemos um jogador que fosse incontestável na função. O último, Cuéllar, que chegou com status de seleção colombiana, ainda não se adaptou ao futebol brasileiro.

Entendo o pessimismo. Só peço uma coisa: não abandonem o preto e vermelho por causa de um jogador...